Introdução
A asma é uma das doenças respiratórias mais prevalentes no mundo. Essa doença apresenta caráter heterogêneo e — de acordo com as características demográficas, clínicas e fisiopatológicas — pode ser classificada em diferentes fenótipos, sendo os mais comuns:1
- asma de início tardio;
- asma eosinofílica (alérgica ou não alérgica);
- asma com obstrução persistente das vias aéreas;
- asma com obesidade.
Em geral, a asma pode ser caracterizada por inflamação crônica das vias aéreas e pela história de sintomas respiratórios (como sibilância, dispneia, tosse e opressão torácica, que variam em intensidade e tempo), associados à limitação expiratória variável ao fluxo aéreo.1
Os sintomas podem ser desencadeados por fatores como o exercício, mudança climática, exposição a alérgenos ou irritantes e infecções respiratórias virais. Além disso, esses sintomas podem se resolver espontaneamente ou em resposta à medicação e podem ficar ausentes por algum tempo, dependendo da gravidade e do grau de controle da doença.1
As evidências científicas indicam que, para melhorar o controle dos sintomas e reduzir os riscos futuros, os pacientes com asma se beneficiam do tratamento medicamentoso associado a estratégias não medicamentosas, como a prática regular de atividade física, exercício físico, exercícios respiratórios, cessação de tabagismo, entre outras.1 Devido ao importante papel que o fisioterapeuta tem no tratamento da asma, é fundamental que esse profissional domine as ferramentas existentes para a avaliação desses pacientes.
Objetivos
Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de
- revisar os componentes fundamentais para adequada avaliação do paciente com asma;
- identificar os principais exames clínicos e complementares ao paciente com asma;
- conhecer os testes objetivos e questionários aplicados nas pessoas com asma;
- elaborar um roteiro de avaliação para pacientes com asma.