- Introdução
O crescimento das cirurgias minimamente invasivas é fato, incrementado pelo surgimento da cirurgia robótica. A cirurgia robótica, no entanto, tem algumas particularidades relacionadas à anestesia, que serão abordadas neste artigo.
Os anestesiologistas devem se familiarizar com as particularidades e conhecer as características básicas dos sistemas cirúrgicos robóticos, para oferecer o melhor cuidado anestésico e promover a segurança do paciente.1
Na última década, a cirurgia assistida por robô ganhou espaço em uma variedade de procedimentos cirúrgicos. Basicamente, a cirurgia robótica oferece os benefícios da cirurgia laparoscópica, tais como2
- resultado estético;
- redução da dor pós-operatória;
- rápido retorno laboral;
- menor tempo de internação.
Diferentemente das técnicas laparoscópicas ou endoscópicas, que apresentam câmera de vídeo assistente-dependente, visão bidimensional, desconforto ergonômico do cirurgião e instrumentos com limitados graus de movimentação, os sistemas robóticos contam com uma visão ampliada e tridimensional, com controle preciso da câmera, com a eliminação de tremores e com instrumentos que são capazes de duplicar os movimentos da mão com alta precisão.3
- Objetivos
Ao final da leitura deste artigo, o leitor será capaz de
- identificar o atual momento da cirurgia robótica;
- discutir as implicações anestésicas nas diversas especialidades robóticas cirúrgicas;
- inferir a importância do adequado posicionamento do paciente na cirurgia robótica;
- reconhecer as alterações decorrentes do posicionamento do paciente e do pneumoperitônio na cirurgia robótica;
- aplicar os cuidados no manejo da via aérea e da fluidoterapia na cirurgia robótica.
- Esquema conceitual
