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BIOSSEGURANÇA E CONTROLE DE INFECÇÃO NO TRAUMA

Autores: Heloisa Helena Karnas Hoefel, Rita Catalina Aquino Caregnato
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Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor deverá ser capaz de

  • identificar os aspectos relacionados à segurança do paciente e dos trabalhadores de saúde com ênfase nas medidas sugeridas para a prevenção da transmissão das infecções;
  • reconhecer o direcionamento acadêmico voltado para a visão atual de segurança internacional e brasileira com base em aspectos legais.

Esquema conceitual

Introdução

A percepção de risco é multidimensional. As informações recebidas no mundo real são percebidas em função do processo sociocultural em que estão os valores do indivíduo, sua personalidade, suas experiências passadas e seu grau de exposição ao risco.1 No que se refere à prevenção de infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS), a percepção acerca dos riscos que envolvem o paciente que sofreu trauma está mais voltada a doenças transmitidas mediante o tipo de matéria orgânica por ventura presente no momento de sua identificação.

Embora alguns profissionais ainda prefiram associar a biossegurança a aspectos relacionados ao manuseio de substâncias biológicas, avaliando todas as condições que serão necessárias para as atividades de cuidado, hoje, é prudente ampliar esse panorama.

A biossegurança, estudada em conjunto com outros aspectos relacionados à segurança no cuidado durante a assistência à saúde, permite uma visão não apenas holística, mas igualmente voltada para aspectos legais contemplados na legislação brasileira2,3 e na tendência internacional.4

A gestão de riscos vem sendo incorporada aos sistemas de qualidade em saúde e possui o horizonte da assistência como um todo, envolvendo tanto pacientes quanto profissionais.5

A preocupação com riscos e a necessidade de gerenciamento em áreas de cuidado à saúde é exigência em programas internacionais de acreditação, como o da Joint Commission International.6 Entretanto, o escopo predominante é voltado aos pacientes e, mais escassamente, aos profissionais de saúde.

No que se refere a pesquisas publicadas sobre o tema, quando relacionadas a empresas de saúde, como hospitais, clínicas e similares, a visão prevalecente das pesquisas sobre riscos direciona-se predominantemente aos pacientes. Do ponto de vista lógico e funcional, essa atenção é justificável, já que o paciente, por definição, é o lado mais fraco, inclusive a partir do ponto de vista legal. Contudo, a responsabilidade com os trabalhadores em todas as áreas deveria ser enfatizada, pois pessoas que cuidam de pessoas necessitam manter sua saúde para manterem-se ativas e saudáveis pelo maior tempo possível.

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