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COLOSTROTERAPIA EM RECÉM-NASCIDOS PRÉ-TERMO: UMA VISÃO ATUAL

Autores: Daniela Marques de Lima Mota Ferreira, Vânia Olivetti Steffen Abdallah, José Simon Camelo Júnior
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Introdução

Os recém-nascidos pré-termo (RNPTs), especialmente os de muito baixo peso (MBP) ao nascer, ou seja, com peso de nascimento (PNpeso de nascimento) inferior a 1.500g, são particularmente vulneráveis a infecções. Nas últimas décadas, os avanços tecnológicos e os cuidados dispensados levaram ao aumento da sobrevida dessas crianças. Entretanto, a sepse tardia e a enterocolite necrosante (ECNenterocolite necrosante) ainda são responsáveis por taxas de morbidade e mortalidade elevadas nas unidades de terapia intensiva neonatais (UTINs).1,2

A inflamação está envolvida em um número significativo de partos prematuros, mesmo na ausência de infecção, e está relacionada ao desenvolvimento da síndrome da resposta inflamatória fetal e de morbidades com sequelas em longo prazo, como:3

 

  • sepse neonatal;
  • displasia broncopulmonar;
  • hemorragia peri-intraventricular;
  • ECNenterocolite necrosante.

A administração orofaríngea de colostro, também chamada de colostroterapia, consiste na utlização de gotas de leite humano (LHleite humano) na mucosa oral do RN como estratégia preventiva contra infecções, especialmente em RNPTMBPs.4,5

Essa forma de administração do leite materno expõe a mucosa da orofaringe do RNPT a fatores biológicos protetores, imunológicos e tróficos, que também estão presentes no líquido amniótico, e podem proteger contra sepse tardia e ECNenterocolite necrosante, além de favorecer a aquisição de habilidades para alimentação oral e estabelecimento do aleitamento materno.4,5

Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de:

 

  • reconhecer a presença de inúmeros fatores biológicos protetores presentes no colostro;
  • reconhecer a colostroterapia como um método alternativo para administração dos componentes imunológicos presentes no colostro;
  • aplicar a técnica da colostroterapia;
  • identificar os efeitos sugeridos da administração orofaríngea de colostro da própria mãe sobre o sistema imune do RNPTMBP;
  • identificar os efeitos positivos sugeridos da administração orofaríngea de colostro sobre a alimentação oral e o estabelecimento do aleitamento materno em RNPTMBP;
  • avaliar criticamente a administração orofaríngea de colostro diante das evidências científicas atuais.

Esquema conceitual

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