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PEQUENO PARA A IDADE GESTACIONAL E RESTRIÇÃO DO CRESCIMENTO FETAL

Laura Lima Vieira

Matias Costa Vieira

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Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

 

  • reconhecer a etiologia e os fatores de risco para fetos pequenos para a idade gestacional e com restrição do crescimento fetal;
  • definir estratégias para detecção e manejo de fetos pequenos para a idade gestacional e com restrição do crescimento fetal.

Esquema conceitual

Referências

As principais causas de óbito fetal variam entre os países. No entanto, sabe-se que a condição isolada mais associada com óbitos fetais são os fetos pequeno para a idade gestacional (PIG) e/ou com restrição de crescimento fetal (RCF), que contribuem com até 50% dos casos.1 A causa e o momento do óbito variam. Em países de alta renda, cerca de 90% das mortes ocorrem no período antenatal, enquanto, nos países de baixa renda, até 50% das mortes ocorrem intraparto.

No Brasil, não se sabe com precisão qual é a contribuição de fetos PIG/RCF, visto que essa não é uma causa-base no sistema hierárquico do sistema de informação de mortalidade (SIM). Porém, pelo fato de a mortalidade fetal ser predominantemente antenatal (80–90%), imagina-se que as causas sejam mais semelhantes às dos países de alta renda, onde fetos PIG/RCF são as mais prevalentes condições associadas.

Em países em que a mortalidade fetal antenatal é o componente predominante, estratégias para a redução de mortalidade perinatal incluem cessamento do tabagismo, orientação materna sobre percepção de movimentação fetal e melhora no rastreamento e no acompanhamento de fetos PIG/RCF.

De fato, em um estudo observacional no Reino Unido,2 foi descrita redução de mortalidade de 50% em fetos PIGs com diagnóstico antenatal comparados com PIG identificados apenas após o nascimento. Resultados similares foram descritos em um estudo na Suécia.3 Isso revela quão fundamental é o diagnóstico antenatal de fetos PIG/RCF. Inclusive, no intuito de chamar a atenção para a importância global da prevenção da mortalidade fetal, em 2014, a Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou o Plano de Ação para Todos os Recém-nascidos, cujo objetivo é acabar com as mortes fetais e neonatais preveníveis.4

Desse modo, neste capítulo, será priorizado o melhor entendimento das condições de fetos PIG/RCF, com destaque para a definição e o reconhecimento de estratégias para a detecção, a prevenção e o manejo desses grupos de pacientes.

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