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CLASSIFICAÇÕES ENDOSCÓPICAS DAS LESÕES COLORRETAIS: MACROSCOPIA, PADRÃO DE CRIPTAS E PADRÃO VASCULAR

Eduardo Koji Marchi Ogawa

Luis Masuo Maruta

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Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

 

  • analisar e classificar as lesões colorretais segundo a morfologia, os tipos de criptas e o padrão vascular;
  • correlacionar os aspectos endoscópicos com o tipo histológico da lesão;
  • identificar o risco de invasão de camada submucosa profunda;
  • definir a conduta endoscópica para cada lesão.

Esquema conceitual

Introdução

A avaliação minuciosa das lesões colorretais desempenha um papel de extrema relevância na formulação de estratégias terapêuticas e no eventual planejamento de intervenções endoscópicas apropriadas. Os avançados recursos tecnológicos disponíveis na área da endoscopia possibilitam a avaliação da extensão vertical da neoplasia com um elevado grau de confiabilidade.

No contexto da análise das lesões do cólon, as ferramentas primordiais empregadas englobam a avaliação da morfologia, o estudo do padrão das criptas e a investigação da microvascularização. Do ponto de vista morfológico, as lesões que afetam o cólon podem ser categorizadas em duas principais classes — lesões polipoides e lesões não polipoides.

Entre as lesões não polipoides, destacam-se as formas deprimidas, as lesões de crescimento lateral (LST, do inglês, lateral spreading tumor), com depressão ou elevação acentuada, e o adenoma séssil serrilhado (SSA, do inglês, serrated sessil adenoma), com alterações endoscópicas específicas, uma vez que apresentam maior potencial de invasão da camada submucosa quando comparadas a outras lesões.1,2

A avaliação das características das criptas do cólon permite diferenciar a natureza da lesão e oferece indicativos de sua possível invasão em planos mais profundos. Portanto, a identificação correta das características das criptas possibilita a distinção entre pólipos colorretais hiperplásicos, adenomatosos, carcinomas superficiais e carcinomas com invasão da camada submucosa. Além disso, é possível identificar lesões serrilhadas, empregando uma classificação menos difundida que será abordada posteriormente.

A avaliação da microvascularização representa um componente importante da análise, que emergiu com a evolução dos recursos tecnológicos, a qual permitiu a seleção de determinados comprimentos de onda de luz para visualização mais clara dos vasos superficiais quando associados à magnificação de imagem. Por meio da exploração dessas capacidades, foram concebidas classificações de microvascularização, que se destacam pela sua elevada precisão para distinguir entre carcinomas superficiais e carcinomas com invasão profunda de submucosa.