Introdução
A presença do fisioterapeuta na avaliação físico-funcional é insubstituível em diferentes níveis e áreas de atuação, seja para promoção, prevenção ou reabilitação da saúde. Em se tratando da avaliação físico-funcional, sabe-se que os membros superiores (MMSS) estão intimamente envolvidos em atividades funcionais. Por meio das extremidades superiores, ou seja, braços e mãos, o ser humano realiza suas tarefas cotidianas e as utiliza como meio de comunicação corporal para se expressar e manter relações interpessoais, tanto no âmbito laboral como no social.
O uso de instrumentos adequados para avaliação dos MMSS permite ao profissional elaborar adequado diagnóstico físico-funcional e distinguir as limitações de cada paciente, que estão associadas às atividades do cotidiano. O comprometimento físico pode se manifestar de forma sutil, mas também pode ser logo notável. De qualquer forma, a correta interpretação dos testes é essencial para que o fisioterapeuta estabeleça o melhor plano de tratamento com a definição de objetivos e condutas fisioterapêuticas específicas, otimizando os prognósticos.1
O presente capítulo pretende abordar os principais testes laboratoriais e funcionais de MMSS e, dessa forma, tratar também de propriedades de medidas desses testes para uma correta interpretação, proporcionar aos leitores uma ferramenta norteadora de conhecimento desses métodos de avaliação.
Objetivos
Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de
- definir alguns testes que avaliam a capacidade de exercício e a capacidade funcional dos MMSS;
- identificar aspectos técnicos para aplicação dos testes de MMSS;
- descrever diferentes propriedades dos testes laboratoriais e testes clínicos de campo — validade, reprodutibilidade, responsividade e valores prognósticos, valores normativos e equações de predição de testes que avaliam MMSS;
- interpretar resultados obtidos por testes laboratoriais e testes funcionais, também conhecidos como testes clínicos de campo.
Esquema conceitual
