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AVALIAÇÃO DA FUNCIONALIDADE EM INTERNAÇÃO PEDIÁTRICA

Valéria Cabral Neves

Mariah Silva Smidt

Yessa do Prado Albuquerque

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Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

 

  • identificar os impactos da internação hospitalar sobre a funcionalidade da criança e do adolescente;
  • identificar o significado da funcionalidade na criança e no adolescente;
  • reconhecer as diversas escalas disponíveis para avaliação de funcionalidade;
  • reconhecer os testes funcionais disponíveis e passíveis de execução no ambiente hospitalar.

Esquema conceitual

Introdução

A funcionalidade é a capacidade de a criança realizar as suas atividades da vida diária (AVDs) mais básicas, tais como respirar, comer, rolar ou deambular, ou seja, atividades que abrangem o marco de desenvolvimento psicomotor da própria criança.1

É importante destacar que a execução das AVDs de uma criança é influenciada pela sua saúde física geral, associada ao seu estado funcional.1

Com o declínio das taxas de mortalidade das unidades de terapia intensiva pediátrica (UTIPs), a preocupação da assistência em saúde mudou ao longo dos anos.2 Isso se dá pelo fato de que, ao passo que a mortalidade diminui, aumenta o número de crianças que sobrevivem à doença crítica; porém, com um impacto negativo na sua funcionalidade e no seu desenvolvimento neuropsicomotor.3 Essa situação se justifica em função de os pacientes críticos possuírem disfunções orgânicas graves, as quais exigem a necessidade de inúmeras intervenções invasivas associadas ao uso de medicamentos inotrópicos, que comprometem a funcionalidade da criança.4

Infere-se, portanto, que as crianças em condições críticas, após internação em terapia intensiva, possuem um declínio na funcionalidade, especialmente aquelas que necessitam de suporte invasivo durante sua internação.4 Dessa forma, a preocupação da assistência em saúde vai além da redução da mortalidade, focando a redução da morbidade e a melhora da qualidade de vida dessas crianças após a doença crítica.2

As ferramentas de avaliação de funcionalidade, assim como de monitoração e diagnóstico fisioterapêutico são importantes,5 especialmente para os desfechos de morbidade pós-internação. Portanto, são necessários o conhecimento e a utilização correta das escalas de avaliação funcional5 e dos testes submáximos de exercício, com aplicabilidade clínica para promover uma avaliação de funcionalidade fidedigna.6

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