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TRATAMENTO DE TUMORES HIPOFISÁRIOS NA GESTAÇÃO

Autores: Andrea Glezer, Marcello D. Bronstein
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  • Introdução

A infertilidade é comum em pacientes portadoras de adenomas de hipófise. O eixo gonadotrófico é frequentemente comprometido, seja pelo efeito de massa tumoral dos macroadenomas ou pela supressão funcional secundária à hiperprolactinemia ou ao hipercortisolismo, independentemente das dimensões tumorais.

Com relação aos mecanismos de tumores hipofisários relacionados à infertilidade, podem ser citados:

 

  • hipopituitarismo por desconexão de haste e/ou por compressão da hipófise normal;
  • hiperprolactinemia por hipersecreção autônoma em tumores de qualquer dimensão ou por desconexão de haste;
  • hipersecreção de hormônio do crescimento (GHhormônio do crescimento) ou de hormônio adrenocorticotrófico (ACTHhormônio adrenocorticotrófico).

Mesmo em microadenomas, o GHhormônio do crescimento e o ACTHhormônio adrenocorticotrófico interferem no eixo hipófise–gônadas, podendo causar infertilidade.

Os progressos na terapia hormonal para a indução da ovulação, bem como a terapia cirúrgica e clínica para os adenomas hipofisários, tornaram a gravidez possível em muitos casos. No entanto, há riscos de complicações tanto maternas quanto fetais.

A restauração e o manejo da fertilidade antes, durante e após a gravidez de pacientes portadoras de adenomas hipofisários continuam sendo um desafio para melhorar a eficácia e a segurança da gravidez desejada. Neste artigo, será abordado o manejo das seguintes condições durante a gestação:

 

  • prolactinomas;
  • acromegalia;
  • doença de Cushing (DCdoença de Cushing);
  • adenomas clinicamente não funcionantes.
  • Objetivos

Ao final da leitura deste artigo, o leitor será capaz de

 

  • distinguir os principais mecanismos de tumores hipofisários relacionados à infertilidade;
  • identificar as potenciais complicações maternas e fetais na gestação de pacientes portadoras de adenomas hipofisários;
  • manejar os principais tumores hipofisários em pacientes gestantes;
  • avaliar a necessidade de tratamento cirúrgico para pacientes gestantes com prolactinoma, acromegalia, DCdoença de Cushing ou adenoma clinicamente não funcionante;
  • especificar o fármaco de escolha para a paciente com prolactinoma que deseja engravidar;
  • orientar a paciente gestante com prolactinoma sobre o período de amamentação;
  • justificar o controle hormonal da acromegalia na gestação;
  • identificar a causa mais comum de síndrome de Cushing (SCsíndrome de Cushing) na paciente gestante;
  • explicar as dificuldades diagnósticas da acromegalia e da SCsíndrome de Cushing na gestação;
  • reconhecer quais fármacos utilizados no tratamento da DCdoença de Cushing são contraindicados na gestação.
  • Esquema conceitual
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