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CONTROLE DE MICRO-ORGANISMOS RESISTENTES EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

Autores: Cláudia Maria Dantas de Maio Carrilho, Jamile Sardi Perozin
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  • Introdução

Instituições de saúde ao redor do mundo, especialmente as unidades de terapia intensiva (UTIunidade de terapia intensivas), foram desafiadas com a emergência e a disseminação de micro-organismos multidroga-resistentes (MDROmicro-organismo multidroga-resistentes), de multidrug-resistant organism, nos últimos anos. Esse cenário impactou em aspectos

 

  • administrativos-estruturais – aumento da necessidade de leitos de isolamento, por exemplo;
  • financeiros – aumento do custo por paciente relacionado a medidas de precaução e antibioticoterapia de maior espectro, por exemplo;1
  • de resultado – aumento da frequência de eventos adversos em pacientes em precaução de contato (PCprecaução de contato)2 e elevada mortalidade relacionada a infecções por MDROmicro-organismo multidroga-resistentes, por exemplo.3

A resistência bacteriana, até então um problema que acometia majoritariamente pacientes críticos, disseminou-se para além das UTIunidade de terapia intensivas e chegou à comunidade. Esse fenômeno ficou bem caracterizado com as enterobactérias resistentes aos carbapenêmicos (ERCenterobactéria resistente aos carbapenêmicos), que muito rapidamente se disseminaram por todo o mundo,4 e também com outros patógenos, como:

 

  • Staphylococcus aureus resistente a oxacilina (MRSAStaphylococcus aureus resistente a oxacilina);
  • enterococo resistente à vancomicina (VREenterococo resistente à vancomicina);
  • enterobactérias produtoras de β-lactamase de espectro estendido (ESBLenterobactéria produtora de β-lactamase de espectro estendidos);
  • enterobactérias indutoras de β-lactamase (AmpCenterobactéria indutora de β-lactamases);
  • bacilos Gram-negativos não fermentadores (BGNNFbacilo Gram-negativo não fermentadors) resistentes a carbapenêmicos, como Pseudomonas spp. e Acinetobacter spp.

Apesar de grandes variações de políticas para o controle de MDROmicro-organismo multidroga-resistentes em UTIunidade de terapia intensiva adotadas por diferentes serviços,5 somadas a fraquezas metodológicas dos trabalhos até então publicados, evidências apontam para a necessidade de múltiplas intervenções coordenadas e implementadas por equipe multidisciplinar.6

  • Objetivos

Ao final da leitura deste artigo, o leitor será capaz de

 

  • conceituar os MDROmicro-organismo multidroga-resistentes e seus principais representantes;
  • reconhecer a situação epidemiológica dos MDROmicro-organismo multidroga-resistentes no Brasil e no mundo;
  • perceber as consequências da disseminação de MDROmicro-organismo multidroga-resistentes em ambiente direcionado a terapia intensiva;
  • identificar as possíveis estratégias adotadas para o controle de MDROmicro-organismo multidroga-resistentes e sua relevância em diferentes cenários epidemiológicos.
  • Esquema conceitual
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