- Introdução
A dor abdominal aguda é uma das principais queixas dos pacientes que procuram os serviços e as unidades de emergência. Tem incidência de 7 a 14% de todos os atendimentos realizados e representa um desafio, por causa das possibilidades diagnósticas e das suas diversas formas de apresentação.1
A grande maioria dos casos de dor abdominal aguda tem evolução favorável e autolimitada, mas uma pequena porcentagem dos pacientes apresenta risco de morte ou demanda tratamento cirúrgico.1 Cerca de 20% dos pacientes que procuram assistência médica com queixa de dor abdominal não têm um diagnóstico etiológico definido nas primeiras 24 horas de observação e recebem alta sem um diagnóstico estabelecido. Nesses casos, o diagnóstico geralmente não é realizado durante o primeiro atendimento na unidade de emergência, e muitos pacientes serão diagnosticados apenas após o acompanhamento ambulatorial.1,2
A avaliação da dor abdominal é especialmente difícil em pacientes idosos, imunodeprimidos e gestantes, por causa da possibilidade de apresentações clínicas atípicas e da associação com outras afecções preexistentes.1,3
A avaliação inicial de pacientes com dor abdominal é de fundamental importância para que quadros graves e potencialmente fatais sejam identificados e tratados de forma adequada.
- Objetivos
Ao final da leitura deste artigo, o leitor será capaz de
- sistematizar o tratamento da dor abdominal;
- identificar os quadros de dor abdominal potencialmente fatais;
- iniciar o tratamento da dor abdominal;
- realizar o encaminhamento adequado dos pacientes com dor abdominal no departamento de emergência.
- Esquema conceitual