- Introdução
A mineralização óssea depende de condições adequadas de íons cálcio e fósforo, assim como de elementos que possibilitem sua absorção, como a vitamina D. As alterações nos níveis de fosfato na infância levam a um quadro de raquitismo hipofosfatêmico, em que ocorrem defeitos na mineralização óssea quando o crescimento linear ainda está ocorrendo, levando a manifestações típicas da doença.
O diagnóstico da hipofosfatemia muitas vezes é retardado em função dos sinais e sintomas inespecíficos, mas causa considerável morbidade e, em alguns casos, contribui para a mortalidade. O diagnóstico adequado requer boa anamnese com história clínica completa, história familiar, exame físico e exames laboratoriais, incluindo a avaliação da reabsorção tubular de fosfato (RTPreabsorção tubular de fosfato), para identificar a etiologia.
O raquitismo hipofosfatêmico é caracterizado por fósforo sérico diminuído, com concentrações normais ou pouco elevadas do paratormônio (PTHparatormônio), cálcio sérico normal ou elevado, aumento da fosfatase alcalina (FAfosfatase alcalina) e 1,25-OHD25-OH-vitamina D inapropriadamente normal.
O tratamento de hipofosfatemia depende do distúrbio subjacente e exige monitoramento constante.
- Objetivos
Ao final da leitura deste artigo, o leitor será capaz de
- revisar a fisiopatologia da hipofosfatemia;
- identificar o quadro clínico do raquitismo hipofosfatêmico;
- reconhecer as principais etiologias do raquitismo hipofosfatêmico e seu diagnóstico diferencial;
- analisar os exames laboratoriais no diagnóstico diferencial do raquitismo hipofosfatêmico;
- estabelecer o tratamento das causas do raquitismo hipofosfatêmico.
- Esquema conceitual