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ATUALIZAÇÃO E REVISÃO DO CÂNCER PRIMÁRIO DE PULMÃO

Luiz Otávio de Andrade Damázio

Lígia de Aguiar Feitosa Lima

Sávio Emmnanuel dos Santos Moura

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Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

  • distinguir os principais tipos histológicos de neoplasias pulmonares, correlacionando-os com os achados encontrados nos exames de diagnóstico por imagem;
  • relacionar os achados morfológicos dos tumores de pulmão com a semiologia e radiologia;
  • identificar o papel da tomografia computadorizada no rastreamento do câncer de pulmão;
  • identificar o estadiamento do câncer de pulmão e a indicação e aplicabilidade dos exames de imagem para este fim.

Esquema conceitual

Introdução

O câncer de pulmão permanece como a neoplasia mais letal tanto em homens como em mulheres no mundo, com mais de 1,7–1,8 milhão de mortes por ano. Como na maioria dos países, no Brasil também é a principal causa de mortalidade por câncer.1 A demora no diagnóstico é um dos principais desafios enfrentados, não havendo dados suficientes a respeito do tempo necessário para que um indivíduo com sintomas suspeitos receba o diagnóstico, visite um serviço terciário de saúde e inicie a terapia.

No entanto, a alta taxa de diagnósticos em estágio tardio e a baixa frequência de pacientes que recebem tratamento com intenção curativa ainda são a regra no país, pelo menos no serviço público. Apesar disso, ao contrário do início do milênio, quando quase todo tumor avançado era tratado com quimioterapia (QT) convencional, hoje os pacientes, antes de iniciarem o tratamento, podem receber a indicação de teste de mutação, tais como receptor do fator de crescimento epidérmico (EGFR) (presente em 25% dos casos de câncer de pulmão), o que possibilita o acesso às terapias-alvo, já que a cirurgia curativa não é opção em casos avançados (que representam 75% dos pacientes).

Esse arsenal reflete em mais tempo de vida para o paciente. Enquanto nos anos 2000 os pacientes com câncer agressivo e metastático tinham sobrevida de 12 meses, atualmente aqueles que têm acesso às novas tecnologias apresentam sobrevida de 90 meses e com menor taxa de toxicidade.1 Houve avanço também no desenvolvimento de técnicas cirúrgicas menos agressivas, terapia com ablação por radiofrequência e técnicas de radioterapia (RT) nos últimos anos.

Com relação à Radiologia, os exames de diagnóstico por imagem, em particular a tomografia computadorizada (TC), continuam como ferramenta paraclínica fundamental no diagnóstico, estadiamento e seguimento desses pacientes. Nos últimos anos, a tomografia computadorizada por emissão de pósitrons (PET-TC) tornou-se mais disponível, fazendo parte do dia a dia de muitos centros oncológicos, bem como em meados da década passada foi introduzido o Lung-RADS para utilização no rastreamento do câncer de pulmão em pacientes de alto risco.

Este capítulo revisa os principais achados relevantes das neoplasias pulmonares para os médicos radiologistas, incorporando os avanços mais recentes para a especialidade.

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