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Criptococose em gatos

Autores: Rodrigo Filippi Prazeres, Dandara de carvalho
epub-PROMEVET-PA-C8V4_Artigo

Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

  • reconhecer as características biológicas, morfológicas e funcionais do fungo oportunista leveduriforme e cosmopolita Cryptococcus spp.;
  • identificar a patogenia e as manifestações clínicas da doença criptococose na espécie felina;
  • indicar condutas diagnósticas e planejamentos terapêuticos para criptococose na espécie felina;
  • reconhecer a importância dos estudos clínicos da medicina felina diante de uma doença comumente atendida em estabelecimentos médicos-veterinários no território nacional.

Esquema conceitual

Introdução

A criptococose, também denominada torulose, doença de Busse-Buschke e blastomicose europeia, é a micose sistêmica de ocorrência mais comum em felinos, acometendo também humanos, cães, equinos, bovinos, caprinos, ovinos, camelídeos, mustelídeos, roedores, marsupiais, mamíferos marinhos, aves, répteis, anfíbios e peixes.1,2 A enfermidade é causada pelo fungo oportunista leveduriforme e cosmopolita do gênero Cryptococcus, que pode ser encontrado no solo, em excretas de aves e, em regiões de climas tropicais e subtropicais, troncos de madeira e matéria orgânica em decomposição, possibilitando a viabilidade no ambiente por cerca de até 2 anos em condições favoráveis de temperatura, umidade e ao abrigo de luz solar.2

O paciente felino apresenta cinco a seis vezes mais chances do que o cão e três vezes mais do que o cavalo de ser acometido pela criptococose,3 que ocasiona desde nódulos cutâneos até manifestações sistêmicas, incluindo sinais respiratórios, oculares e neurológicos.4–7

O Cryptococcus spp. é mais frequente do que outros fungos causadores de rinites em gatos, como, por exemplo, Aspergillus spp., Sporothrix schenckii, Histoplasma capsulatum e Fusarium spp.6

O presente capítulo traz uma revisão atualizada sobre a criptococose em felinos, abordando informações sobre agente etiológico, epidemiologia, transmissão, manifestações clínicas, diagnóstico, tratamento, prognóstico, prevenção e risco zoonótico da enfermidade em questão.

Agente etiológico

A criptococose felina é uma doença fúngica sistêmica cosmopolita adquirida em ambientes contaminados com propágulos das leveduras de basidiomicetos dos complexos de espécies do gênero Cryptococcus pertencentes ao complexo C. neoformans e C. gattii. 1,2,8

As espécies C. neoformans e C. gattii são classificadas em variedades e em sorotipos distintos, os quais diferem entre si em aspectos bioquímicos e ecológicos, por meios antigênicos do polissacarídeo capsular e genéticos.1,2,8 Com base na tipagem molecular e na caracterização de subtipagem, atualmente, há cerca de oito genótipos e alguns subtipos (cepas) identificados com diferente distribuição geográfica, patogenicidade e suscetibilidade antimicrobiana.8–10

O fungo pode se diferenciar em várias formas morfológicas, incluindo leveduras, clamídosporos, pseudo-hifas e hifas sob determinadas condições; entretanto, normalmente, está presente na forma de levedura em hospedeiros de mamíferos, reproduzindo-se por mitose em tecidos animais.11–13 O microrganismo tem formato arredondado a ovoide, parede fina e diâmetro de 2,5 a 8µm.14 Quando está parasitando os tecidos, é circundado por uma cápsula heteropolissacarídica, cuja espessura varia de acordo com a cepa e o ambiente, conferindo resistência ao ressecamento e virulência. 15

A reprodução do fungo é assexuada, por meio de brotamento de base estreita, cuja partícula infecciosa, o basidiósporo, possui propriedades para se dispersar no ar, aderir ao epitélio respiratório e penetrá-lo, ocasionando infecção do trato respiratório cranial.15 Acredita-se que possa ocorrer a disseminação localmente para o sistema nervoso central por meio do osso etmoide e, raramente, também para o trato respiratório caudal ou sistemicamente pela via hematógena.16

Epidemiologia

A criptococose pode acometer felinos de todas as idades, mas os animais adultos jovens parecem ser mais predispostos,2 chegando a 58% do total dos casos diagnosticados em gatos entre 2 e 7 anos de idade.14 Entretanto, a doença também tem sido diagnosticada em felinos domésticos com menos de 1 mês de vida, assim como com mais de 15 anos.3,5 Alguns relatos inconsistentes apontam maior predisposição em machos,2,3,5,14,15,17–21 assim como estudos evidenciam predileção racial em Siamês, Ragdoll, Birmanês, Himalaia e Abissínio.2,3,5,10,14,15,17,21,22 Não foi observada tendência sazonal no diagnóstico de infecção,3 assim como o estilo de vida não parece ser um fator de risco, uma vez que a doença foi relatada em gatos que vivem exclusivamente em ambientes internos.5,15

Em seres humanos, a doença é comumente diagnosticada em pessoas imunocomprometidas; contudo, a maioria dos estudos sobre infecção em gatos não evidenciou associação com infecções concomitantes por retrovírus,17,21–23 embora existam relatos da doença em animais com outras causas de imunossupressão, como, por exemplo, o uso de fármacos quimioterápicos ou infecções oportunistas concomitantes, acreditando-se que o papel da imunocompetência não pode ser totalmente ignorado.10,24

Historicamente, as espécies mundialmente conhecidas e mais importantes por causarem doenças nos animais e nos humanos são o C. neoformans e o C. gattii.2,5,15 Alguns estudos retrospectivos foram realizados no Canadá, na Austrália, nos Estados Unidos da América1,3,22,25,26 e no Brasil,8 fora alguns relatos únicos e pequenas séries de casos em países europeus.9,27,28

Infelizmente, em muitos estudos sobre criptococose, a espécie e seu nível molecular não são diagnosticados, perdendo-se dados importantes da epidemiologia da doença.27 Entretanto, a distribuição geográfica da doença correlacionada com o agente etiológico, quando isolado nos estudos citados, evidenciou que o C. neoformans causa quase todos os casos nos Estados Unidos da América e na Europa, e o C. gattii apresenta ampla distruibuição mundial, ocasionando doença principalmente em áreas tropicais e subtropicais, como Austrália, Papua-Nova Guiné, Sudeste Asiático e África Central, mas também foi classificado como microrganismo de alta prevalência ao longo da costa do Pacífico da América do Norte.5

Outras espécies de Cryptococcus foram raramente descritas ocasionando enfermidades em gatos. O C. albidus foi confirmado como causa de doença sistêmica em um gato no Japão que se encontrava imunocomprometido;5,29 já o C. magnus foi isolado em gatos com otites.30

O agente etiológico pode ser isolado de uma grande variedade de substâncias, cuja ecologia dependerá de fatores como a localização geográfica do organismo e a espécie;5 contudo, o C. neoformans é considerado um patógeno oportunista cosmopolita nas populações urbanas, enquanto o C. gattii é um patógeno com maior prevalência em áreas rurais.1

O C. neoformans é encontrado de maneira consistente em solo contendo fezes de aves, particularmente excrementos de pombos, que oferecem condições favoráveis para a amplificação e a reprodução mitótica do fungo,31,32 com menor frequência no leite, em sucos de frutas fermentados, no ar, na poeira e em ninhos de vespas ou de marimbondos, na grama e em insetos.5,15 O C. gattii é comum em matéria orgânica, como, por exemplo, troncos e folhas de eucaliptos,32 figueiras e algumas madeiras de outras árvores.15

Transmissão

A via de infecção da criptococose ainda não é totalmente conhecida; porém, acredita-se que ocorra pela inalação de propágulos fúngicos infecciosos de tamanho pequeno, como basidiósporos (menos de 2μm), e células de levedura dessecadas (menos de 3μm), que são facilmente dispersas pelo fluxo de ar ao entrarem em suspensão, podendo penetrar no sistema respiratório, onde ocorre a infecção primária,8 resultando em rinite micótica, pois o fungo aloja-se nas vias nasais.6 A infecção respiratória caudal é incomum, uma vez que a maioria dos microrganismos é maior do que o diâmetro alveolar de 2µm.5,15 Infrequentemente, as lesões penetrantes podem inocular diretamente partículas infecciosas na pele.8

Após a colonização da mucosa nasal, a doença pode se disseminar localmente para tecidos próximos ou sistemicamente pela via hematógena e linfática, acometendo sistema nervoso central, olhos, pele, linfonodos e demais órgãos.2,6 O período de incubação varia de meses a anos, e a fonte de infecção geralmente permanece desconhecida. A virulência e a carga dos organismos infecciosos influenciam o resultado da infecção.26

O fator de risco para a infecção por criptococose em animais de companhia é a proximidade com lugares com matéria orgânica abundante, como plantas, solos, hidrovias, madeireiras, jardins botânicos e fezes de aves, principalmente de pombos.5

O microrganismo é viável nas fezes por até 2 anos em ambientes úmidos, mas luz ultravioleta e condições secas podem diminuir esse tempo. As cepas sensíveis às temperaturas elevadas são incapazes de crescer em condições com temperatura acima de 37ºC e, portanto, geralmente causam infecções corpóreas locais apenas em regiões onde as temperaturas costumam ser menores, como, por exemplo, a pele, o nariz e o escroto.13,33

Manifestações clínicas

Os sinais clínicos da criptococose dependem da localização da infecção, que, em geral, envolve principalmente a cavidade nasal, onde, às vezes, a colonização ocorre de forma subclínica sem invasão do epitélio e, em outras ocasiões, com invasão.6 Outros tecidos comumente acometidos são a pele, o subcutâneo, os linfonodos regionais e o sistema nervoso central, além de já ter sido relatada a doença disseminada.5

As principais manifestações do trato respiratório cranial observadas são secreções nasais uni ou bilaterais com conteúdo de aspecto seroso, mucopurulento ou sangramento (Figura 1), esternutações, estertores nasais, aumento de volume subcutâneo firme na ponte nasal (Figura 2), granulomas nasais com obstruções levando à dispneia inspiratória e deformidades faciais com osteomielites3–7,17,22,34 (Figura 3).

FIGURA 1: Imagem fotográfica demonstrando paciente felino fêmea, adulto, mestiço de siamês, com diagnóstico de criptococose felina, apresentando deformidade de face, com aumento de volume em lado direito, além de secreção mucopurulenta unilateral de narina e ocular piossanguinolenta ipsolateral. // Fonte: Arquivo de imagens de Rodrigo Filippi Prazeres.

FIGURA 2: Imagem fotográfica demonstrando paciente felino fêmea, adulto, mestiço de siamês, com diagnóstico de criptococose felina, apresentando deformidade de face com aumento de volume subcutâneo firme na ponte nasal. // Fonte: Arquivo de imagens de Rodrigo Filippi Prazeres.

FIGURA 3: Imagem fotográfica demonstrando paciente felino macho, jovem, mestiço de siamês, com diagnóstico de criptococose felina nasal, apresentando deformidade de plano nasal com presença de lesões nódulo-tumorais e alopécicas, conferindo o aspecto de “nariz de palhaço” característico da enfermidade. // Fonte: Arquivo de imagens de Rodrigo Filippi Prazeres.

Pneumonia micótica e linfadenomegalia por causa de Cryptococcus spp. são raras em gatos,5 mas a doença do trato respiratório caudal pode seguir, e sua manifestação pode ser evidenciada radiologicamente como apenas nódulos pulmonares ou mediastinais. A anorexia e a subsequente perda de peso também podem ser resultado de anosmia afetando gatos com doença nasal crônica.34

O acometimento cutâneo é caracterizado por múltiplas pápulas e nódulos não dolorosos que podem ulcerar, solitários ou múltiplos, alopécicos, não pruriginosos e não dolorosos, com trajetos drenantes, podendo acometer qualquer parte do corpo, mas comumente encontrados em face, orelhas e membros, além de o comprometimento da via linfática regional ser comum.1,7 Na maioria das vezes, os nódulos são considerados uma manifestação de doença generalizada e não apenas uma doença restrita à pele decorrente de uma inoculação local.2,4

A forma neurológica provavelmente ocorre após a disseminação local por meio da lesão da placa cribriforme,5,6 quando a nasofaringe está acometida, ocasionando meningite ou encefalomielite granulomatosa com lesões solitárias ou múltiplas.21,35

Sinais clínicos como depressão, cegueira, alterações pupilares, mudanças comportamentais, hiperestesia, convulsões, tremores, espasmos, compressão e/ ou inclinação lateral da cabeça, andar em círculos, ataxia, paresia e outras anormalidades vestibulares podem ser observados nos quadros neurológicos (Figura 4).2,4,5,7,36,37

FIGURA 4: Imagem fotográfica demonstrando um gato macho, adulto, sem raça definida, com diagnóstico de criptococose do sistema nervoso central, apresentando midríase com cegueira, tremores, espasmos, ataxia, andar em círculos, inclinação lateral da cabeça para o lado direito e miados excessivos. // Fonte: Arquivo de imagens de Rodrigo Filippi Prazeres.

Lesões orais ocorrem ocasionalmente como ulceração difusa da mucosa bucal da língua, da gengiva ou do palato, assim como lesões proliferativas.27

As formas sistêmicas de criptococose podem ser manifestadas como uveíte (Figura 5), coriorretinite granulomatosa, deslocamento e hemorragia de retina, osteomielite, poliartrite, linfadenite sistêmica ou envolvimento de vários órgãos, incluindo rins, baço, fígado, tireoide e glândulas salivares.34 A síndrome da veia cava cranial, com edema grave de cabeça e pescoço, foi relatada em um gato apresentando uma massa mediastinal criptocócica que comprimia o vaso nessa região anatômica, assim como o esôfago e a traqueia.38

FIGURA 5: Imagem fotográfica demonstrando paciente felino macho, adulto, sem raça definida, com diagnóstico de criptococcose nasal e comprometimento de tecidos adjacentes como pele, subcutâneo e ocular, apresentando lesão ulcerada em plano nasal, além de pápula infraorbitária e uveíte em olho direito. // Fonte: Arquivo de imagens de Rodrigo Filippi Prazeres.

ATIVIDADES

1. Com relação ao agente etiológico Cryptococcus spp., marque V (verdadeiro) ou F (falso).

É encontrado apenas em fezes de aves, principalmente de pombos.

Pode se diferenciar em várias formas morfológicas, incluindo leveduras, clamídosporos, pseudo-hifas e hifas.

Apresenta reprodução por meio de brotamento.

É classificado em variedades e em sorotipos distintos, os quais diferem entre si em aspectos bioquímicos e ecológicos, por meios antigênicos do polissacarídeo capsular e genéticos.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.

A) V — F — V — F

B) F — V — V — V

C) V — F — F — V

D) F — V — F — F

Confira aqui a resposta

Resposta incorreta. A alternativa correta é a "B".


O fungo da criptococose pode ser encontrado no solo, em excretas de aves e, em regiões de climas tropicais e subtropicais, troncos de madeira e matéria orgânica em decomposição, entre outros materiais.

Resposta correta.


O fungo da criptococose pode ser encontrado no solo, em excretas de aves e, em regiões de climas tropicais e subtropicais, troncos de madeira e matéria orgânica em decomposição, entre outros materiais.

A alternativa correta é a "B".


O fungo da criptococose pode ser encontrado no solo, em excretas de aves e, em regiões de climas tropicais e subtropicais, troncos de madeira e matéria orgânica em decomposição, entre outros materiais.

2. Observe as afirmativas sobre a epidemiologia da criptococose felina.

I. Mais da metade dos casos de criptococose felina é diagnosticada em gatos entre 2 e 7 anos de idade.

II. Quanto ao estilo de vida, a doença é característica de gatos que vivem em ambientes externos.

III. C. neoformans e C. gatti são as espécies mundialmente conhecidas e mais importantes por causarem doenças em animais e humanos.

Qual(is) está(ão) correta(s)?

A) Apenas a I.

B) Apenas a II.

C) Apenas a I e a III.

D) Apenas a II e a III.

Confira aqui a resposta

Resposta incorreta. A alternativa correta é a "C".


O estilo de vida não parece ser um fator de risco para criptococose, uma vez que a doença foi relatada em gatos que vivem exclusivamente em ambientes internos.

Resposta correta.


O estilo de vida não parece ser um fator de risco para criptococose, uma vez que a doença foi relatada em gatos que vivem exclusivamente em ambientes internos.

A alternativa correta é a "C".


O estilo de vida não parece ser um fator de risco para criptococose, uma vez que a doença foi relatada em gatos que vivem exclusivamente em ambientes internos.

3. Com relação à transmissão da criptococose felina, marque V (verdadeiro) ou F (falso).

A via de infecção da criptococose ainda não é totalmente conhecida; porém, acredita-se que ocorra pela inalação de propágulos fúngicos infecciosos.

Os fatores de risco são gatos infectados com retroviroses felinas que entram em contato com fezes de pombos.

Após a colonização da mucosa nasal, a doença pode se disseminar localmente para tecidos próximos ou sistemicamente pela via hematógena e linfática, acometendo sistema nervoso central, olhos, pele, linfonodos e demais órgãos.

O microrganismo é viável nas fezes por até 2 anos em ambientes úmidos, mas luz ultravioleta e condições secas podem diminuir esse tempo.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.

A) V — F — V — F

B) V — F — V — V

C) F — V — F — V

D) F — V — F — F

Confira aqui a resposta

Resposta incorreta. A alternativa correta é a "B".


O fator de risco para a infecção por criptococose em animais de companhia é a proximidade com lugares com matéria orgânica abundante, como plantas, solos, hidrovias, madeireiras, jardins botânicos e fezes de aves, principalmente de pombos.

Resposta correta.


O fator de risco para a infecção por criptococose em animais de companhia é a proximidade com lugares com matéria orgânica abundante, como plantas, solos, hidrovias, madeireiras, jardins botânicos e fezes de aves, principalmente de pombos.

A alternativa correta é a "B".


O fator de risco para a infecção por criptococose em animais de companhia é a proximidade com lugares com matéria orgânica abundante, como plantas, solos, hidrovias, madeireiras, jardins botânicos e fezes de aves, principalmente de pombos.

4. Com relação à causa de anorexia e subsequente perda de peso em gatos acometidos com a forma nasal crônica da criptococose, assinale a alternativa correta.

A) Desidratação.

B) Esternutação.

C) Secreção oculonasal.

D) Anosmia.

Confira aqui a resposta

Resposta incorreta. A alternativa correta é a "D".


Gatos com perda de olfato perdem o interesse pelo alimento, o que os leva a anorexia e perda de peso, assim como demais consequências secundárias, como, por exemplo, lipidose hepática.

Resposta correta.


Gatos com perda de olfato perdem o interesse pelo alimento, o que os leva a anorexia e perda de peso, assim como demais consequências secundárias, como, por exemplo, lipidose hepática.

A alternativa correta é a "D".


Gatos com perda de olfato perdem o interesse pelo alimento, o que os leva a anorexia e perda de peso, assim como demais consequências secundárias, como, por exemplo, lipidose hepática.

5. Com relação aos sinais clínicos associados à forma neurológica, que provavelmente ocorre após a disseminação local por meio da placa cribriforme, quando a nasofaringe está acometida, ocasionando meningite ou encefalomielite granulomatosa com lesões solitárias ou múltiplas, marque V (verdadeiro) ou F (falso).

Depressão, cegueira, alterações pupilares, mudanças comportamentais, hiperestesia, convulsões, tremores e espasmos.

Compressão e/ ou inclinação lateral da cabeça, andar em círculos, ataxia e paresia.

Anormalidades vestibulares.

Uveíte, coriorretinite granulomatosa, deslocamento e hemorragia de retina.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.

A) V — F — F — V

B) F — V — F — V

C) F — F — V — F

D) V — V — V — F

Confira aqui a resposta

Resposta incorreta. A alternativa correta é a "D".


Uveíte, coriorretinite granulomatosa, deslocamento e hemorragia de retina são sinais que podem estar associados a formas sistêmicas de criptococose.

Resposta correta.


Uveíte, coriorretinite granulomatosa, deslocamento e hemorragia de retina são sinais que podem estar associados a formas sistêmicas de criptococose.

A alternativa correta é a "D".


Uveíte, coriorretinite granulomatosa, deslocamento e hemorragia de retina são sinais que podem estar associados a formas sistêmicas de criptococose.

Diagnóstico

O diagnóstico de criptococose felina é realizado utilizando-se diversas ferramentas laboratoriais; porém, o padrão-ouro é o cultivo do agente etiológico a partir de tecidos infectados,1–7,15 aspirados, exsudatos, urina e liquor, estabelecendo-se, além do diagnóstico definitivo, também a espécie do agente causador da doença,2,34 pois existem placas ágar específicas para diferenciar as espécies C. neoformans e C. gattii.9

A cultura da maioria das infecções fúngicas sistêmicas é trabalhosa, sendo o Cryptococcus spp. comumente cultivados em ágar dextrose de Sabouraud, com temperatura de incubação entre 25 e 37ºC, podendo levar cerca de 6 semanas para demonstrar evidências de crescimento.15 Culturas de biópsias nasais devem ser preferíveis às de secreções nasais, pois a presença do agente na cavidade nasal de pacientes assintomáticos já é bem conhecida e pode não ser considerada evidência de doença.34

Exames radiográficos e outras técnicas avançadas de diagnóstico por imagem, como a tomografia computadorizada e a ressonância magnética, são frequentemente utilizados no processo de diagnóstico de manifestações respiratórias craniais crônicas e alterações neurológicas centrais, fornecendo informações úteis sobre extensão e gravidade das lesões, bem como auxiliando no planejamento terapêutico e no prognóstico.21

Na maioria dos casos, faz-se um diagnóstico presuntivo por avaliação citológica, em que o organismo pode ser detectado a partir de amostras de swab nasal, lavado nasal e biópsia por impressão do tecido nasal ou de aspirado de outros tecidos infectados,4–7 os quais são corados com Diff-Quick, Wright-Giemsa ou novo azul de metileno, observando-se leveduras com cápsulas largas e grossas, com brotamento e paredes finas cercadas por cápsulas transparentes, refringentes e de tamanho variável (4 a 15μm).4,6,7,34

Exames de imagem, como rinoscopia e ultrassonografia abdominal, podem auxiliar em colheitas mais invasivas. Em casos de acometimento ocular sem evidência de doença sistêmica, pode-se aspirar líquido vítreo ou sub-retiniano para avaliação citológica.5,6,15,34 Quando há envolvimento renal, podem ser observadas leveduras no sedimento urinário durante exame de urinálise.39

Em muitos casos, biópsias da mucosa nasal, linfonodos ou nódulos de pele podem ser obtidas para confirmar a doença por meio de histologia, assim como podem ser utilizadas para fornecer material para esfregaços de impressão para citologia e cultura.7

Os cortes corados com hematoxilina-eosina demonstram corpos eosinofílicos circundados por um halo claro e uma reação piogranulomatosa;34 porém, colorações especiais recomendadas para visualizar o Cryptococcus spp. incluem o ácido periódico de Schiff (PAS) e a metenamina de prata de Grocott-Gomori (coloração GMS).4 A imuno-histoquímica em cortes de tecido é usada para diferenciação de espécies, usando-se anticorpos monoclonais.40

O teste de aglutinação do antígeno em látex é altamente específico e sensível para detectar o antígeno capsular de Cryptococcus spp., sendo utilizado tanto para diagnosticar, como para monitorar a resposta ao tratamento.1,4,5

Nas infecções localizadas, os resultados dos exames podem ser negativos, não excluindo completamente a possibilidade da doença.7,35

O antígeno capsular criptococócico pode ser detectado pelo teste no soro, liquor ou urina, sendo a detecção de antígeno no soro sanguíneo o teste de escolha porque, além de rápido e confiável, também é minimamente invasivo.41–44

A reação em cadeia da polimerase para identificação genética do agente etiológico também pode ser realizada em amostras de tecidos, de líquido cefalorraquidiano, urina e sangue, permitindo a identificação da espécie e do genótipo causador da doença no paciente, simplificando o diagnóstico.4,7,8,41–43

Tratamento

Não existem estudos prospectivos controlados sobre o tratamento da criptococose felina, sendo todas as diretrizes e os planejamentos terapêuticos baseados em estudos retrospectivos e relatos de casos, em que a escolha do antifúngico apropriado depende de diversos fatores, como:34

  • presença de comorbidades;
  • local e tipo de afecção;
  • custo do medicamento.

A adesão do responsável pelo gato é crucial em razão dos altos custos financeiros e do longo tempo necessário para a realização do tratamento adequado, sendo finalizado em 1 a 2 meses após a resolução das manifestações clínicas ou até que os títulos séricos de antígenos criptococócicos sejam negativos, podendo levar 9 meses ou mais.4–7,43 Além disso, independentemente do protocolo terapêutico estabelecido, pode ocorrer refratariedade, recidivas e até mesmo persistência da infecção.3,2,43

A excisão cirúrgica de granulomas fúngicos localizados na pele e na mucosa nasal ou oral deve ser considerada como uma ajuda valiosa em gatos sob terapia médica sistêmica.2,7,45

Diversos agentes antifúngicos sistêmicos podem ser empregados no tratamento da enfermidade do paciente felino, tais como anfotericina B, cetoconazol, fluconazol e itraconazol, cujas doses, frequência e vias de administração se encontram no Quadro 1.2,4,7,34

QUADRO 1

TRATAMENTO FARMACOLÓGICO DA CRIPTOCOCOSE EM GATOS

Fármaco

Dose e duração

Comentários

Anfotericina B

0,25mg/kg EDA IV até a dose total de 4–16mg/kg

Tratamento de escolha para casos com envolvimento do sistema nervoso central.

Potencial nefrotóxico — monitorar função renal periodicamente.

Flucitosina

25–50mg/kg VO QID

Sinergismo com anfotericina B, não sendo utilizada como monoterapia.

Cetoconazol

5–20mg/kg ou 50mg/gato VO SID

Não recomendado.

Maior risco de hepatotoxicidade.

Fluconazol

50mg/gato VO BID

Tratamento de escolha sugerido especialmente para pacientes com envolvimento do sistema nervoso central.

Boa absorção sem alimentos.

Hepatotoxicidade — monitorar enzimas hepáticas.

Itraconazol

50–100mg/gato VO SID

Boa absorção sem alimento.

Hepatotoxicidade — monitorar enzimas hepáticas periodicamente.

VO: via oral; SID: uma vez ao dia (em latim, sid in die); EDA: em dias alternados; IV: intravenoso; QID: quatro vezes ao dia (em latim, quarter in die); BID: duas vezes ao dia (em latim, bid in die). // Fonte: Elaborado pelos autores.

A anfotericina B apresenta, além da ação fungicida, também ação pró-inflamatória, estimulando o sistema imune do hospedeiro, mas seu uso deve ser feito com cautela em função da possibilidade de nefrotoxicidade.2,10,34 Sua utilização sozinha ou em associação com a flucitosina é considerada a terapia de escolha para casos de meningoencefalite criptococócica.43

A flucitosina é normalmente associada a outro antifúngico em razão do desenvolvimento de resistência quando empregada isoladamente. Seus efeitos colaterais envolvem reações cutâneas, supressão de medula óssea e distúrbios gastrintestinais. Em pacientes com insuficiência renal, sua ação é acumulativa, e os efeitos adversos são mais frequentemente observados. Sua concentração terapêutica pode ser monitorada a fim de se evitar tais inconvenientes e garantir níveis terapêuticos ótimos.2,34

O cetoconazol é o fármaco com menor custo dentre aqueles disponíveis para o tratamento da enfermidade; porém, o menos recomendado por seus efeitos colaterais frequentes, como hepatotoxicidade, náusea, êmese e anorexia.2,5,7,34,46

As recomendações para tratamento com base em estudos de relatos de casos indicam que o fluconazol e o itraconazol são os fármacos de primeira escolha em casos discretos a moderados, assim como naqueles em que os pacientes apresentem doença renal crônica concomitantemente.5,34

O fluconazol, que, dentre os azóis, é considerado o mais efetivo e com menos efeitos colaterais, apresenta boa penetração no sistema nervoso central, oftálmico e no trato urinário;1,10 porém, a sua resistência já foi relatada em alguns casos isolados.11

O itraconazol possui eficácia similar ou discretamente inferior à do fluconazol para o tratamento de infecções oculares, neurológicas e urinárias, apresentando, como possíveis efeitos adversos, êmese, disorexia, aumento dos níveis séricos das transaminases hepáticas, vasculites e erupções cutâneas.1,2,46

Outros fármacos já foram utilizados e descritos no tratamento da criptococose em animais de companhia, como, por exemplo, o voriconazol e o posoconazol, os quais apresentaram boa penetração no sistema nervoso central, ultrapassando a barreira hematoencefálica; entretanto, possuem alto custo como ponto negativo.2

Prognóstico

O prognóstico da criptococose é variável e depende de uma série de fatores; entretanto, é considerado favorável na maioria dos casos, exceto quando a doença sistêmica acomete o sistema nervoso central,2,5,7,21,42,43 condição em que pacientes apresentam probabilidade de óbito quatro vezes maior do que aqueles sem manifestações neurológicas centrais. Alguns estudos sugerem que a taxa de letalidade oscile em torno de 55 a 70% dos casos, que envolvem pacientes eutanasiados por diversas questões, refratários ao tratamento medicamentoso e com doença clínica grave.44

Alguns animais, principalmente aqueles portadores do vírus da leucemia felina (FeLV), podem apresentar recidivas e até mesmo persistência da infecção, independentemente da sua localização.2

Prevenção e risco zoonótico

Até o momento, vacinas para criptococose não estão disponíveis, e não há evidências de que a doença seja considerada contagiosa para outros animais, inclusive entre gatos, ou zoonótica.5,7 Entretanto, os animais de companhia doentes atuam como sentinelas da enfermidade, uma vez que sinalizam a presença do agente etiológico em determinada região, contribuindo com estudos epidemiológicos e investigações de fontes ambientais para minimizar riscos de infecções humanas e animais.8

ATIVIDADES

6. Com relação ao padrão-ouro para fechar o diagnóstico da criptococose felina, assinale a alternativa correta.

A) Aglutinação de antígeno em látex.

B) Citologia.

C) Cultura fúngica.

D) Reação em cadeia da polimerase.

Confira aqui a resposta

Resposta incorreta. A alternativa correta é a "C".


O diagnóstico de criptococose felina é realizado utilizando-se diversas ferramentas laboratoriais; porém, o padrão-ouro é o cultivo do agente etiológico a partir de tecidos infectados.

Resposta correta.


O diagnóstico de criptococose felina é realizado utilizando-se diversas ferramentas laboratoriais; porém, o padrão-ouro é o cultivo do agente etiológico a partir de tecidos infectados.

A alternativa correta é a "C".


O diagnóstico de criptococose felina é realizado utilizando-se diversas ferramentas laboratoriais; porém, o padrão-ouro é o cultivo do agente etiológico a partir de tecidos infectados.

7. Observe as afirmativas sobre os exames de imagem no diagnóstico da criptococose felina.

I. A tomografia computadorizada e a ressonância magnética são frequentemente utilizadas no processo de diagnóstico de manifestações respiratórias craniais agudas e alterações neurológicas periféricas.

II. Os exames de imagem fornecem informações úteis sobre extensão e gravidade das lesões, bem como auxiliam no planejamento terapêutico e no prognóstico.

III. Rinoscopia e ultrassonografia abdominal podem auxiliar em colheitas mais invasivas.

Qual(is) está(ão) correta(s)?

A) Apenas a I.

B) Apenas a I e a III.

C) Apenas a II.

D) Apenas a II e a III.

Confira aqui a resposta

Resposta incorreta. A alternativa correta é a "D".


A tomografia computadorizada e a ressonância magnética são frequentemente utilizadas no processo de diagnóstico de manifestações respiratórias craniais crônicas e alterações neurológicas centrais.

Resposta correta.


A tomografia computadorizada e a ressonância magnética são frequentemente utilizadas no processo de diagnóstico de manifestações respiratórias craniais crônicas e alterações neurológicas centrais.

A alternativa correta é a "D".


A tomografia computadorizada e a ressonância magnética são frequentemente utilizadas no processo de diagnóstico de manifestações respiratórias craniais crônicas e alterações neurológicas centrais.

8. Quanto ao tratamento farmacológico da criptococose felina, correlacione a primeira e a segunda colunas.

1 Anfotericina B

2 Flucitosina

3 Cetoconazol

4 Fluconazol

5 Itraconazol

Consiste no tratamento de escolha para casos com envolvimento do sistema nervoso central, mas requer monitoração periódica da função renal por seu potencial nefrotóxico.

Apresenta menor custo dentre aqueles disponíveis para o tratamento da enfermidade, mas é o menos recomendado por seus efeitos colaterais frequentes, como hepatotoxicidade, náusea, êmese e anorexia.

Possui eficácia para o tratamento de infecções oculares, neurológicas e urinárias, mas requer monitoração periódica das enzimas hepáticas em razão de hepatotoxicidade.

É normalmente associado(a) a outro antifúngico em razão do desenvolvimento de resistência quando empregado(a) isoladamente.

Consiste no tratamento de escolha sugerido especialmente para pacientes com envolvimento do sistema nervoso central, mas requer monitoração periódica das enzimas hepáticas em razão de hepatotoxicidade.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.

A) 1 — 3 — 5 — 2 — 4

B) 2 — 5 — 4 — 3 — 1

C) 4 — 1 — 3 — 4 — 2

D) 3 — 4 — 2 — 1 — 5

Confira aqui a resposta

Resposta incorreta. A alternativa correta é a "A".


A escolha do antifúngico apropriado depende de diversos fatores, como presença de comorbidades, local e tipo de afecção e custo do medicamento.

Resposta correta.


A escolha do antifúngico apropriado depende de diversos fatores, como presença de comorbidades, local e tipo de afecção e custo do medicamento.

A alternativa correta é a "A".


A escolha do antifúngico apropriado depende de diversos fatores, como presença de comorbidades, local e tipo de afecção e custo do medicamento.

9. Quanto aos fármacos de escolha para o tratamento da criptococose felina em pacientes com doença renal crônica, assinale a alternativa correta.

A) Anfotericina B e flucitosina.

B) Fluconazol e anfotericina B.

C) Fluconazol e itraconazol.

D) Itraconazol e flucitosina.

Confira aqui a resposta

Resposta incorreta. A alternativa correta é a "C".


O fluconazol e o itraconazol são os fármacos de primeira escolha em casos discretos a moderados de criptococose, assim como naqueles em que os pacientes apresentem doença renal crônica concomitantemente.

Resposta correta.


O fluconazol e o itraconazol são os fármacos de primeira escolha em casos discretos a moderados de criptococose, assim como naqueles em que os pacientes apresentem doença renal crônica concomitantemente.

A alternativa correta é a "C".


O fluconazol e o itraconazol são os fármacos de primeira escolha em casos discretos a moderados de criptococose, assim como naqueles em que os pacientes apresentem doença renal crônica concomitantemente.

10. Com relação ao prognóstico, à prevenção e ao risco zoonótico da criptococose felina, marque V (verdadeiro) ou F (falso).

O prognóstico da criptococose é variável e depende de uma série de fatores; entretanto, é considerado favorável na maioria dos casos, exceto quando a doença sistêmica acomete o sistema nervoso central.

Alguns animais, principalmente aqueles portadores do FeLV, podem apresentar recidivas e até mesmo persistência da infecção.

Como método preventivo, recomenda-se a imunização por meio de vacinas atenuadas.

A doença não possui caráter zoonótico.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.

A) V — V — F — V

B) V — F — V — V

C) F — F — V — F

D) F — V — F — F

Confira aqui a resposta

Resposta incorreta. A alternativa correta é a "A".


Até o momento, não existem vacinas para a criptococose.

Resposta correta.


Até o momento, não existem vacinas para a criptococose.

A alternativa correta é a "A".


Até o momento, não existem vacinas para a criptococose.

Um paciente felino adulto, macho, sem raça definida, não castrado, domiciliado em um sítio, deu entrada em um hospital-escola com histórico de dificuldade respiratória, dispneia inspiratória, nódulo ulcerado com fístula e deformidade na região dorsonasal, apresentando secreção nasal bilateral piossanguinolenta há cerca de 15 dias, além de perda de peso gradativa e inapetência, com momentos de disorexia oscilando para anorexia.

Ao exame físico, o paciente estava em estado geral bom, ativo e alerta, hidratado, pesando 3,7kg, com escore de condição corporal 5/9; porém, apresentava:

  • evidente perda de massa corporal;
  • frequência cardíaca em 188bpm;
  • frequência respiratória em 28irpm, com estertor nasal;
  • momentos de esternutação;
  • secreção piossanguinolenta nasal bilateral;
  • secreção ocular serosa bilateral;
  • mucosa normocorada;
  • tempo de preenchimento capilar em 2 segundos;
  • linfonodos submandibulares reativos;
  • normotermia (38,5ºC);
  • palpação abdominal sem alterações;
  • aumento de volume em plano nasal com lesões nódulos-tumorais e alopécicas, com trajetos fistulantes;
  • deformidade facial com assimetria do lado direito.

ATIVIDADES

11. Com suspeita diagnóstica de criptococose felina, qual seria a conduta indicada para a realização do diagnóstico?

Confira aqui a resposta

Primeiramente, há necessidade de conhecer o estado geral do paciente, colhendo sangue para hemograma e exame bioquímico geral, principalmente porque o tratamento com antifúngicos ou fármacos nefrotóxicos, como a anfotericina B, ou fármacos hepatotóxicos, como o fluconazol ou o itraconazol, pode ser realizado. Depois, o diagnóstico de criptococose felina é realizado utilizando-se diversas ferramentas laboratoriais; porém, o padrão-ouro é o cultivo do agente etiológico a partir de tecidos infectados, aspirados, exsudatos, urina e liquor, estabelecendo, além do diagnóstico definitivo, também a espécie do agente causador da doença. Entretanto, pode-se lançar mão de técnicas como citologia, exame histopatológico de biópsias, teste de aglutinação do antígeno em látex e reação em cadeia da polimerase.

Resposta correta.


Primeiramente, há necessidade de conhecer o estado geral do paciente, colhendo sangue para hemograma e exame bioquímico geral, principalmente porque o tratamento com antifúngicos ou fármacos nefrotóxicos, como a anfotericina B, ou fármacos hepatotóxicos, como o fluconazol ou o itraconazol, pode ser realizado. Depois, o diagnóstico de criptococose felina é realizado utilizando-se diversas ferramentas laboratoriais; porém, o padrão-ouro é o cultivo do agente etiológico a partir de tecidos infectados, aspirados, exsudatos, urina e liquor, estabelecendo, além do diagnóstico definitivo, também a espécie do agente causador da doença. Entretanto, pode-se lançar mão de técnicas como citologia, exame histopatológico de biópsias, teste de aglutinação do antígeno em látex e reação em cadeia da polimerase.

Primeiramente, há necessidade de conhecer o estado geral do paciente, colhendo sangue para hemograma e exame bioquímico geral, principalmente porque o tratamento com antifúngicos ou fármacos nefrotóxicos, como a anfotericina B, ou fármacos hepatotóxicos, como o fluconazol ou o itraconazol, pode ser realizado. Depois, o diagnóstico de criptococose felina é realizado utilizando-se diversas ferramentas laboratoriais; porém, o padrão-ouro é o cultivo do agente etiológico a partir de tecidos infectados, aspirados, exsudatos, urina e liquor, estabelecendo, além do diagnóstico definitivo, também a espécie do agente causador da doença. Entretanto, pode-se lançar mão de técnicas como citologia, exame histopatológico de biópsias, teste de aglutinação do antígeno em látex e reação em cadeia da polimerase.

12. Confirmado o diagnóstico, qual seria o planejamento terapêutico indicado?

Confira aqui a resposta

Após direcionar o material para o diagnóstico de criptococose, deve-se dar início ao tratamento, começando com o de suporte e sintomático. A excisão cirúrgica de granulomas fúngicos localizados na pele e na mucosa nasal ou oral deve ser considerada como uma ajuda valiosa em gatos sob terapia médica sistêmica. Diversos agentes antifúngicos sistêmicos podem ser empregados no tratamento da enfermidade do paciente, tais como anfotericina B, cetoconazol, fluconazol e itraconazol, dependendo dos resultados dos exames bioquímicos citados na questão anterior.

Resposta correta.


Após direcionar o material para o diagnóstico de criptococose, deve-se dar início ao tratamento, começando com o de suporte e sintomático. A excisão cirúrgica de granulomas fúngicos localizados na pele e na mucosa nasal ou oral deve ser considerada como uma ajuda valiosa em gatos sob terapia médica sistêmica. Diversos agentes antifúngicos sistêmicos podem ser empregados no tratamento da enfermidade do paciente, tais como anfotericina B, cetoconazol, fluconazol e itraconazol, dependendo dos resultados dos exames bioquímicos citados na questão anterior.

Após direcionar o material para o diagnóstico de criptococose, deve-se dar início ao tratamento, começando com o de suporte e sintomático. A excisão cirúrgica de granulomas fúngicos localizados na pele e na mucosa nasal ou oral deve ser considerada como uma ajuda valiosa em gatos sob terapia médica sistêmica. Diversos agentes antifúngicos sistêmicos podem ser empregados no tratamento da enfermidade do paciente, tais como anfotericina B, cetoconazol, fluconazol e itraconazol, dependendo dos resultados dos exames bioquímicos citados na questão anterior.

13. O que deve ser dito ao tutor em relação ao prognóstico da doença?

Confira aqui a resposta

Deve-se alertar o tutor do gato de que o prognóstico da criptococose é variável e depende de uma série de fatores; entretanto, é considerado favorável na maioria dos casos, exceto quando a doença sistêmica acomete o sistema nervoso central. Além disso, não há evidências de que a doença seja considerada contagiosa para outros animais, inclusive entre gatos, ou zoonótica. Os pacientes doentes atuam como sentinelas, contribuindo com estudos epidemiológicos e investigações de fontes ambientais para minimizar riscos de infecções humanas e animais.

Resposta correta.


Deve-se alertar o tutor do gato de que o prognóstico da criptococose é variável e depende de uma série de fatores; entretanto, é considerado favorável na maioria dos casos, exceto quando a doença sistêmica acomete o sistema nervoso central. Além disso, não há evidências de que a doença seja considerada contagiosa para outros animais, inclusive entre gatos, ou zoonótica. Os pacientes doentes atuam como sentinelas, contribuindo com estudos epidemiológicos e investigações de fontes ambientais para minimizar riscos de infecções humanas e animais.

Deve-se alertar o tutor do gato de que o prognóstico da criptococose é variável e depende de uma série de fatores; entretanto, é considerado favorável na maioria dos casos, exceto quando a doença sistêmica acomete o sistema nervoso central. Além disso, não há evidências de que a doença seja considerada contagiosa para outros animais, inclusive entre gatos, ou zoonótica. Os pacientes doentes atuam como sentinelas, contribuindo com estudos epidemiológicos e investigações de fontes ambientais para minimizar riscos de infecções humanas e animais.

Conclusão

Conclui-se, com o presente capítulo, que a criptococose felina é uma doença fúngica comum na prática clínica da medicina felina e exige atenção especial ao seu diagnóstico precoce, uma vez que suas manifestações clínicas de doença respiratória cranial são comuns a diversas outras doenças rotineiras pertencentes ao complexo respiratório felino, por exemplo. Assim, o início do tratamento adequado e a adesão do responsável pelo gato são fundamentais para a busca de um prognóstico favorável. A doença não possui caráter zoonótico.

Atividades: Respostas

Atividade 1 // Resposta: B

Comentário: O fungo da criptococose pode ser encontrado no solo, em excretas de aves e, em regiões de climas tropicais e subtropicais, troncos de madeira e matéria orgânica em decomposição, entre outros materiais.

Atividade 2 // Resposta: C

Comentário: O estilo de vida não parece ser um fator de risco para criptococose, uma vez que a doença foi relatada em gatos que vivem exclusivamente em ambientes internos.

Atividade 3 // Resposta: B

Comentário: O fator de risco para a infecção por criptococose em animais de companhia é a proximidade com lugares com matéria orgânica abundante, como plantas, solos, hidrovias, madeireiras, jardins botânicos e fezes de aves, principalmente de pombos.

Atividade 4 // Resposta: D

Comentário: Gatos com perda de olfato perdem o interesse pelo alimento, o que os leva a anorexia e perda de peso, assim como demais consequências secundárias, como, por exemplo, lipidose hepática.

Atividade 5 // Resposta: D

Comentário: Uveíte, coriorretinite granulomatosa, deslocamento e hemorragia de retina são sinais que podem estar associados a formas sistêmicas de criptococose.

Atividade 6 // Resposta: C

Comentário: O diagnóstico de criptococose felina é realizado utilizando-se diversas ferramentas laboratoriais; porém, o padrão-ouro é o cultivo do agente etiológico a partir de tecidos infectados.

Atividade 7 // Resposta: D

Comentário: A tomografia computadorizada e a ressonância magnética são frequentemente utilizadas no processo de diagnóstico de manifestações respiratórias craniais crônicas e alterações neurológicas centrais.

Atividade 8 // Resposta: A

Comentário: A escolha do antifúngico apropriado depende de diversos fatores, como presença de comorbidades, local e tipo de afecção e custo do medicamento.

Atividade 9 // Resposta: C

Comentário: O fluconazol e o itraconazol são os fármacos de primeira escolha em casos discretos a moderados de criptococose, assim como naqueles em que os pacientes apresentem doença renal crônica concomitantemente.

Atividade 10 // Resposta: A

Comentário: Até o momento, não existem vacinas para a criptococose.

Atividade 11

RESPOSTA: Primeiramente, há necessidade de conhecer o estado geral do paciente, colhendo sangue para hemograma e exame bioquímico geral, principalmente porque o tratamento com antifúngicos ou fármacos nefrotóxicos, como a anfotericina B, ou fármacos hepatotóxicos, como o fluconazol ou o itraconazol, pode ser realizado. Depois, o diagnóstico de criptococose felina é realizado utilizando-se diversas ferramentas laboratoriais; porém, o padrão-ouro é o cultivo do agente etiológico a partir de tecidos infectados, aspirados, exsudatos, urina e liquor, estabelecendo, além do diagnóstico definitivo, também a espécie do agente causador da doença. Entretanto, pode-se lançar mão de técnicas como citologia, exame histopatológico de biópsias, teste de aglutinação do antígeno em látex e reação em cadeia da polimerase.

Atividade 12

RESPOSTA: Após direcionar o material para o diagnóstico de criptococose, deve-se dar início ao tratamento, começando com o de suporte e sintomático. A excisão cirúrgica de granulomas fúngicos localizados na pele e na mucosa nasal ou oral deve ser considerada como uma ajuda valiosa em gatos sob terapia médica sistêmica. Diversos agentes antifúngicos sistêmicos podem ser empregados no tratamento da enfermidade do paciente, tais como anfotericina B, cetoconazol, fluconazol e itraconazol, dependendo dos resultados dos exames bioquímicos citados na questão anterior.

Atividade 13

RESPOSTA: Deve-se alertar o tutor do gato de que o prognóstico da criptococose é variável e depende de uma série de fatores; entretanto, é considerado favorável na maioria dos casos, exceto quando a doença sistêmica acomete o sistema nervoso central. Além disso, não há evidências de que a doença seja considerada contagiosa para outros animais, inclusive entre gatos, ou zoonótica. Os pacientes doentes atuam como sentinelas, contribuindo com estudos epidemiológicos e investigações de fontes ambientais para minimizar riscos de infecções humanas e animais.

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Titulação dos autores

RODRIGO FILIPPI PRAZERES // Graduado em Medicina Veterinária pela Universidade Paulista (Unip). Especialista em Clínica Médica de Pequenos Animais pelo Instituto Qualittas\Universidade Castelo Branco (UCB). Especialista em Clínica Médica e Cirúrgica de Animais Selvagens e Exóticos pelo Instituto Qualittas\UCB. Especialista em Medicina Felina pelo Centro de Diagnóstico por Imagem (Cetac)/Unip. Mestre em Ciências pelo Departamento de Cirurgia do Programa de Anatomia dos Animais Domésticos e Silvestres da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (USP). Médico veterinário coordenador e membro da equipe do setor clínico do Hospital 4cats, São Paulo/SP.

DANDARA DE CARVALHO // Graduada em Medicina Veterinária pela Universidade Anhembi Morumbi. Especialista em Medicina Felina pelo Equalis/Faculdade de Tecnologia de Curitiba com aperfeiçoamento em Gestão Clínica, Cirúrgica e Comportamental de Felinos pela TreeVet. Médica veterinária responsável pelo Setor de Medicina Felina do Hospital Veterinário Santa Inês e pelo atendimento clínico especializado ao paciente felino na rede Pet Care e no Hospital 4cats.

Como citar a versão impressa deste documento

Prazeres RF, Carvalho D. Criptococose em gatos. In: Associação Nacional de Clínicos Veterinários de Pequenos Animais; Roza MR, Oliveira ALA, organizadores. PROMEVET Pequenos Animais: Programa de Atualização em Medicina Veterinária: Ciclo 8. Porto Alegre: Artmed Panamericana; 2023. p. 9–31. (Sistema de Educação Continuada a Distância; v. 4). https://doi.org/10.5935/978-65-5848-965-8.C0001

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