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AVALIAÇÃO CLÍNICA NEUROLÓGICA E PROCEDIMENTOS DIAGNÓSTICOS

Autor: Ana Paula de Carvalho Canela Balzi
epub-BR-PROTIPED-C15V4_Artigo

Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

 

  • reconhecer a importância do exame clínico neurológico na monitoração neurológica;
  • identificar os componentes do exame clínico neurológico;
  • reconhecer as particularidades do exame do recém-nascido (RN) e do lactente;
  • indicar procedimentos diagnósticos e monitoração neurológica para RN e lactente.

Esquema conceitual

Introdução

Sintomas neurológicos são razões frequentes de visitas aos serviços de emergência. Algumas referências na literatura apontam incidência variável de 5%, podendo chegar a 15% das causas de procura pelos serviços de saúde. Especificamente na população pediátrica, Albertini e colaboradores encontraram cerca de 2,5%. Hospitais secundários a terciários, que contam com serviço de neurologia à parte, possuem as taxas mais baixas, pois têm o fluxo desses pacientes desviado para a especialidade. Entre as causas mais comuns de procura pelo serviço de saúde (pediátrico), estão as crises convulsivas, seguidas de cefaleias e manejo de doenças neurológicas crônicas.1,2

Pacientes com doenças neurológicas agudas graves podem apresentar sintomas não específicos, como cefaleia, náuseas, mudança de comportamento ou febre. Dessa forma, realizar um exame clínico neurológico corretamente pode ser capaz de identificar lesões no sistema nervoso (SN), auxiliando no início do processo de investigação e tratamento apropriado antes da evolução do quadro e/ou até que o especialista seja convocado.3,4

Nem sempre há especialistas em neurologia para pronto-atendimento aos pacientes. Por outro lado, a execução e a aplicação do exame clínico neurológico requerem, muitas vezes, treinamento. Dessa forma, a aptidão para atendimento inicial dos pacientes é de competência do médico que está na linha de frente, mas que nem sempre está habilitado. Existem evidências escassas na literatura relacionando o desfecho clínico do paciente com o tipo de atendimento no pronto-socorro, mas, certamente, o diagnóstico rápido e o início precoce de medidas terapêuticas melhoram o prognóstico funcional dos pacientes neurocríticos.5 Tal fato valida a procura por capacitação por parte dos profissionais não neurologistas.

Não pertence ao escopo deste capítulo o aprofundamento sobre as monitorações neurológicas, como monitor de pressão intracraniana (PIC), Doppler transcraniano (DTC), eletroencefalograma (EEG) ou outras monitorações neurológicas multimodais.

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