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AVALIAÇÃO PERIOPERATÓRIA E MANEJO HEMODINÂMICO DO PACIENTE CIRRÓTICO

Autores: Henrique Louzan Machado, Guilherme Di Camillo Orfali
epub-BR-PROCLIM-C20V4_Artigo

Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

 

 

  • descrever os principais aspectos da avaliação pré-anestésica (APA) de pacientes hepatopatas, bem como os principais exames laboratoriais e de imagem a serem solicitados;
  • explicar o conceito e a fisiopatogenia das síndromes de insuficiência hepatocelular e de hipertensão portal;
  • identificar os principais achados clínicos, laboratoriais e imaginológicos da síndrome portopulmonar e da síndrome hepatopulmonar (SHP);
  • calcular e interpretar os escores de Child-Turcotte-Pugh e Model for End-stage Liver Disease (MELD);
  • elencar as principais contraindicações para cirurgias eletivas em pacientes hepatopatas;
  • apresentar os achados da circulação hiperdinâmica característica de pacientes cirróticos;
  • resumir os principais achados clínicos e eletrocardiográficos da cardiomiopatia cirrótica;
  • reconhecer os principais aspectos do planejamento anestésico em hepatopatas;
  • listar os benefícios e as limitações dos diversos métodos de monitorização hemodinâmica perioperatória;
  • citar os principais fármacos inotrópicos e vasopressores disponíveis para uso clínico.

Esquema conceitual

Introdução

A anestesia no paciente com doença hepática avançada é marcada por diversos desafios. Compreender as repercussões sistêmicas da disfunção hepática — seja ela aguda ou crônica —, assim como as mudanças farmacocinéticas e farmacodinâmicas das drogas utilizadas no perioperatório, é essencial para a condução adequada de qualquer ato anestésico.

Hepatopatas crônicos representam um grupo de alto risco para complicações pós-operatórias, com taxas de mortalidade após cirurgias abdominais de até 80% em pacientes Child C, segundo relatos mais antigos.1 Além disso, mesmo quando submetidos a cirurgias extra-abdominais, apresentam maior risco de infecção, necessidade transfusional e internação prolongada.2

Apesar desses achados, estudos mais recentes demonstram reduções importantes nas taxas de mortalidade, as quais, atualmente, giram em torno de 12% para pacientes cirróticos Child C submetidos a cirurgias abdominais. Esses dados evidenciam o impacto do avanço de técnicas cirúrgicas, anestésicas e cuidados perioperatórios, entre eles, a monitorização hemodinâmica.3

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