- Introdução
Em geral, as metodologias tradicionais de ensino são estabelecidas de forma dedutiva, ou seja, com a transmissão da teoria por um docente e sua posterior aplicação a situações específicas, pelo discente, sem necessariamente contemplar compreensão ampla e aprofundada. Em contrapartida à assimilação passiva do conhecimento, as metodologias ativas de ensino e aprendizado têm buscado associar as vantagens de processos indutivos e dedutivos para forjar o saber de forma mais participativa.1–7
As metodologias ativas são estratégias de ensino centradas na participação efetiva dos estudantes em toda a construção do processo de aprendizagem, de forma flexível, interligada e híbrida. Particularmente no cenário atual, de um mundo conectado e digital, essas metodologias se expressam em diversos modelos híbridos de ensino, com possibilidades de linguagem múltiplas.1
O ambiente das metodologias de ensino–aprendizagem propõe desafios constantes aos discentes e docentes, alocando condição de sujeito ativo na construção do conhecimento aos alunos e redimensionando a condição de docência aos professores como facilitadores e orientadores da trilha do conhecimento a ser adquirido.8
No cenário de treinamentos e capacitação em medicina de emergência, as metodologias ativas que contemplem o trabalho em equipe, a retenção maior de conhecimento e a aplicabilidade imediata de habilidades têm melhor aderência do grupo.
- Objetivos
Ao final da leitura deste artigo, o leitor será capaz de
- diferenciar a aprendizagem baseada em problemas (PBLaprendizagem baseada em problemas , do inglês problem based learning) e a aprendizagem baseada em equipe (TBLaprendizagem baseada em equipe , do inglês team problem learning);
- reconhecer as fortalezas e as fragilidades de cada método;
- discutir a aplicabilidade da PBLaprendizagem baseada em problemas e TBLaprendizagem baseada em equipe para capacitação e ensino da medicina de emergência.
- Esquema conceitual