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ATUALIZAÇÃO DO DIAGNÓSTICO E DO TRATAMENTO DAdoença de Alzheimer DOENÇA DE ALZHEIMER

Júlia Cunha Loureiro

Orestes Vicente Forlenza

Marcos Vasconcelos Pais

epub-BR-PROPSIQ-C9V4_Artigo5

https://doi.org/10.5935/978-65-87335-03-2.C0005

  • Introdução

A doença de Alzheimer (DAdoença de Alzheimer) é a principal causa de demência em idosos,1,2 responsável por cerca de 60% dos casos diagnosticados.3,4 A definição do diagnóstico da DAdoença de Alzheimer só pode ser estabelecida após comprovação da presença das alterações anatomopatológicas típicas no exame post mortem do tecido cerebral.5 Sabe-se, na atualidade, que o processo patológico associado à DAdoença de Alzheimer ocorre diversos anos antes do aparecimento dos primeiros sintomas.6

A apresentação clínica da DAdoença de Alzheimer é bastante heterogênea. Entretanto, de modo típico, o diagnóstico clínico da doença envolve a identificação de síndrome clínica de comprometimento majoritariamente de memória, com associação de acometimento de outros domínios da cognição, relacionado a comprometimento de funcionalidade.7 Sintomas neuropsiquiátricos também podem estar presentes, inclusive antes do comprometimento funcional, com a apresentação de alterações de humor e do comportamento.8

O surgimento de alterações cognitivas e/ou comportamentais após os 50 anos de idade exige que seja realizada uma investigação pormenorizada, com a utilização de exames laboratoriais e de neuroimagem. Essa análise busca auxiliar a formulação etiológica da DAdoença de Alzheimer. Isso ocorre tanto pela identificação de possíveis causas clínicas, e, portanto, com potencial de reversibilidade que podem estar contribuindo para o comprometimento cognitivo, como pela eventual verificação de padrões que correspondam a doenças neurodegenerativas subjacentes.

O tratamento compreende medidas não farmacológicas e farmacológicas. As medidas não farmacológicas envolvem intervenções comportamentais, com o objetivo de controlar os sintomas neuropsiquiátricos. Entre as medidas farmacológicas estão os inibidores da acetilcolinesterase ou anticolinesterásicos (rivastigmina, donepezila e galantamina) e o antagonista do receptor N-metil-D-aspartato (memantina), até o momento, os únicos fármacos aprovados para o tratamento da DAdoença de Alzheimer.9

  • Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

 

  • reconhecer os principais conceitos relacionados à DAdoença de Alzheimer;
  • identificar os instrumentos atualmente existentes para apoio ao diagnóstico clínico da DAdoença de Alzheimer;
  • atualizar-se sobre os tratamentos disponíveis para a DAdoença de Alzheimer.
  • Esquema conceitual
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