Objetivos
Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de
- considerar as repercussões da pandemia do novo coronavírus;
- definir COVID longa;
- perceber as repercussões da COVID longa para a vida e a saúde dos idosos;
- elencar as estratégias de cuidado na COVID longa;
- analisar as políticas de atenção ao idoso na COVID longa.
Esquema conceitual
Introdução
A pandemia do coronavírus SARS-CoV-2 (em inglês, severe acute respiratory syndrome coronavírus 2), responsável pela COVID-19 (em inglês, coronavirus disease 2019), iniciada em 2020, tomou grandes proporções. As repercussões econômicas, sociais e nos sistemas de saúde são significativas, em função do enorme contingente de pessoas que adoeceram, morreram e ainda persistem com sintomas decorrentes da doença.
A persistência ou o desenvolvimento de sintomas, que se estendem por 12 semanas após a fase aguda da COVID-19, podem ser chamados de COVID longa.1 Essa condição repercute negativamente na vida e na saúde das pessoas e se torna um novo desafio a ser enfrentado pelos profissionais e pelo sistema de saúde. Para contribuir à formação de profissionais de enfermagem, nos cursos de graduação, pós-graduação e de educação permanente, este capítulo disponibiliza um conjunto de informações atualizadas sobre a COVID longa.
Este capítulo enfatiza as características sociais, epidemiológicas, clínicas e de cuidado de uma condição crônica que desafia o conhecimento e as habilidades de todos os profissionais de saúde, em especial de enfermagem. As evidências disponibilizadas conectam a ação dos profissionais de saúde no cotidiano dos serviços, em particular da Atenção Primária à Saúde (APS), com a organização da Rede de Atenção à Saúde (RAS) necessária ao cuidado complexo de uma doença multissistêmica, com marcante determinação social em sua ocorrência e seu prognóstico.2
A COVID longa demanda das diversas categorias profissionais, como a enfermagem, conhecimentos e habilidades para o seu enfrentamento. Desse modo, propõe-se trazer evidências que podem mostrar caminhos a serem traçados, sobretudo pela enfermagem, em seu cotidiano de atuação individual, além de estratégias de cuidados que podem ser aplicadas na RAS.