Objetivos
Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de
- identificar os principais critérios para a escolha do método contraceptivo para determinada paciente;
- relacionar os principais métodos contraceptivos disponíveis com suas taxas de eficácia;
- reconhecer que os métodos reversíveis de ação prolongada (em inglês, long-acting reversible contraception [LARC]) constituem métodos contraceptivos eficazes, seguros e de alta aceitabilidade pelas mulheres.
Esquema conceitual
Introdução
A contracepção corresponde ao uso de métodos e técnicas com a finalidade de impedir que o relacionamento sexual resulte em gravidez. Trata-se de um recurso de planejamento familiar, para a constituição da prole desejada e programada de forma consciente.1
O critério mais importante para a eleição de um método anticoncepcional é a opção feita pela usuária. O médico deve privilegiar essa preferência. Entretanto, nem sempre o método escolhido pode ser usado; é possível que algumas características clínicas evidenciadas pela paciente contraindiquem seu uso.1
É tarefa primordial do médico desenvolver uma semiótica apropriada para avaliar se a paciente apresenta alguma condição clínica ou afecções que contraindiquem o método anticoncepcional, de acordo com os critérios de elegibilidade da Organização Mundial da Saúde (OMS).1 Considerando a recomendação de participação da paciente na escolha do método, suas dúvidas merecem esclarecimento, pois isso favorece a adesão ao contraceptivo.
Com o amplo acesso à informação, muitas vezes o ginecologista pode se deparar com perguntas simples, mas cuja resposta exige um conhecimento técnico-científico. Para tanto, este capítulo foi desenvolvido com base em evidências, em um dos formatos mais divulgados em mídias — o de mitos e verdades sobre contracepção —, e, com o objetivo de instrumentalizar o profissional, de forma científica e com credibilidade, para responder a questionamentos básicos.