Objetivos
Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de
- determinar a eficácia e as contraindicações dos diferentes sistemas de oxigenoterapia;
- escolher o sistema de oxigenoterapia mais adequado a cada paciente;
- identificar os efeitos adversos da oxigenoterapia;
- descrever as implicações da oxigenoterapia para saúde do RN, lactente ou criança;
- estabelecer uma meta de oxigenoterapia segura para cada paciente;
- relacionar a umidificação dos sistemas de oxigenoterapia e o risco de infecções;
- avaliar os benefícios e cuidados necessários à realização da oxigenoterapia domiciliar.
Esquema conceitual
Introdução
Os RNs, os lactentes e as crianças com disfunções cardiorrespiratórias frequentemente necessitam de oxigênio suplementar. A oxigenoterapia tem por objetivo evitar os efeitos adversos da hipoxemia aguda e/ou crônica.
Diferentes dispositivos não invasivos e invasivos de oxigenoterapia para essa população estão disponíveis, como:
- cânula nasal de baixo fluxo (CNBF);
- cânula nasal de alto fluxo (CNAF);
- hood (capuz);
- máscara facial;
- pressão positiva contínua nas vias aéreas (CPAP);
- ventilação mecânica não invasiva (VNI);
- ventilação mecânica invasiva.
Apesar de os efeitos benéficos da oxigenoterapia estarem claramente descritos, a oxigenoterapia pode provocar alguns efeitos adversos, como o estresse oxidativo, a retinopatia da prematuridade e a atelectasia de reabsorção. Além disso, a umidificação utilizada em determinados dispositivos tem sido relacionada com o aumento do risco de infecções e considerada desnecessária quando o fluxo de oxigênio utilizado é baixo.
Dessa forma, para que a oxigenoterapia seja eficaz e para que sejam minimizados os efeitos adversos do excesso de oxigênio aos tecidos, alguns pressupostos baseados nas melhores evidências científicas disponíveis precisam ser observados e serão discutidos neste capítulo.