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CONJUNTIVITES EM PEDIATRIA: PRIMEIRA ABORDAGEM

Autores: Mauricio Marcondes Ribas, Lonize Maira Weinert Silveira, Gilberto Pascolat, Fernanda Areco Costa Ferreira Torres, Janayne Francheska Mançaneira
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  • Introdução

A conjuntiva é uma fina membrana localizada na parte anterior da esclera, dentro das pálpebras. A inflamação ou infecção da conjuntiva, que se caracteriza por dilatação dos vasos conjuntivais, hiperemia e edema, é conhecida como conjuntivite.1

Na maioria dos casos, os pacientes com conjuntivite são atendidos pelo pediatra em serviços de urgência e emergência; posteriormente, são encaminhados ao oftalmologista, quando necessário. Trata-se, portanto, de queixa comum nos serviços de pronto-atendimento, que pode apresentar causa viral, bacteriana ou alérgica, cujos sintomas são bastante semelhantes. Visto que prestará o primeiro e, na maioria das vezes, único atendimento à criança, é imprescindível que o pediatra conheça e saiba diferenciar a etiologia da doença, influenciada pela idade do paciente e pela estação do ano.1,2

A causa alérgica é mais comum durante a primavera e o verão. A infecção viral, a mais comum das causas infecciosas, é também mais prevalente nos meses mais quentes. A conjuntivite bacteriana, por sua vez, é a segunda causa infecciosa mais comum (porém já considerada a primeira em alguns estudos), observada mais frequentemente nos meses de inverno.1,2

O método mais confiável para definir a etiologia da conjuntivite é a coleta de swab ocular. Nas conjuntivites virais e alérgicas, não é observado crescimento de patógenos no meio de cultura; na bacteriana, os principais patógenos encontrados são o Staphylococcus epidermidis, Staphylococcus aureus, Streptococcus pneumoniae e Moraxella catarrhalis. No esfregaço, nos casos virais, predominam linfócitos; em situações alérgicas, prevalecem eosinófilos e granulações eosinofílicas.2

Na prática médica diária, geralmente não é possível ou conveniente a realização de exames complementares, de forma que o diagnóstico da doença e a provável etiologia se fundamentam em achados clínicos.2

Neste capítulo, serão apresentadas as principais considerações sobre a etiologia, os sinais e sintomas, o diagnóstico e o tratamento das conjuntivites neonatais e pediátricas.

  • Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

 

  • reconhecer as etapas do diagnóstico de um quadro de conjuntivite;
  • diferenciar as principais etiologias da conjuntivite nas faixas etárias neonatal e pediátrica;
  • avaliar a importância da realização de exames diagnósticos;
  • identificar as opções para tratamento farmacológico e não farmacológico para os diferentes tipos de conjuntivite.
  • Esquema conceitual
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