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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO ADULTO COM DIAGNÓSTICO DE COVID-19

Renata Karina Reis

Mayra Gonçalves Menegueti

Ligia Maria Nascimento Arantes

Elucir Gir

Fernanda Raphael Escobar Gimenes de Sousa

Cristina Mara Zamarioli

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Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

  • aprofundar seu conhecimento sobre o manejo do paciente adulto com a doença do coronavírus 2019 (COVID-19, do inglês, coronavirus disease 2019);
  • planejar a assistência de enfermagem ao paciente adulto com COVID-19;
  • aplicar as principais taxonomias de enfermagem no processo de enfermagem (PE) ao paciente adulto com COVID-19.

Esquema conceitual

Introdução

Uma doença respiratória aguda, causada por um novo coronavírus, foi identificada como causa de uma epidemia em Wuhan, capital da província de Hubei, China, em dezembro de 2019.1 Em 30 de janeiro de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o referido surto constituía uma emergência de saúde pública de importância internacional, ou seja, o nível mais elevado de alerta apontado por essa organização, conforme seu Regulamento Sanitário Internacional.2

O coronavírus da síndrome respiratória aguda grave 2 (SARS-CoV-2, do inglês, severe acute respiratory syndrome coronavirus 2) é o causador da COVID-19.2

A COVID-19 destaca-se pela rapidez de disseminação, dificuldade para contenção e gravidade. Desde o surgimento dos primeiros casos, até o dia 23 de novembro de 2020, foram confirmados, no mundo, 58.229.138 casos de COVID-19 e 1.388.106 mortes em 220 países. A maior incidência estava no continente americano, seguido da região europeia, do mediterrâneo oriental, do sudeste da Ásia, do pacífico ocidental e da África.3

O Brasil declarou o reconhecimento da transmissão comunitária do coronavírus em todo território nacional em 20 de março de 20204 e é o segundo país do mundo com maior número de casos confirmados da doença.3 Até 23 de novembro de 2020, foram confirmados 6.071.401 casos e 169.197 mortes, representando 3,4% de letalidade.5

O enfermeiro está na linha de frente no combate à pandemia e é considerado fundamental para o enfrentamento da crise. Logo, os profissionais qualificados são imprescindíveis para contribuir para o controle da pandemia e a redução dos seus impactos negativos e para promover assistência segura e de qualidade aos pacientes.

Reduzir danos associados aos cuidados em saúde é um dos deveres e das responsabilidades do enfermeiro. Chen e colaboradores,6 no artigo referente às perspectivas de enfermagem nos impactos da COVID-19, enfatizaram as contribuições da enfermagem anti-COVID-19.

Os autores assinalaram os múltiplos papéis e funções desempenhadas pelos enfermeiros durante a pandemia, os quais podem ser alocados em cinco domínios, a saber: educação em saúde; prevenção e vigilância de infecções nosocomiais; implementação de preparo apropriado e devidas precauções em instituições de longa permanência; proteção dos pacientes com alto risco de adoecimento; e proporcionar cuidado aos pacientes com COVID-19 que estejam em condições agudas ou crônicas. Neste capítulo, será abordada especificamente a pessoa que se insere no último domínio apontado.6

As etapas do PE podem ser utilizadas com a finalidade de minimizar a exposição dos profissionais de enfermagem à COVID-19 e de auxiliar o enfermeiro na priorização das necessidades de saúde dos pacientes, bem como no planejamento da assistência de enfermagem focado em resultados. Ademais, o PE, enquanto expressão do método clínico da profissão, apoia a tomada de decisão e permite a comunicação efetiva entre enfermeiros e demais membros da equipe multidisciplinar.

Nessa direção, os Sistemas de Linguagens Padronizadas (SLPs) em enfermagem também têm potencial para melhorar a segurança do paciente no contexto da pandemia da COVID-19, porque padronizam os conceitos utilizados pelos enfermeiros na prática clínica e favorecem a comunicação precisa dos cuidados prestados.7

Destaca-se que as falhas na comunicação nos pontos de transição do cuidado são uma das principais causas de eventos adversos nos serviços de saúde, porque resultam em perda na continuidade do cuidado e em tratamento inadequado.7

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