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Avaliação Psicológica On-line: Orientações para a Prática Profissional

Autores: Andréia Mello de Almeida Schneider , Luan Paris Feijó, Aline Riboli Marasca
epub-BR-PROPSICO-C8V2_Artigo1

Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

  • definir avaliação psicológica (AP) on-line;
  • aplicar as normas regulamentadoras para realização da AP on-line;
  • identificar os cuidados técnicos para aplicação da AP on-line;
  • reconhecer as implicações éticas relacionadas à prática da AP on-line.

Esquema conceitual

Introdução

O uso de Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação (TDICs) no cotidiano de atuação do psicólogo já é uma realidade desde os anos 2000, porém esse uso foi intensificado a partir de 2020, devido à imposição de distanciamento social por conta da pandemia da COVID-19.

De acordo com dados do Censo da Psicologia Brasileira,1 durante o segundo semestre de 2021, a partir de uma amostra de quase 6 mil psicólogos brasileiros, os profissionais estavam fazendo uso de TDICs primordialmente para atividade laboral (82,5%), seguido por comunicação (81,1%), capacitação profissional em cursos e treinamentos (75,6%), formação e manutenção de rede de contatos (54,2%), organização (50,4%) e criação de conteúdo para redes sociais (43,8%).

A prestação de serviços psicológicos realizados por meio de TDICs é regulamentada por resolução específica.2 Desde 2020, as TDICs passaram a ser utilizadas por um número maior de profissionais, haja visto o aumento significativo de psicólogos cadastrados na plataforma e-Psi. De acordo com dados do Portal da Transparência, consultado em 4 de setembro de 2023, em 2019 eram 18.739 psicólogos cadastrados, número que passou para 246.205 até agosto de 2023.3

A AP certamente é uma das áreas da psicologia que pode se beneficiar do uso de TDICs, desde a utilização de plataformas on-line para aplicação e levantamento de testes psicológicos, até processos de AP que podem ser realizados totalmente de maneira remota, a depender do contexto e objetivo de avaliação.4,5 Diante dessa realidade, é imprescindível que os profissionais tenham competência técnica e sejam capazes de refletir sobre os aspectos éticos relacionados ao uso de TDICs.

Apesar de o CFP regulamentar a prática do atendimento remoto, por telefone, desde 1995, sabe-se que uma parcela significativa dos psicólogos sequer teve contato, em suas formações, sobre serviços psicológicos remotos. Nesse sentido, a formação continuada é um recurso importante para que as atividades profissionais da psicologia, em especial relacionadas à AP, ocorram dentro dos parâmetros éticos e técnicos preconizados pela profissão.6

Nesse contexto, o presente capítulo versará sobre a AP on-line, abrangendo sua definição, as normas regulamentadoras contemporâneas, os cuidados técnicos necessários e as implicações éticas relacionadas à prestação de serviço em AP por meio de TDICs.

Com o intuito de ilustrar as reflexões indicadas no decorrer do presente capítulo e demonstrar uma possibilidade de trabalho remoto em AP, será apresentado um exemplo de seleção profissional no contexto psicossocial, a fim de exemplificar os métodos e as particularidades de uma AP no ambiente on-line. É esperado, ao final do capítulo, que o leitor tenha maior capacidade de discernir situações em que uma AP on-line pode ser recomendada, em decorrência de suas várias características e idiossincrasias, e consiga refletir sobre a sua competência e viabilidade técnica para realizá-la.

Avaliação psicológica on-line: normas regulamentadoras e definições

Contextualizando historicamente os avanços do uso de TDICs na AP, a partir da Resolução CFP nº 3, de 25 de setembro de 2000,7 ficou estabelecido que a utilização de testes psicológicos informatizados, devidamente validados, poderiam ser realizados remotamente, após requerimento formal ao Conselho Regional. Ainda no mesmo ano, a Portaria nº 6, de 16 de dezembro de 20008 criou a Comissão Nacional de Credenciamento e Fiscalização dos Serviços de Psicologia pela Internet, enfatizando a necessidade de mais pesquisas na área. Passados 5 anos, a Resolução nº 12, de 18 de agosto de 20059 autorizou o uso de testes psicológicos informatizados desde que tivessem avaliação favorável de acordo com a Resolução nº 2, de 24 de março de 2003,10 vigente na época.

A Resolução nº 11, de 21 de junho de 2012,11 permitiu a aplicação de testes psicológicos regulamentados em resolução específica. A Resolução CFP nº 11, de 11 de maio de 2018, estabeleceu diretrizes específicas para a realização de AP no exercício profissional, regulamentando o Sistema de Avaliação de Testes Psicológicos (Satepsi) e revogando as Resoluções nº 2/2003, 6, de 28 de junho de 2004, e nº 5, de 8 de março de 2012, bem como as Notas Técnicas nº 1 e 2, ambas de 5 de maio de 2017.2

A Resolução CFP nº 11/2018 transferiu ao psicólogo a responsabilidade de definir qual TDIC seria a mais adequada ao tipo de atendimento e permitiu a utilização de instrumentos psicológicos devidamente regulamentados por resolução pertinente (atualmente a Resolução CFP nº 11/2018),2 com padronização e normatização específica para tal finalidade e de acordo com o Código de Ética Profissional do Psicólogo.12


Ainda conforme a Resolução nº 11/2018,2 o profissional deveria (e ainda deve, uma vez que a resolução permanece válida) cadastrar-se e manter atualizadas as informações para atendimento remoto na plataforma e-Psi, junto ao CFP, que autorizará ou não a prática, considerando as informações prestadas.

No início do período pandêmico, foi publicada a Resolução nº 4, de 26 de março de 2020,13 que alterou alguns artigos da Resolução nº 11/2018,2 com vistas a agilizar e não interromper atendimentos psicológicos. Essas alterações incluíram a autorização de prestação de serviços psicológicos por meio de TDICs após o cadastro na plataforma e-Psi ainda antes da emissão do parecer do CFP. Também autorizou o atendimento de pessoas e grupos em situação de urgência e emergência, e de pessoas e grupos em situação de violação de direitos ou de violência, o que até então não era permitido.13

Apesar de ser reconhecida desde 2018 como uma prática autorizada pelo CFP, a possibilidade de um processo de AP na modalidade remota ainda era pouco difundida, em comparação com outros serviços psicológicos, como a psicoterapia.14

Embora já descrita em alguns manuais que reúnem conhecimentos gerais sobre AP no Brasil,15 sua divulgação no país se intensificou a partir da pandemia da COVID-19, no ano de 2020, por meio de publicações de artigos em periódicos científicos4 e do lançamento de manuais que orientam boas práticas na AP on-line.16,17 Desde então, percebe-se um crescente número de produções que buscam informar sobre a atividade e refletir sobre os cuidados e sua viabilidade neste momento histórico.

A demanda para a prestação de serviços de AP on-line que se criou com o marco da pandemia também mobilizou editoras de testes psicológicos e grupos de pesquisa a construírem e adaptarem instrumentos que fossem próprios para o uso on-line/remoto (que podem ser administrados por examinador e examinado geograficamente distantes) ou informatizado (quando psicólogo e paciente devem estar no mesmo ambiente físico, mas utilizando das TDICs para responder aos instrumentos).

Como esclarecido em Nota Técnica nº 7, de 26 de setembro de 2019,18 retomando o antes disposto na Resolução nº 11/2018,2 a utilização de testes psicológicos por meio de TDICs está atrelada ao seu parecer favorável para uso emitido pelo Satepsi, o que destaca a importância de pesquisas que embasam que o instrumento de avaliação seja adequado para tal finalidade. Ainda com relação ao Satepsi, cabe ressaltar que o psicólogo é responsável por manter-se atualizado quanto aos testes psicológicos com parecer favorável e, portanto, autorizados para uso profissional.

Um marcador que descreve a mobilização de editoras e pesquisadores é a própria lista do Satepsi de instrumentos favoráveis para uso em modalidade on-line/remota. Em maio de 2020, essa lista apresentava apenas quatro instrumentos disponíveis para aplicação on-line/remota, que avaliavam os construtos da atenção, personalidade e interesses pessoais, todos direcionados a adultos.4 Em 2021, a lista já contava com 11 instrumentos, conforme registrou Muniz e colaboradores,19 sinalizando uma rápida reação diante da necessidade dos profissionais.

Em setembro de 2023, graças ao esforço conjunto de editoras, pesquisadores e Comissão Consultiva em Avaliação Psicológica (CCAP) do CFP pela agilidade com os trabalhos, os resultados da busca no Satepsi contabilizavam 26 testes psicológicos. Na época esses instrumentos abrangiam avaliação da atenção, inteligência, memória, interesses profissionais, inteligência emocional, personalidade e outros construtos, embora, quase em sua totalidade, estes ainda sejam direcionados prioritariamente para adultos.

A Resolução CFP nº 31, de 15 de dezembro de 2022,20 define que a AP é um processo estruturado de investigação de fenômenos psicológicos para prover informações à tomada de decisão com base em demandas, condições e finalidades específicas de cada caso.

A Resolução CFP nº 31/2022 define, portanto, diretrizes para a realização da AP ressaltando que, durante o procedimento, o psicólogo deve basear sua decisão em métodos, técnicas e instrumentos psicológicos reconhecidos cientificamente.20

Essa resolução ressalta ainda que o uso profissional dos testes psicológicos na AP é privativo do psicólogo, conforme estabelece o art. 13 da Lei nº 4.119, de 27 de agosto de 1962. Enfatiza também que estes devem seguir rigorosamente as orientações, a padronização e a normatização contidas no manual técnico aprovado no Satepsi para aplicação, levantamento dos resultados e respectiva interpretação.20

Apesar de uma maior difusão em relação à prática da AP on-line e de um número maior de ferramentas que auxiliam o processo a ocorrer remotamente, ainda existem questionamentos pertinentes sobre a viabilidade desse tipo de atividade. Ainda restam dúvidas sobre como deve ocorrer a AP on-line, quais os instrumentos mais adequados, que tipos de demandas devem ou não ser avaliadas de maneira remota, além de outros questionamentos éticos, que merecem a nossa reflexão.

Cuidados técnicos e implicações éticas

Uma revisão de literatura buscou identificar e descrever as competências que poderiam indicar as melhores práticas de prestação de serviços remotos.21 Dos 135 artigos publicados no Scopus, no Medline e no PsycINFO entre 2015 e 2021, surgiram dez categorias:

  • protocolos de emergência e segurança para serviços remotos;
  • facilitação da comunicação em plataformas remotas;
  • procedimentos de consentimento remoto;
  • alfabetização tecnológica;
  • identificação profissional–paciente para serviços remotos;
  • confidencialidade durante serviços remotos;
  • habilidades de comunicação durante serviços remotos;
  • engajamento e habilidades interpessoais para serviços remotos;
  • estabelecimento de limites profissionais durante os serviços remotos;
  • incentivo à continuidade do cuidado durante os serviços remotos.

A realização de processo de AP remota deve seguir especificidades técnicas e éticas20 com alguns cuidados particulares. Antes de definir se um processo de AP deverá ser conduzido remotamente, presencialmente ou de modo híbrido (em que parte da AP ocorre presencialmente e outros procedimentos são realizados por meio de TDICs), é necessário conhecer o objetivo, a demanda e a pertinência para um processo de AP em modalidade remota.

O início do processo de AP, em qualquer área de atuação e qualquer modalidade, é ter claro seu objetivo, ou seja, reconhecer o motivo que ensejou a pessoa a solicitar uma AP. A demanda envolve as perguntas que devem ser respondidas ao final do processo, quando ocorre a devolução dos resultados e a entrega do laudo.

Para exemplificar o que seria objetivo e demanda de um processo de avaliação, considerando o contexto clínico, ilustra-se a hipótese de um paciente que chega para diagnóstico diferencial; o objetivo seria a avaliação para diagnóstico diferencial entre transtorno de personalidade e transtorno de humor, enquanto a demanda seria paciente encaminhado para diagnóstico diferencial entre transtorno de personalidade e humor por apresentar sintomas mistos de alterações sensoperceptivas e comportamentais.

Sobre a pertinência, é necessário que o psicólogo se questione se o uso de TDICs e o fato de o processo de AP ser conduzido remotamente é viável para atender ao objetivo da avaliação e responder às perguntas da demanda. Caso seja, é recomendado que o profissional registre no laudo psicológico que o processo foi conduzido remotamente ou de modo híbrido, com o intuito de contextualizar o processo avaliativo.

Se o objetivo, a demanda e a pertinência indicam a possibilidade de uma avaliação on-line, outros cuidados adicionais devem ser tomados. É necessário que o psicólogo reflita sobre as características do examinando, contrastadas com a finalidade da AP, de modo a verificar a viabilidade técnica do serviço prestado. Assim, devem ser ponderadas variáveis como idade, condições físicas e cognitivas, fatores culturais e outros dados, como familiaridade com o uso de tecnologia, disponibilidade de acesso às TDICs e qualidade da conexão à internet.4 É preciso analisar a capacidade do examinando quanto ao uso de TDICs, por exemplo, habilidade auditiva, visual, motora e cognitiva.

Caso o examinando tenha dificuldade no manuseio de aplicativos ou hardware, os resultados dos instrumentos podem ser afetados. Em algumas situações, é possível que seja necessária uma avaliação ou observação face a face, que, neste caso, precisará ser conduzida presencialmente.22

Avaliações que não exijam observações presenciais podem ocorrer remotamente se atenderem os preceitos da demanda e objetivo que geraram a avaliação.23

A ansiedade do examinando e do examinador também podem interferir nos resultados, uma vez que poderão estar mais focados no manuseio das TDICs do que na administração do instrumento em si.23

Ainda, com relação às características do examinado, é importante considerar a diversidade social e cultural. Por exemplo, o nível de educação formal, a presença de algum tipo de deficiência, a cultura e o contexto socioeconômico são variáveis que podem ter influência no momento de se optar pela AP remota. Sabe-se que, devido às condições de diversidade de aspectos sociais e culturais, nem sempre os testes psicológicos contam com uma amostra normativa que representa o examinado. No caso de AP conduzida remotamente, a limitação sobre o número de testes disponíveis para uso on-line já é posta, acentuando a sub-representação de determinadas amostras.

Quanto aos cuidados no uso de técnicas, considera-se importante refletir sobre quais podem ser utilizadas e as suas limitações. A alta correlação entre escalas aplicadas na versão lápis e papel com a aplicação informatizada já é relatada.24 Por exemplo, em um estudo realizado com universitários americanos, considerando um instrumento de autorrelato, a média dos escores e aspectos como validade de construto do modelo de cinco grandes fatores de personalidade, desejabilidade social e autoeficácia foram semelhantes entre administração via lápis e papel versus computador de mesa, tablet e smartphone.25

Entretanto, os respondentes indicaram maior desconforto ao usar tablets e smartphones em detrimento ao computador de mesa, mesmo em uma amostra de participantes acostumados a usar TDICs. Esse dado salienta a importância sobre a comparação no uso de diferentes dispositivos no momento da adaptação de instrumentos.

Apesar da alta compatibilidade das versões em lápis e papel e informatizadas para instrumentos de autorrelato, em um processo de AP que envolve avaliação da personalidade, por exemplo, é recomendado que se faça uma avaliação multimétodo, fundamental para uma prática clínica eficaz.26 Por multimétodo se entende o uso de diferentes métodos de avaliação de construtos análogos e complementares. Isso significa que é recomendada a utilização de instrumentos de autorrelato juntamente às ferramentas que usam outras formas de resposta.

No contexto da avaliação da personalidade, pode-se citar a importância dos métodos projetivos. Contudo, atualmente, dos 26 instrumentos com parecer favorável no Satepsi, nenhum é projetivo ou expressivo. A boa notícia é que existem estudos sendo conduzidos com o Pfister e Rorschach — sistema de avaliação por performance no Rorschach (R-PAS) — para administração remota, o que viabiliza a condução de processos de AP multimétodo também no ambiente remoto.*

*Pesquisadores, autores de diferentes testes projetivos que compõem o grupo de trabalho específico na Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Psicologia (ANPEPP) (Comunicação pessoal, setembro de 2023).

Ainda com relação às técnicas e aos instrumentos, é importante também o psicólogo avaliar se possui instrumental técnico necessário e competências para conduzir o processo de AP remotamente. É necessário dispor de internet de qualidade, preferencialmente via cabo, que garante maior segurança dos dados transmitidos e maior estabilidade durante os atendimentos.

O psicólogo também deve certificar-se de que o examinado possui equipamento de qualidade suficiente e adequado aos procedimentos que pretende utilizar ao longo da avaliação.

A falta de recursos adequados compromete os resultados da avaliação, uma vez que podem interferir na qualidade das informações obtidas. Nesse sentido, algumas instituições, após determinar especificações de hardware, software e equipamentos necessários à realização de testes on-line, inclusive têm adotado softwares que controlam se o examinado troca de aba. Do ponto de vista da competência técnica, destaca-se a importância do psicólogo em manejar a tecnologia, de modo que consiga extrair informações com maior eficiência e segurança no contexto on-line.

Uma questão ética importante, que na AP remota se torna mais difícil de controlar que no contexto presencial, é o sigilo. É responsabilidade do psicólogo garantir a confidencialidade das informações.

Conforme a Resolução CFP nº 11/2018,2 o psicólogo é obrigado a especificar quais são os recursos tecnológicos utilizados para garantir o sigilo das informações e deve esclarecer o examinando sobre essa questão. Existe também a Lei nº 13.709, de 14 de agosto de 2018,27 que versa sobre a proteção de dados.

Tanto o psicólogo quanto a pessoa que contrata o serviço de AP são responsáveis pela adoção de medidas técnicas e administrativas para a proteção dos dados pessoais de terceiros. Nesse sentido, recomenda-se a elaboração de um contrato ou termo de responsabilidade escrito, em que deve ser enfatizada a confidencialidade, alertando para a não autorização de gravações de áudio ou vídeo. Além disso, recomenda-se que esse documento escrito contemple a necessidade de privacidade no momento dos atendimentos, sem distrações e seguro de que não será interrompido. Recomenda-se o uso de fones de ouvido para garantir ainda mais essa confidencialidade.17

Quanto aos documentos decorrentes dos processos de AP remota, até o momento não existem diretrizes específicas para o atendimento remoto e os profissionais devem se orientar pela Resolução nº 6, de 29 de março de 2019,28 que esclarece sobre os documentos escritos emitidos pelos psicólogos. Entretanto, entende-se a importância de registrar nos documentos que a avaliação foi conduzida remotamente ou de modo híbrido. Quando no modo híbrido, sugere-se indicar quais procedimentos foram administrados remotamente e quais presencialmente.

No que concerne a confidencialidade das informações contidas nos documentos decorrentes da AP, tanto a Resolução nº 6/201928 quanto o Código de Ética do Profissional Psicólogo12 enfatizam a importância desse cuidado. Então, não se recomenda o envio de documentos por meio de redes sociais ou aplicativos com facilidade de disseminação de informações. Como alternativa, sugere-se o uso de correio eletrônico com confirmação de recebimento.

Conforme a Resolução nº 6/2019,28 em sua versão comentada, é obrigatória a assinatura (certificação) digital do profissional e o protocolo de entrega pode ser a resposta ao endereço de correio eletrônico de envio, em que o recebimento é acusado formalmente.

De modo geral, um processo de AP on-line deve seguir alguns passos, os quais estão resumidos na Figura 1, com o propósito de ilustrar a sequência que deve ser seguida. Entretanto, é preciso ressaltar que os itens apresentados são interdependentes e que, sempre que necessário, o psicólogo deve retomar as etapas anteriores e, ao longo de todo o processo, seguir os parâmetros técnicos e científicos necessários.

Nenhum caso de avaliação é igual a outro, e cada um terá a sua pergunta para direcionar o processo de AP e, consequentemente, sua bateria de instrumentos, métodos e técnicas mais adequadas.

AP: avaliação psicológica.

FIGURA 1: Passos para a realização da AP on-line. // Fonte: Elaborada pelos autores.

ATIVIDADES

1. Juliana é psicóloga clínica e está realizando o processo de AP de Vitor, um paciente de 31 anos de idade, presencialmente. Juliana tem em seu planejamento a necessidade de avaliação de personalidade a partir de um instrumento padronizado. Ela elege um teste psicológico com parecer favorável do Satepsi para avaliação da personalidade em adultos. Para tornar a administração do teste mais atrativa e otimizar o tempo de avaliação, Juliana adaptou o instrumento para que Vitor consiga respondê-lo de forma on-line. Colocou os itens do instrumento e suas alternativas de resposta em um formulário on-line e encaminhou o link para o paciente responder até a próxima consulta. Com relação ao uso de testes psicológicos na prestação de serviços psicológicos realizados por meio de TDICs, assinale a alternativa correta.

A) A psicóloga Juliana pode adaptar um teste psicológico para uso remoto, pois o instrumento já possui parecer favorável do Satepsi.

B) A psicóloga Juliana comprometeu a validade dos resultados derivados de uso de teste psicológico, visto que alterou a padronização de sua aplicação para o ambiente on-line.

C) Antes de submeter-se a qualquer serviço psicológico mediado por TDICs, o paciente Vitor deve realizar um cadastro prévio no CFP.

D) Personalidade não é um construto previsto para ser avaliado em ambiente on-line, visto os riscos que pode oferecer ao examinado.

Confira aqui a resposta

Resposta incorreta. A alternativa correta é a "B".


A Resolução CFP nº 11/2018 informa sobre o uso de instrumentos psicológicos com parecer favorável do Satepsi, desde que contem com padronização e normatização para a modalidade remota. Entende-se que podem existir diferenças na aplicação de instrumentos em formato lápis e papel e em formato informatizado, assim como sua aplicação em modalidade presencial e remota, que só poderão ser confirmadas após estudos específicos. Ao alterar a forma de aplicação do instrumento (transcrever os itens para um formulário on-line), a psicóloga Juliana não atende ao rigor de aplicação preconizado no manual do instrumento, comprometendo a validade dos resultados obtidos.

Resposta correta.


A Resolução CFP nº 11/2018 informa sobre o uso de instrumentos psicológicos com parecer favorável do Satepsi, desde que contem com padronização e normatização para a modalidade remota. Entende-se que podem existir diferenças na aplicação de instrumentos em formato lápis e papel e em formato informatizado, assim como sua aplicação em modalidade presencial e remota, que só poderão ser confirmadas após estudos específicos. Ao alterar a forma de aplicação do instrumento (transcrever os itens para um formulário on-line), a psicóloga Juliana não atende ao rigor de aplicação preconizado no manual do instrumento, comprometendo a validade dos resultados obtidos.

A alternativa correta é a "B".


A Resolução CFP nº 11/2018 informa sobre o uso de instrumentos psicológicos com parecer favorável do Satepsi, desde que contem com padronização e normatização para a modalidade remota. Entende-se que podem existir diferenças na aplicação de instrumentos em formato lápis e papel e em formato informatizado, assim como sua aplicação em modalidade presencial e remota, que só poderão ser confirmadas após estudos específicos. Ao alterar a forma de aplicação do instrumento (transcrever os itens para um formulário on-line), a psicóloga Juliana não atende ao rigor de aplicação preconizado no manual do instrumento, comprometendo a validade dos resultados obtidos.

2. Com relação às normas regulamentadoras que embasam a prática da AP on-line, marque V (verdadeiro) ou F (falso).

A Resolução nº 11/2018 regulamenta a prestação de serviços psicológicos realizados por meio de TDICs, mesmo que não previstas no Código de Ética Profissional do Psicólogo.

O uso de testes psicológicos é autorizado, desde que os instrumentos tenham parecer favorável do Satepsi.

Conforme a Resolução nº 11/2018, o profissional que pretende praticar a AP na modalidade on-line deve realizar um cadastro junto ao CFP (plataforma e-Psi), antes de iniciar suas atividades.

Durante a pandemia, artigos da Resolução nº 11/2018 foram alterados a fim de agilizar a continuidade de serviços do psicólogo em ambiente on-line.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.

A) V — F — V — F

B) F — V — V — V

C) V — F — F — F

D) F — V — F — V

Confira aqui a resposta

Resposta incorreta. A alternativa correta é a "B".


A Resolução CFP nº 11/2018 autoriza a prestação de serviços psicológicos realizados por meio de TDICs, que incluem consultas e/ou atendimentos psicológicos de maneira síncrona ou assíncrona, com vistas à avaliação, orientação e/ou intervenção em processos individuais ou grupais; seleção de pessoal; uso de instrumentos psicológicos regulamentados e testes psicológicos com parecer favorável do Satepsi; supervisão técnica dos serviços psicológicos. A norma regulamentadora prevê que a prática dessas atividades é antecedida por um cadastro do profissional junto ao CFP, na plataforma e-Psi. A Resolução CFP nº 4/2020 alterou alguns dos artigos da Resolução CFP nº 11/2018, que versavam sobre o cadastro na plataforma e-Psi e sobre o atendimento de pessoas e grupos específicos. Conforme a Resolução CFP nº 11/2018, a prestação de serviços psicológicos realizados por meios tecnológicos da informação e comunicação não deve ferir as disposições do Código de Ética Profissional do Psicólogo.

Resposta correta.


A Resolução CFP nº 11/2018 autoriza a prestação de serviços psicológicos realizados por meio de TDICs, que incluem consultas e/ou atendimentos psicológicos de maneira síncrona ou assíncrona, com vistas à avaliação, orientação e/ou intervenção em processos individuais ou grupais; seleção de pessoal; uso de instrumentos psicológicos regulamentados e testes psicológicos com parecer favorável do Satepsi; supervisão técnica dos serviços psicológicos. A norma regulamentadora prevê que a prática dessas atividades é antecedida por um cadastro do profissional junto ao CFP, na plataforma e-Psi. A Resolução CFP nº 4/2020 alterou alguns dos artigos da Resolução CFP nº 11/2018, que versavam sobre o cadastro na plataforma e-Psi e sobre o atendimento de pessoas e grupos específicos. Conforme a Resolução CFP nº 11/2018, a prestação de serviços psicológicos realizados por meios tecnológicos da informação e comunicação não deve ferir as disposições do Código de Ética Profissional do Psicólogo.

A alternativa correta é a "B".


A Resolução CFP nº 11/2018 autoriza a prestação de serviços psicológicos realizados por meio de TDICs, que incluem consultas e/ou atendimentos psicológicos de maneira síncrona ou assíncrona, com vistas à avaliação, orientação e/ou intervenção em processos individuais ou grupais; seleção de pessoal; uso de instrumentos psicológicos regulamentados e testes psicológicos com parecer favorável do Satepsi; supervisão técnica dos serviços psicológicos. A norma regulamentadora prevê que a prática dessas atividades é antecedida por um cadastro do profissional junto ao CFP, na plataforma e-Psi. A Resolução CFP nº 4/2020 alterou alguns dos artigos da Resolução CFP nº 11/2018, que versavam sobre o cadastro na plataforma e-Psi e sobre o atendimento de pessoas e grupos específicos. Conforme a Resolução CFP nº 11/2018, a prestação de serviços psicológicos realizados por meios tecnológicos da informação e comunicação não deve ferir as disposições do Código de Ética Profissional do Psicólogo.

3. Com relação à situação em que poderia ser inadequada uma AP on-line, assinale a alternativa correta.

A) A pessoa avaliada reside em outro país.

B) A pessoa avaliada nunca realizou AP anteriormente.

C) A pessoa avaliada apresenta sintomas depressivos, e há risco de suicídio.

D) A pessoa avaliada necessita de urgência na conclusão da avaliação.

Confira aqui a resposta

Resposta incorreta. A alternativa correta é a "C".


Nos casos em que há risco de suicídio, torna-se importante reconhecer a rede de atenção psicossocial do indivíduo para possíveis encaminhamentos emergenciais. Anteriormente ao contexto pandêmico, a Resolução CFP nº 11/2018 vetava o atendimento de pessoas em situação de emergência. Entretanto, tal trecho foi temporariamente suspenso durante o período de pandemia da COVID-19 e até que sobrevenha a resolução do CFP sobre serviços psicológicos, conforme preconiza a Resolução CFP nº 4/2020. Nesse sentido, os autores consideram que a avaliação neste contexto pode ser contraindicada em razão dos limites da atuação profissional do psicólogo.

Resposta correta.


Nos casos em que há risco de suicídio, torna-se importante reconhecer a rede de atenção psicossocial do indivíduo para possíveis encaminhamentos emergenciais. Anteriormente ao contexto pandêmico, a Resolução CFP nº 11/2018 vetava o atendimento de pessoas em situação de emergência. Entretanto, tal trecho foi temporariamente suspenso durante o período de pandemia da COVID-19 e até que sobrevenha a resolução do CFP sobre serviços psicológicos, conforme preconiza a Resolução CFP nº 4/2020. Nesse sentido, os autores consideram que a avaliação neste contexto pode ser contraindicada em razão dos limites da atuação profissional do psicólogo.

A alternativa correta é a "C".


Nos casos em que há risco de suicídio, torna-se importante reconhecer a rede de atenção psicossocial do indivíduo para possíveis encaminhamentos emergenciais. Anteriormente ao contexto pandêmico, a Resolução CFP nº 11/2018 vetava o atendimento de pessoas em situação de emergência. Entretanto, tal trecho foi temporariamente suspenso durante o período de pandemia da COVID-19 e até que sobrevenha a resolução do CFP sobre serviços psicológicos, conforme preconiza a Resolução CFP nº 4/2020. Nesse sentido, os autores consideram que a avaliação neste contexto pode ser contraindicada em razão dos limites da atuação profissional do psicólogo.

4. O CFP publicou a Nota Técnica nº 7/2019 com o objetivo de orientar psicólogos quanto à utilização de testes psicológicos em serviços realizados por meio de TDICs. Observe as afirmativas sobre essas orientações.

I. Os testes psicológicos devem ter parecer favorável Satepsi, com padronização e normatização específica para tal finalidade.

II. O profissional deve verificar se o manual aprovado constante no Satepsi prevê a aplicação informatizada.

III. Alguns testes podem ser administrados no formato lápis e papel, outros podem ser administrados de forma informatizada, ou seja, por meio de computador. Cabe ao psicólogo a análise e o estudo do manual do teste psicológico aprovado no Satepsi para identificar a forma de aplicação recomendada.

IV. O formato de aplicação informatizada, mediada por computador, equivale à aplicação on-line durante o uso de testes psicológicos.

Quais estão corretas?

A) Apenas a I e a II.

B) Apenas a I, a II e a III.

C) Apenas a III e a IV.

D) A I, a II, a III e a IV.

Confira aqui a resposta

Resposta incorreta. A alternativa correta é a "B".


O formato de aplicação informatizada (presencialmente, porém usando um computador) não se equivale à aplicação on-line (acesso remoto ou à distância). É necessário verificar se o manual aprovado constante no Satepsi prevê a aplicação informatizada.

Resposta correta.


O formato de aplicação informatizada (presencialmente, porém usando um computador) não se equivale à aplicação on-line (acesso remoto ou à distância). É necessário verificar se o manual aprovado constante no Satepsi prevê a aplicação informatizada.

A alternativa correta é a "B".


O formato de aplicação informatizada (presencialmente, porém usando um computador) não se equivale à aplicação on-line (acesso remoto ou à distância). É necessário verificar se o manual aprovado constante no Satepsi prevê a aplicação informatizada.

5. Suzana é psicóloga e atua como analista de recursos humanos em uma empresa de médio porte na área da tecnologia, com sede na cidade de Salvador. Ela conduz processos de seleção de pessoas, principalmente para vagas de ensino superior, que envolvem entrevistas e aplicação de testes psicológicos para avaliação de personalidade e atenção concentrada. Agora, sua empresa expandiu as atividades para São Paulo, e Suzana passou a coordenar as atividades da nova sede de maneira remota. Ela precisou adaptar seu processo seletivo, pois, com os candidatos de São Paulo, não pode utilizar os mesmos testes que aplica presencialmente. Com relação às práticas adequadas para a adaptação do processo seletivo do caso descrito, marque V (verdadeiro) ou F (falso).

A psicóloga Suzana poderia consultar a lista de testes favoráveis para aplicação em modalidade on-line/remota, disponível no site do Satepsi, para verificar se existe algum instrumento que avalie os construtos que necessita investigar nos processos seletivos que conduz.

A psicóloga Suzana deve se familiarizar com a Resolução nº 11/2018 antes de iniciar a prática de seleção de pessoas em ambiente on-line.

A psicóloga Suzana deve verificar as condições ambientais e o perfil dos candidatos no processo seletivo antes de iniciar a aplicação de um teste psicológico, mesmo que ele conte com parecer favorável para aplicação em modalidade on-line/remota no Satepsi.

A psicóloga Suzana não deve utilizar testes psicológicos em ambiente on-line/remoto, seguindo as recomendações da Resolução nº 11/2018, devido a riscos e prejuízos derivados dessa prática.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.

A) V — V — V — F

B) F — F — V — F

C) V — F — F — V

D) F — V — F — V

Confira aqui a resposta

Resposta incorreta. A alternativa correta é a "A".


A Resolução CFP nº 11/2018 autoriza o uso de testes psicológicos em serviços psicológicos mediados por TDICs, desde que eles possuam parecer favorável do Satepsi para a aplicação em modalidade on-line/remota — ou seja, que tenha passado por estudos que recomendam seu uso nesta modalidade.

Resposta correta.


A Resolução CFP nº 11/2018 autoriza o uso de testes psicológicos em serviços psicológicos mediados por TDICs, desde que eles possuam parecer favorável do Satepsi para a aplicação em modalidade on-line/remota — ou seja, que tenha passado por estudos que recomendam seu uso nesta modalidade.

A alternativa correta é a "A".


A Resolução CFP nº 11/2018 autoriza o uso de testes psicológicos em serviços psicológicos mediados por TDICs, desde que eles possuam parecer favorável do Satepsi para a aplicação em modalidade on-line/remota — ou seja, que tenha passado por estudos que recomendam seu uso nesta modalidade.

6. Com relação àquela que representa uma situação de boa prática em AP on-line, assinale a alternativa correta.

A) Oferecer a AP on-line para todas as pessoas, considerando a importância da ampliação do acesso da população a serviços psicológicos.

B) Não recomendar a AP on-line para idosos, pois possuem mais dificuldade em lidar com tecnologia.

C) Não fazer recomendações sobre o ambiente em que a pessoa deve estar durante o processo de AP on-line, pois o principal é que se sinta confortável.

D) Realizar uma conversa inicial com a pessoa que procura AP on-line, para que seja possível analisar as variáveis que contraindiquem o serviço nesta modalidade, antes de iniciar o processo.

Confira aqui a resposta

Resposta incorreta. A alternativa correta é a "D".


A recomendação para realizar uma AP on-line deve ser verificada caso a caso. É difícil estabelecer parâmetros fixos de restrição quando muitas variáveis precisam ser analisadas. O ideal é realizar uma conversa inicial com o examinado, a fim de ponderar a demanda e as diversas implicações relacionadas, bem como suas características e seu contexto.

Resposta correta.


A recomendação para realizar uma AP on-line deve ser verificada caso a caso. É difícil estabelecer parâmetros fixos de restrição quando muitas variáveis precisam ser analisadas. O ideal é realizar uma conversa inicial com o examinado, a fim de ponderar a demanda e as diversas implicações relacionadas, bem como suas características e seu contexto.

A alternativa correta é a "D".


A recomendação para realizar uma AP on-line deve ser verificada caso a caso. É difícil estabelecer parâmetros fixos de restrição quando muitas variáveis precisam ser analisadas. O ideal é realizar uma conversa inicial com o examinado, a fim de ponderar a demanda e as diversas implicações relacionadas, bem como suas características e seu contexto.

7. Com relação ao fator que pode inviabilizar a validade dos resultados obtidos em uma AP on-line, assinale a alternativa correta.

A) A falta de familiaridade do examinado com a tecnologia.

B) Utilização de testes psicológicos adaptados para uso remoto.

C) Ocorrência em formato híbrido, em que parte do processo se dá remotamente e parte presencialmente.

D) O fato de o psicólogo não conhecer o examinado presencialmente.

Confira aqui a resposta

Resposta incorreta. A alternativa correta é a "A".


A falta de familiaridade do examinado com a tecnologia pode incidir na validade dos resultados, inviabilizando as conclusões. Isso pode ocorrer pelo desconhecimento de procedimentos de segurança ou pela dificuldade de manejo com os dispositivos, ampliando o risco sobre exposição de dados ou reduzindo a efetividade de suas respostas.

Resposta correta.


A falta de familiaridade do examinado com a tecnologia pode incidir na validade dos resultados, inviabilizando as conclusões. Isso pode ocorrer pelo desconhecimento de procedimentos de segurança ou pela dificuldade de manejo com os dispositivos, ampliando o risco sobre exposição de dados ou reduzindo a efetividade de suas respostas.

A alternativa correta é a "A".


A falta de familiaridade do examinado com a tecnologia pode incidir na validade dos resultados, inviabilizando as conclusões. Isso pode ocorrer pelo desconhecimento de procedimentos de segurança ou pela dificuldade de manejo com os dispositivos, ampliando o risco sobre exposição de dados ou reduzindo a efetividade de suas respostas.

8. Observe as afirmativas sobre a responsabilidade necessária para com os dados do paciente.

I. Tanto o psicólogo quanto a pessoa que contrata o serviço de AP são responsáveis pela adoção de medidas técnicas e administrativas para a proteção dos dados pessoais de terceiros.

II. A elaboração de um contrato ou termo de responsabilidade escrito em que deve ser enfatizada a confidencialidade, alertando para a não autorização de gravações de áudio ou vídeo, é recomendada.

III. Já existem diretrizes bem definidas no que diz respeito aos documentos decorrentes dos processos de AP remota.

Quais estão corretas?

A) Apenas a I e a II.

B) Apenas a I e a III.

C) Apenas a II e a III.

D) A I, a II e a III.

Confira aqui a resposta

Resposta incorreta. A alternativa correta é a "A".


Quanto aos documentos decorrentes dos processos de AP remota, até o momento não existem diretrizes específicas para o atendimento remoto, e os profissionais devem se orientar pela Resolução CFP nº 6/2019, que esclarece sobre os documentos escritos emitidos pelos psicólogos.

Resposta correta.


Quanto aos documentos decorrentes dos processos de AP remota, até o momento não existem diretrizes específicas para o atendimento remoto, e os profissionais devem se orientar pela Resolução CFP nº 6/2019, que esclarece sobre os documentos escritos emitidos pelos psicólogos.

A alternativa correta é a "A".


Quanto aos documentos decorrentes dos processos de AP remota, até o momento não existem diretrizes específicas para o atendimento remoto, e os profissionais devem se orientar pela Resolução CFP nº 6/2019, que esclarece sobre os documentos escritos emitidos pelos psicólogos.

O exemplo clínico a seguir foi elaborado com finalidade didática, baseado em um caso real de AP para objetivos psicossociais de acordo como a Norma Regulamentadora nº 35, do Ministério do Trabalho e Previdência, de 23 de março de 2012.29

A AP foi realizada em abril de 2022. Todos os nomes são fictícios, a fim de preservar a identidade do examinando.

Solicitação da avaliação

O processo de avaliação visava compor o atestado de saúde ocupacional periódico a ser arquivado pelo funcionário e pela empresa onde laborava.

Foram coletados os seguintes dados do examinado:

  • nome: Maurício;
  • idade: 43 anos;
  • sexo: masculino;
  • escolaridade: ensino médio completo;
  • região de moradia: região metropolitana de uma cidade no sul do Brasil;
  • ocupação: operador de manutenção em redes de telecomunicações;
  • estado civil: casado.

O exemplo clínico apresentado foi formulado com base em um processo de AP conduzido remotamente no contexto da saúde e segurança do trabalhador (avaliação psicossocial). O objetivo era investigar características pessoais, psicológicas, ocupacionais e sociais do examinado; as condições para o trabalho, tais como a atividade e o ambiente; por fim, as políticas institucionais, a gestão do trabalho e a prevenção em saúde e segurança do trabalhador.30

De modo geral, essa avaliação deve ser realizada em exames admissionais, periódicos, de retorno ao trabalho, de mudança de função e/ou atividade, demissionais.30 Há 15 anos ininterruptos Maurício atua na manutenção das redes de operações em telecomunicações, em altura superior a 2 metros do solo, enquadrando-se no critério de trabalho em altura conforme Norma Regulamentadora MTE nº 35/2012.29

Maurício possui ensino médio completo, concluído em uma escola pública. Ele cursou alguns semestres de uma graduação na área de gestão e negócios em uma universidade privada, mas não concluiu, alegando falta de tempo para os estudos. O examinado não apresentava histórico de uso de álcool ou drogas, fazia uso de tabaco (cigarro) e fumava em média 10 cigarros por dia. Informou não utilizar medicação, não relatou problemas para dormir, manter rotina regular de higiene do sono, dormindo em média de 7 a 8 horas diárias. Sua rotina consistia no trabalho de segunda a sábado, no período diurno; quando não estava trabalhando, mantinha convívio com sua esposa e seus dois filhos.

Em relação ao contexto laboral, Maurício iniciou na empresa em projeto destinado a jovens para inserção no mercado de trabalho. Posteriormente foi estagiário de nível técnico, sendo efetivado após o término do estágio. Ele está no mesmo cargo há mais de 10 anos, sem aspiração para novas ofertas na organização. Ainda, conforme seu histórico, Maurício não apresentou qualquer comunicação ou afastamento por acidentes de trabalho, embora na entrevista tenha comentado a ocorrência de pequenos ferimentos nas mãos, mas sem gravidade. Em seus exames ocupacionais periódicos não foram identificadas quaisquer alterações em marcadores de saúde que requeressem atenção ou intervenção médica.

Planejamento da avaliação

No processo de AP foram utilizadas fontes fundamentais de informação, assim como complementares, conforme preconiza a Resolução CFP nº 31/2022,20 sendo

  • testes psicológicos aprovados pelo CFP para uso profissional;
  • entrevistas psicológicas e anamneses;
  • instrumentos não psicológicos que possuíam respaldo da literatura científica da área;
  • documentos técnicos.

Os instrumentos selecionados foram escolhidos com base na demanda para avaliação e a sua compatibilidade para aplicação remota.

São fontes fundamentais de informação:

  • entrevistas para compreensão de aspectos de personalidade, atividades da vida diária e compreensão das tarefas, riscos e prevenção no ambiente de trabalho;
  • avaliação da atenção on-line (AOL), mensurando a atenção concentrada, dividida e alternada;31
  • teste não verbal de inteligência;32
  • teste de memória de reconhecimento-2.33

São fontes complementares de informação:

  • documentos técnicos que norteiam as considerações pertinentes à avaliação neste contexto, tais como as orientações do CFP e do MTE.

Dados de entrevista e impressões gerais transmitidas

Antes da avaliação foi enviada a Maurício uma mensagem, por meio de TDIC, com as informações necessárias para o atendimento. Na mensagem constavam orientações sobre os requisitos para receber o atendimento, como data e horário, tempo estimado de duração do atendimento, informações básicas sobre uso das tecnologias, tais como uso de computador, fones de ouvido, espaço iluminado e sigiloso, assim como utilização de mesa e cadeira para manutenção da correta ergonomia. Diante do aceite das orientações, foi confirmado o agendamento.

Para o seu atendimento foi utilizada uma plataforma paga que fornece um link de acesso único para cada atendimento. O link foi enviado, mediante cadastro prévio pelo profissional, automaticamente ao e-mail do examinando e do examinador, 10 minutos antes do atendimento e, após a consulta, o acesso expirou, não sendo possível ingressar novamente na sala. Tal procedimento buscou garantir o descarte dos dados.

Ao início do atendimento foi realizada a conferência dos requisitos mínimos contratados na mensagem prévia de agendamento. Ainda, foi estabelecido o contrato de trabalho verbal e por escrito, o qual foi assinado virtualmente com uso de plataforma de assinatura digital. Assim, diante do atendimento de todos os requisitos e da assinatura do documento, procedeu-se ao início da AP.

Maurício ingressou pontualmente na sala virtual de AP. Durante a entrevista, foi possível observar que o examinado aparentava certo nervosismo com a situação, contudo não houve interferência negativa no processo de entrevista. No exame do estado mental, não foi evidenciada alteração. Apresentou aparência adequada e postura cordial, empregando comunicação e linguagem coerentes à situação. Seu comportamento foi coerente ao que estava sendo verbalizado durante a interação.

Além dos dados descritos, foram avaliadas informações sobre as características psicológicas relacionadas às exigências e condições de trabalho; às características da atividade e do processo, do ambiente e da gestão do trabalho e as políticas e mecanismos de proteção à saúde do trabalhador, conforme preconizam as orientações do CFP.

Nesta etapa do processo, destacam-se alguns benefícios e limitações. Entre os diferentes benefícios está a possibilidade de avaliar pessoas em diferentes regiões geográficas, como é o exemplo descrito, gerando uma diminuição de custo e tempo de deslocamento. Contudo, a perda da visualização corporal do examinado limitou a observação do comportamento não verbal, uma vez que foi captado somente o que foi transmitido pelo “recorte” da tela. Outros limites referem-se às possíveis intercorrências com conexão da internet, como interrupção do sinal que pode gerar o congelamento do áudio e da imagem, entre outros.

Resultado e interpretação dos testes psicológicos

No Quadro 1 serão apresentados os resultados e as interpretações dos testes psicológicos padronizados.

QUADRO 1

ESCORES DOS TESTES PSICOLÓGICOS PADRONIZADOS

Construto examinado

Resultado quantitativo

Interpretação qualitativa

Atenção alternada

Percentil 30

Médio inferior

Atenção concentrada

Percentil 50

Médio

Atenção dividida

Percentil 40

Médio inferior

Inteligência

Percentil 60

Médio

Memória

Percentil 70

Médio superior

// Fonte: Elaborado pelos autores.

No que se refere aos aspectos atencionais, o resultado percentílico de atenção alternada apareceu abaixo da média, se comparado às pessoas da amostra normativa conforme escolaridade, o que indicou certa dificuldade para direcionar o foco da atenção ora em um estímulo, ora em outro, em um tempo predeterminado, e diante de vários estímulos distratores. Em termos de atenção concentrada, seu resultado foi classificado em nível médio, se comparado às pessoas da amostra normativa do grupo de mesma escolaridade, o que apontou adequada concentração para focar sua atenção em apenas uma fonte de informação em detrimento de outros estímulos, em um tempo predeterminado. Por fim, no que concerne à atenção dividida, o examinado obteve pontuação abaixo da média, se comparado às pessoas da amostra normativa selecionada conforme escolaridade, o que indicou dificuldade para focar sua atenção em dois ou mais estímulos simultaneamente, em um tempo predeterminado.

Considerando os aspectos de inteligência, enquanto capacidade para solucionar problemas, relacionar ideias e adquirir novos conhecimentos, Maurício dispunha de inteligência em nível médio (percentil 60), se comparado às pessoas da amostra normativa de mesma escolaridade. Já no que concerne à avaliação de memória, o examinado apresentou memória de reconhecimento em nível médio superior, se comparado às pessoas da amostra normativa com mesma faixa etária e escolaridade, o que indicou adequada capacidade para identificar qualquer estímulo ou situação já visualizada ou vivida anteriormente.

Considerações finais sobre o exemplo clínico

Considerando as atribuições da função na qual Maurício atuava, foi importante verificar até que ponto suas dificuldades poderiam interferir em suas atividades diárias e quais recursos ele possuía para dar conta de manejar ou manter a integridade de sua saúde. Mesmo que o seu resultado tenha sido médio inferior na capacidade de atenção dividida e a quantidade de cigarros utilizado ao longo do dia chame a atenção, a impressão e análise geral dos dados, somados às competências clínicas de investigação do examinador e ao histórico atual e pregresso do examinado, ele foi considerado apto para a sua função.

Pondera-se como uma limitação do processo a utilização de instrumentos de autorrelato, que muitas vezes podem ser respondidos de forma tendenciosa (desejabilidade social). Por isso, torna-se importante a expertise do psicólogo no que tange a técnicas de observação e de entrevista, assim como conhecimentos em psicopatologia, desenvolvimento humano e processos psicológicos básicos na realização de uma AP, com a finalidade de contornar possíveis respostas tendenciosas às ferramentas de autorrelato.

No exemplo em estudo, Maurício apresentou condições físicas e cognitivas para que o processo de AP fosse conduzido em modalidade on-line. Não manifestou desconfortos sobre o uso de TDICs e foi habilidoso no seu manejo. Ele cumpriu as combinações prévias em relação a como ocorreria o processo e os cuidados acerca do ambiente. Foram selecionados instrumentos com parecer favorável do Satepsi para aplicação on-line/remota. Os cuidados sobre o uso correto dos testes psicológicos, em conjunto com os procedimentos de entrevista e observação, tornaram válidos os resultados obtidos no processo de AP on-line no exemplo em questão.

Conclusão

A AP on-line é uma prática exercida com maior frequência apenas recentemente no Brasil. Ainda requer ponderações dos profissionais sobre seus alcances e limites. É notável sua crescente popularização, visto o aumento no número de instrumentos psicológicos que têm sido construídos e adaptados para uso nessa modalidade, assim como maior interesse dos profissionais pela prática remota.

Nesse sentido destaca-se a importância do trabalho de atualização dos testes psicológicos e melhoria contínua das plataformas de levantamento e administração de testes. Essa é uma tarefa de todos os psicólogos, auxiliar em pesquisas e na divulgação delas. Além disso, destaca-se a importância de mais estudos com crianças e adolescentes visando ampliar a lista de instrumentos com parecer favorável para uso profissional, bem como os efeitos da AP on-line com essa população.

As vantagens sobre o deslocamento e o acesso facilitado a múltiplas fontes de informação são variáveis que contribuem para o processo de AP, principalmente quando é importante acessar múltiplos informantes. Contudo, a mera facilidade de acesso aos examinandos e outros informantes não deve ser refletida em um incentivo indiscriminado para que um processo de avaliação seja conduzido remotamente. Cabe ponderar a viabilidade técnica do serviço a ser prestado, os conhecimentos prévios da pessoa examinada sobre o uso das TDICs e, em específico, as competências do psicólogo para atuação nesse contexto.

Em particular, é ressaltada a importância da formação, tanto em nível de graduação quanto na formação continuada, que incorpore em seus planos de ensino as especificidades do trabalho do psicólogo em ambiente on-line, orientando sobre técnicas pertinentes ao contexto e promovendo a reflexão sobre aspectos éticos. Entende-se também que a disponibilidade de acesso à internet e a dispositivos de informação e comunicação ainda não é realidade para grande parte dos brasileiros.

Dessa forma, independentemente da existência de uma legislação que regulamente os serviços psicológicos prestados por meio de TDICs, diferentes variáveis tornam a questão complexa. Portanto, cabe ao psicólogo ponderar sobre essas variáveis, para que as tomadas de decisão ocorram de maneira segura, primando pelo bem-estar da pessoa examinada.

Atividades: Respostas

Atividade 1 // Resposta: B

Comentário: A Resolução CFP nº 11/2018 informa sobre o uso de instrumentos psicológicos com parecer favorável do Satepsi, desde que contem com padronização e normatização para a modalidade remota. Entende-se que podem existir diferenças na aplicação de instrumentos em formato lápis e papel e em formato informatizado, assim como sua aplicação em modalidade presencial e remota, que só poderão ser confirmadas após estudos específicos. Ao alterar a forma de aplicação do instrumento (transcrever os itens para um formulário on-line), a psicóloga Juliana não atende ao rigor de aplicação preconizado no manual do instrumento, comprometendo a validade dos resultados obtidos.

Atividade 2 // Resposta: B

Comentário: A Resolução CFP nº 11/2018 autoriza a prestação de serviços psicológicos realizados por meio de TDICs, que incluem consultas e/ou atendimentos psicológicos de maneira síncrona ou assíncrona, com vistas à avaliação, orientação e/ou intervenção em processos individuais ou grupais; seleção de pessoal; uso de instrumentos psicológicos regulamentados e testes psicológicos com parecer favorável do Satepsi; supervisão técnica dos serviços psicológicos. A norma regulamentadora prevê que a prática dessas atividades é antecedida por um cadastro do profissional junto ao CFP, na plataforma e-Psi. A Resolução CFP nº 4/2020 alterou alguns dos artigos da Resolução CFP nº 11/2018, que versavam sobre o cadastro na plataforma e-Psi e sobre o atendimento de pessoas e grupos específicos. Conforme a Resolução CFP nº 11/2018, a prestação de serviços psicológicos realizados por meios tecnológicos da informação e comunicação não deve ferir as disposições do Código de Ética Profissional do Psicólogo.

Atividade 3 // Resposta: C

Comentário: Nos casos em que há risco de suicídio, torna-se importante reconhecer a rede de atenção psicossocial do indivíduo para possíveis encaminhamentos emergenciais. Anteriormente ao contexto pandêmico, a Resolução CFP nº 11/2018 vetava o atendimento de pessoas em situação de emergência. Entretanto, tal trecho foi temporariamente suspenso durante o período de pandemia da COVID-19 e até que sobrevenha a resolução do CFP sobre serviços psicológicos, conforme preconiza a Resolução CFP nº 4/2020. Nesse sentido, os autores consideram que a avaliação neste contexto pode ser contraindicada em razão dos limites da atuação profissional do psicólogo.

Atividade 4 // Resposta: B

Comentário: O formato de aplicação informatizada (presencialmente, porém usando um computador) não se equivale à aplicação on-line (acesso remoto ou à distância). É necessário verificar se o manual aprovado constante no Satepsi prevê a aplicação informatizada.

Atividade 5 // Resposta: A

Comentário: A Resolução CFP nº 11/2018 autoriza o uso de testes psicológicos em serviços psicológicos mediados por TDICs, desde que eles possuam parecer favorável do Satepsi para a aplicação em modalidade on-line/remota — ou seja, que tenha passado por estudos que recomendam seu uso nesta modalidade.

Atividade 6 // Resposta: D

Comentário: A recomendação para realizar uma AP on-line deve ser verificada caso a caso. É difícil estabelecer parâmetros fixos de restrição quando muitas variáveis precisam ser analisadas. O ideal é realizar uma conversa inicial com o examinado, a fim de ponderar a demanda e as diversas implicações relacionadas, bem como suas características e seu contexto.

Atividade 7 // Resposta: A

Comentário: A falta de familiaridade do examinado com a tecnologia pode incidir na validade dos resultados, inviabilizando as conclusões. Isso pode ocorrer pelo desconhecimento de procedimentos de segurança ou pela dificuldade de manejo com os dispositivos, ampliando o risco sobre exposição de dados ou reduzindo a efetividade de suas respostas.

Atividade 8 // Resposta: A

Comentário: Quanto aos documentos decorrentes dos processos de AP remota, até o momento não existem diretrizes específicas para o atendimento remoto, e os profissionais devem se orientar pela Resolução CFP nº 6/2019, que esclarece sobre os documentos escritos emitidos pelos psicólogos.

Referências

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32. Boccalandro, E. R. (2018). G-38: teste não verbal de inteligência. Vetor.

33. Raad, A. J., Rueda, F. J. M., & Monteiro, R. M. (2021). TEMR2: teste de memória de reconhecimento 2. Vetor.

Autores

ANDRÉIA MELLO DE ALMEIDA SCHNEIDER // Graduada em Psicologia pela Universidade Luterana do Brasil (Ulbra). Mestra em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Doutora em Psicologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

LUAN PARIS FEIJÓ // Graduado em Psicologia pelo Centro Universitário Cesuca. Mestre em Psicologia pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos). Doutor em Psicologia pela Unisinos.

ALINE RIBOLI MARASCA // Graduada em Psicologia pela Unisinos. Mestra em Psicologia pela UFRGS. Doutoranda em Psicologia pela UFRGS.

Como citar a versão impressa deste documento

Schneider, A. M. A., Feijó, L. P., & Marasca, A. R. (2024). Avaliação psicológica on-line: orientações para a prática profissional. In Sociedade Brasileira de Psicologia, R. Gorayeb, M. C. Miyazaki & M. Teodoro (Orgs.), PROPSICO Programa de Atualização em Psicologia Clínica e da Saúde: Ciclo 8 (pp. 43–64). Artmed Panamericana. (Sistema de Educação Continuada a Distância, v. 2).

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