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AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA INICIAL DO PACIENTE COM LINFADENOPATIA

Autores: Rafael Firmino Ballester, Marcelo Rodrigues Gonçalves, Mariana Lopes de Castro
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  • Introdução

Na atenção primária à saúde (APSatenção primária à saúde), embora a linfadenopatia suscite temores, geralmente apresenta etiologia benigna.

A linfadenopatia é uma alteração histopatológica causada pela invasão ou proliferação de células inflamatórias ou neoplásicas em um nódulo linfático.1 O quadro abrange múltiplas alterações patológicas possíveis, e, em consequência, pode conduzir a uma grande gama de diagnósticos.

Estima-se que o corpo humano apresente cerca de 600 linfonodos, dos quais dois terços são profundos e não podem ser palpados. Geralmente, é possível palpar linfonodos cervicais, supraclaviculares, axilares, epitrocleares e inguinais. Em indivíduos saudáveis, porém, normalmente palpam-se apenas os submandibulares, os axilares e os inguinais.2

Linfonodos >1cm podem ser, em geral, considerados anormais (linfonodomegalia), mas o critério para a definição de linfadenopatia depende de outras características, tais como consistência, mobilidade e dor. Alguns quadros tendem a apresentar acometimento regional e, outros, sistêmico. Por isso, a fim de guiar o raciocínio clínico, é utilizada a divisão categórica entre linfadenopatia generalizada (acometimento de duas ou mais cadeias linfáticas não contíguas) e linfadenopatia localizada (acometimento de apenas um território de drenagem).

Na APSatenção primária à saúde, a maioria dos casos tem etiologia benigna, sendo necessária uma abordagem racional a fim de não só assegurar o diagnóstico de doenças graves, mas também de resguardar o paciente de iatrogenias por procedimentos invasivos desnecessários.2,3

A anamnese completa e o exame físico criterioso geralmente esclarecem a etiologia. A investigação etiológica pode ser realizada com auxílio de exames de imagem e de laboratório, mas o diagnóstico histopatológico final só será obtido por biópsia.

  • Objetivos

Ao final da leitura deste artigo, o leitor será capaz de

 

  • realizar a avaliação diagnóstica inicial da linfadenopatia no cenário da APSatenção primária à saúde de medicina de família e comunidade;
  • considerar o background epidemiológico relacionado às linfadenopatias no âmbito da APSatenção primária à saúde e identificar fatores associados a doenças graves;
  • selecionar e aplicar de forma racional as ferramentas para a avaliação etiológica de linfadenopatias;
  • realizar a avaliação diagnóstica e o manejo inicial do paciente com linfadenopatia sugerido pela literatura internacional e brasileira.

 

  • Esquema conceitual
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