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COMO ABORDAR A MULHER COM DEPRESSÃO PÓS-PARTO

Alessandra da Rocha Arrais

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  • Introdução

O que teria a depressão a ver com a festa que cerca o nascimento de um bebê? Como entender que esse momento considerado tão feliz e esperado do ciclo vital familiar se transforme em um momento depressivo? Por que a chegada do bebê parece ter o poder de provocar um estado depressivo na mãe e, até mesmo, no pai?1,2

No período pré-natal, muitas vezes, as preocupações giram apenas em torno do chá de bebê, da revelação do sexo, do chá de bênçãos, da decoração do quarto, da preparação do enxoval e das demais providências práticas a serem tomadas para a chegada de um filho.1

É rara a discussão acerca das dificuldades emocionais que a maioria das mães vivencia no período do parto e pós-parto, bem como sobre as tarefas familiares que o casal tem a cumprir para ultrapassar essa etapa. Quando esses temas surgem, geralmente ocorrem em tons de brincadeira e de forma caricata, que não provocam a reflexão necessária.1

Certamente, carregar no próprio corpo um novo ser pode ser uma oportunidade ímpar e fascinante. Uma promessa de esperança, um potencial de luz, de continuidade e de amor.1

A maternidade implica em alterações de diversos espaços da vida da mulher, sejam eles pessoais, emocionais, profissionais ou sociais, que podem acarretar mais sofrimento do que se pode supor, especialmente, porque a maternidade é uma viagem sem direito ao “bilhete de volta”. É um processo que tem um início, mas não tem um fim. Portanto, trata-se de uma função que implica um caráter de extrema responsabilidade, complexidade e longevidade.1 Uma vez mãe, sempre mãe.

Este capítulo pretende contextualizar a mulher com DPP, olhando para a complexidade deste fenômeno. Tem-se como propósito iluminar a compreensão sobre como abordar as mulheres com DPP, na esperança de no futuro ajudar os profissionais de saúde e os acadêmicos que atuam em áreas da saúde perinatal e do desenvolvimento humano.

  • Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

 

  • contextualizar a mulher com DPP, olhando para a complexidade desse fenômeno e dos sujeitos neles implicados;
  • abordar corretamente as mulheres com DPP;
  • evoluir na compreensão e na maneira de pensar sobre a mãe que se apresenta depressiva no pós-parto.
  • Esquema conceitual
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