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DOENÇA ATEROSCLERÓTICA DA ARTÉRIA CARÓTIDA EXTRACRANIANA

Autores: Célio Teixeira Mendonça, Guilherme Riskalla Mendonça
epub-BR-PROCLIM-C20V4_Artigo2

Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

 

 

  • descrever os sinais e sintomas da doença aterosclerótica da artéria carótida;
  • listar quais exames devem ser utilizados para confirmar o diagnóstico da doença aterosclerótica da artéria carótida;
  • identificar quais pacientes devem realizar tratamento clínico e quais devem ser encaminhados para o tratamento intervencionista;
  • indicar, no tratamento intervencionista, a retirada da placa de colesterol da artéria carótida (endarterectomia de carótida);
  • recomendar, no tratamento intervencionista, a angioplastia mais o implante de stent na artéria carótida.

Esquema conceitual

Introdução

A aterosclerose é uma doença difusa e degenerativa das artérias, resultando em placas que consistem em células necróticas, lipídeos e cristais de colesterol. Essas placas podem causar estenose, embolização e trombose.

A aterosclerose tem predileção por determinadas artérias, incluindo a artéria carótida extracraniana. A estenose de carótida extracraniana é importante causa de ataques isquêmicos transitórios (AITs) e de acidentes vasculares cerebrais isquêmicos (AVCIs) — tais eventos são, na sua maioria, causados por embolia cerebral decorrente de alteração da biologia da placa aterosclerótica.

A incidência dos infartos cerebrais isquêmicos é alta no Brasil.1 O registro de acidente vascular cerebral (AVC) da cidade de Joinville/SC (Programa Joinvasc) é o mais completo e preciso para ilustrar o impacto dessa doença no Brasil.2 Segundo o Joinvasc, registro ativo e com cerca de 10.800 casos de AVCs catalogados na sua base de dados, a incidência de AVCs em geral foi de 160/100 mil habitantes por ano em 2021.2

No Joinvasc, a porcentagem dos subtipos de AVC foram: AVCIs = 75%, AITs = 14%, AVCs hemorrágicos = 7% e hemorragias subaracnóideas = 4%. Segundo a prévia do Censo de 2022, estima-se que a população do Brasil seja de 208 milhões de pessoas. Portanto, com base nos dados de Joinville, estima-se que, na população brasileira, a incidência somada de AVCIs e de AITs seja de cerca de 266.192 novos casos por ano.2

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