- Introdução
A rinossinusite (RSrinossinusite) caracteriza-se por um processo inflamatório que acomete a mucosa que reveste a cavidade nasal e os seios paranasais, que constituem uma mesma unidade anatômica e funcional,1 e é uma das afecções mais prevalentes das vias aéreas superiores, com um custo financeiro elevado para a sociedade. Por sua alta prevalência, a RSrinossinusite é um quadro comum na prática do médico de família e comunidade (MFCmédico de família e comunidade) na atenção primária à saúde (APSatenção primária à saúde).2
De uma forma mais ampla e atual, a RSrinossinusite é consequência de processos infecciosos virais (mais prevalentes), bacterianos e fúngicos (mais raros), podendo estar associada a processos alérgicos, (sobretudo a rinite alérgica), à polipose nasossinusal e à disfunção vasomotora da mucosa nasal.3
O termo “rinossinusite”, quando utilizado de forma isolada, geralmente se refere aos quadros infecciosos.3
A RSrinossinusite viral é a mais prevalente, estimando-se que uma pessoa adulta tenha em média dois a cinco resfriados por ano, e uma criança, entre seis e dez. Desses episódios virais, de 0,5 a 10% dos casos evoluem para infecções bacterianas, demonstrando a alta prevalência dessa afecção na população em geral.3
- Objetivos
Ao final da leitura deste artigo, o leitor será capaz de
- desenvolver raciocínio clínico para o diagnóstico dos casos suspeitos de RSrinossinusite na prática do MFCmédico de família e comunidade na APSatenção primária à saúde;
- decidir, na abordagem da RSrinossinusite, quais exames complementares apoiam mais a tomada de decisão e o acompanhamento clínico;
- estabelecer a conduta mais apropriada para o tratamento da RSrinossinusite na prática do MFCmédico de família e comunidade na APSatenção primária à saúde;
- referenciar adequadamente os casos de RSrinossinusite que devem ser tratados na atenção secundária e/ou terciária.
- Esquema conceitual