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TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA EM CANINOS E FELINOS

Autor: Marina Snitcofsky
epub-PROMEVET-PA-C9V4_Artigo1

Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

  • reproduzir a informação científica a respeito do transtorno de ansiedade generalizada (TAG), frequentemente apresentado nas consultas comportamentais;
  • resumir os elementos que são úteis para o diagnóstico e o tratamento do TAG, de modo a facilitar o caminho diagnóstico e o manejo por parte dos veterinários clínicos generalistas.

Esquema conceitual

Introdução

Os transtornos de comportamento nos animais domésticos são um motivo de consulta cada vez mais frequente na prática veterinária, além de representarem o principal motivo de abandono e de eutanásia de cachorros e gatos em todo o mundo.1–6

São considerados transtornos ou enfermidades do comportamento aquelas manifestações de conduta que são anormais para a espécie de interesse, levando em conta seu etograma normal de padrões comportamentais, que interferem no desenvolvimento de outros padrões e/ou na convivência com o grupo familiar, e cuja base neurobiológica foi elucidada por meio de ensaios experimentais com animais de laboratório, ou de ensaios clínicos com animais da espécie em estudo.

A especialidade da medicina veterinária que se ocupa do diagnóstico e do tratamento das enfermidades do comportamento é denominada etologia clínica veterinária, zoopsiquiatria, ou psiquiatria animal, ou medicina veterinária comportamental, e constitui a disciplina homóloga (no sentido biológico da palavra) à psiquiatria da medicina humana.

No presente artigo, compilam-se a informação bibliográfica acerca da neurobiologia e a apresentação clínica do TAG em caninos e felinos, com a finalidade de atualizar o conhecimento e melhorar as estratégias de diagnóstico, prognóstico e tratamento. Pretende-se promover o exercício de uma medicina veterinária integral ou holística, que leva em conta o animal como um todo, avaliando a apresentação de sinais de enfermidade de maneira integral e considerando o organismo em seus três níveis — físico, emocional e social — para tratar o paciente, e não apenas a enfermidade que acomete o animal.

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