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ASSOCIAÇÃO ENTRE HEMATOMAS SUBCORIÔNICOS NO PRIMEIRO TRIMESTRE E RESULTADOS ADVERSOS NA GESTAÇÃO

Evaldo Trajano

Rogério Veira Lima

José Paulo da Silva Netto

Matheus Beleza

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Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

 

  • avaliar a incidência de hematomas subcoriônicos (HSCs) na gestação;
  • relacionar os HSCs no primeiro trimestre com sangramentos e abortamentos;
  • verificar as possíveis implicações dos HSCs em toda a gestação;
  • descrever os principais critérios diagnósticos presentes na literatura na suspeita de HSCs;
  • revisar a importância clínica dos HSCs e sua associação com desfechos adversos na gestação;
  • identificar as possíveis etiologias dos HSCs;
  • analisar os fatores de risco para HSCs;
  • propor condutas adequadas e tratamento.

Esquema conceitual

Introdução

O HSC é uma patologia específica do início da gestação, que aparece devido a uma ruptura parcial da placa coriônica com a decídua endometrial, estando associado ao acúmulo anormal de sangue ao nível subcoriônico.1

O diagnóstico do HSC é realizado pelo exame ultrassonográfico, e pode acontecer de maneira incidental durante avaliação de rotina ou na avaliação de um sangramento no primeiro trimestre da gestação.

Ainda com etiologia incerta, uma das possíveis causas do HSC parece ser o conflito imunológico na interface materno-fetal devido à falha de mecanismos imunomoduladores mediados pela progesterona.1

A primeira demonstração de gestação inicial intrauterina via transvaginal foi relatada por Kratochwil e Eisenhut em 1967.2,3 Com a melhora na definição da imagem ultrassonográfica, foi possível estudar a anatomia e a fisiologia do feto e seus anexos in vivo, a partir de três semanas após implantação. A ultrassonografia transvaginal oferece imagens desde o desenvolvimento do saco gestacional, fornecendo assim pistas para explicar a fisiologia patológica da falha gestacional precoce.4

O maior número de ultrassonografias realizadas no primeiro trimestre e a facilidade de acesso a esse exame, tanto na rede pública quanto na rede privada, têm sido acompanhados de um aumento considerável no diagnóstico e na documentação de HSCs.

Por se tratar de uma intercorrência com possíveis implicações negativas no transcorrer da gestação e, principalmente, por causar ansiedade nos familiares, é de extrema importância que o médico assistente saiba orientar o casal de maneira segura, transmitindo as informações adequadas.

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