- Introdução
A ressonância magnética (RMressonância magnética) é a propriedade física exibida por núcleos de determinados elementos que, quando submetidos a um campo magnético forte, e excitados por ondas de rádio em determinada frequência (Frequência de Larmor), emitem radiossinais, os quais podem ser captados por uma antena e transformados em imagem.1,2
Durante um exame de RMressonância magnética, deve-se ter a noção de que, apesar de ela não utilizar radiação ionizante no seu processo de aquisição de imagem, o método tem riscos e efeitos adversos associados, que são diferentes e independentes do tipo de campo eletromagnético existente, como campo magnético estático, campos magnéticos variáveis no tempo ou campos de radiofrequência (RFradiofrequência).3,4
Os locais de anestesia fora do centro cirúrgico são áreas diversificadas e em ascensão, que, ao mesmo tempo que apresentam novas oportunidades aos anestesistas, também se observa uma gama de desafios. Os procedimentos fora do centro cirúrgico estão se tornando um aspecto significativo de prática hospitalar e cuidados com o paciente.
Como a anestesiologia engloba essas novas áreas, os anestesiologistas devem estar envolvidos no planejamento do procedimento, na preparação e na segurança das salas de acordo com os padrões recomendados nacional e internacionalmente. Precisa-se expandir o cuidado pré e pós-anestésico para essas unidades, incluindo transporte de pacientes de unidade de terapia intensiva para esses setores, e vice-versa.
Casos realizados fora do centro cirúrgico que necessitam da assistência anestesiológica muitas vezes ocorrem em áreas que não possuem a infraestrutura adequada para fornecer segurança ao paciente. Além disso, os anestesistas podem não estar familiarizados com esses ambientes.5
Médicos que atuam fora do centro cirúrgico são frequentemente confrontados com condições médicas de controle inadequado nos pacientes. As comorbidades existentes podem passar desapercebidas ou não tratadas previamente, a menos que um anestesista as aponte.5 Os radiologistas, por exemplo, estão focados na obtenção do diagnóstico ou na intervenção terapêutica, e muitas vezes não estão familiarizados com os riscos da anestesia nesse ambiente.
É tarefa do anestesista fazer uma avaliação clínica mais segura para detecção de um histórico médico completo do paciente. Algumas comorbidades ou peculiaridades, como obesidade, doença arterial coronariana, doença pulmonar obstrutiva crônica, hipertensão arterial sistêmica (HAShipertensão arterial sistêmica), diabetes melito, artrite, uso crônico de opioides, tumores sólidos invasivos, questões psicossociais, são condições comuns aos pacientes e tão importantes quanto a avaliação da via aérea, por exemplo.5
Feita essa avaliação mais detalhada, deve-se discutir com os médicos solicitantes do exame e com a equipe do serviço de radiologia (por exemplo, RMressonância magnética) qual a proposta de cuidado mais adequada para o paciente durante o procedimento.5 Um local fora do centro cirúrgico exige dos anestesistas novas habilidades técnicas, grau de comunicação diferenciado, além de superação para enfrentar as dificuldades operacionais daquele ambiente.
Cada centro de cuidados em saúde precisa estabelecer diretrizes para a definição e administração de uma sedação segura e moderada e discutir os riscos e benefícios de uma anestesia geral. A anestesiologia lidera as iniciativas sobre segurança do paciente e avança na prática fora do centro cirúrgico. A RMressonância magnética é um desses setores, e, diante de todos os cuidados e as peculiaridades, recebe uma importância neste artigo em critérios de segurança em anestesiologia.
- Objetivos
Ao final da leitura deste artigo, o leitor será capaz de
- descrever os conceitos básicos em RMressonância magnética e a importância da educação continuada;
- estabelecer os critérios de segurança para a equipe de trabalho e para os pacientes na RMressonância magnética.
- Esquema conceitual