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CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS CUTÂNEO EM CÃES E GATOS

Autores: Lais Calazans Menescal Linhares, Felipe Noleto de Paiva, Andrigo Barboza de Nardi
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Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

  • descrever a epidemiologia e principais fatores de risco do carcinoma de células escamosas cutâneo (CCEc) em cães e gatos;
  • instituir medidas de prevenção eficazes contra CCEc;
  • listar as apresentações clínicas do CCEc;
  • realizar a abordagem inicial dos pacientes com CCEc;
  • classificar pacientes com CCEc de acordo com o estadiamento clínico e tumoral;
  • inferir os diferentes métodos diagnósticos e como melhor aplicá-los na rotina para obter diagnósticos mais assertivos e precoces;
  • aplicar as abordagens terapêuticas para o CCEc e compreender suas diferentes indicações, de acordo com o estádio da doença e expectativas dos tutores;
  • apontar fatores prognósticos negativos de CCEc para identificar pacientes sob maior risco de malignidade.

Esquema conceitual

Introdução

Neoplasias cutâneas e subcutâneas são comumente diagnosticadas em cães e gatos, representando de 26 a 43% de todos os tumores diagnosticados nessas espécies. Entre esses, o CCEc ganha destaque, por ser a segunda neoplasia maligna cutânea mais comum em cães e a terceira em gatos.1

O principal fator etiológico do CCEc é a exposição à radiação ultravioleta (UV) e, por isso, sua prevalência é maior em cães e gatos de pelagem pouco pigmentada, glabra e com histórico de exposição solar crônica. Apesar disso, uma parcela desses tumores pode desenvolver-se independentemente de exposição solar, acometendo animais com pelagem mais escura e em regiões pouco expostas ao sol.1-4

O CCEc tem baixo potencial metastático (de 3 a 5%) em cães e gatos, porém, em casos mais avançados, essa taxa pode aumentar, sendo os linfonodos regionais e pulmões os sítios mais acometidos.1-4

Lesões de CCEc podem se manifestar como únicas ou múltiplas e em variadas apresentações clínicas, que podem, facilmente, mimetizar outras afecções dermatológicas não neoplásicas. Por isso, o diagnóstico assertivo é imprescindível para a instituição do tratamento correto e de forma precoce, evitando a progressão da doença e possibilitando melhores prognósticos.1-3

O tratamento local do CCEc é considerado de primeira linha e pode ser curativo quando as lesões ainda são iniciais e pequenas. No entanto, é comum que os pacientes apresentem lesões em estádios mais avançados, dificultando a abordagem terapêutica local. A terapia sistêmica ainda é questionável, mas pode ser instituída em casos metastáticos e avançados, com intenção paliativa.1-3

O estadiamento tumoral do CCEc é o fator prognóstico mais bem estabelecido, ainda sendo necessários estudos que investiguem novos fatores prognósticos, a fim de auxiliar na identificação de pacientes sob maior risco de malignidade.2

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