Objetivos
Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de
- preparar o paciente para a realização do eletrocardiograma (ECG) de 12 derivações;
- detectar se o ritmo cardíaco é sinusal ou não;
- identificar arritmias comuns na sala de emergência.
Esquema conceitual
Introdução
Em 1901, o médico e fisiologista holandês Willem Einthoven obteve o ECG conectando fios ao pé e às mãos de um voluntário dentro de um balde com uma solução de eletrólitos. Ele ligou essas três derivações a uma enorme máquina, que chamou de galvanômetro.1 Posteriormente, em seu artigo “Le télecardiogramme”, datado de 1906, apresentou uma coleção de ECG humanos anormais, organizados em correlação com as características clínicas dos pacientes.2 Os estudos e as descobertas nessa área levaram o médico a ganhar o Prêmio Nobel de Fisiologia.
Com o decorrer do tempo, muitos avanços ocorreram na área de ECG. Aparelhos mais acurados surgiram, possibilitando a detecção de alterações eletrocardiográficas e a implementação de intervenções precoces para salvar vidas.
O ECG é um método seguro, rápido, de simples realização, alta qualidade e baixo custo, caracterizado pela representação gráfica da atividade elétrica que percorre o coração por meio de um traçado.3,4
O enfermeiro integra a equipe que presta assistência direta na unidade de emergência aos pacientes com doenças em fase aguda. Esse profissional vivencia casos graves, permanece com sua equipe 24 horas e realiza cuidados que devem sempre ser baseados no conhecimento científico. É fundamental o conhecimento sólido de arritmias por ele, para que possa analisar e intervir em cada caso como membro da equipe de saúde assistencial, a fim de prevenir complicações e evitar agravos à vida desses pacientes.