- Introdução
O envelhecimento humano é um processo complexo e vivenciado de forma heterogênea e multifatorial, variável tanto entre os indivíduos da mesma idade quanto entre os órgãos de um mesmo indivíduo. Esse processo de envelhecimento pode ser malsucedido, normativo ou bem-sucedido, visto que é influenciado por determinantes transversais, como a cultura e o gênero, além de determinantes econômicos, sociais, ambientais e comportamentais, incluindo os hábitos de vida adquiridos e desenvolvidos durante toda a vida.1
As alterações fisiológicas decorrentes do processo de envelhecimento são sutis na vida adulta, frequentemente inaptas a gerar incapacidades, mas, com o passar dos anos, podem exacerbar limitações funcionais significativas e comprometer a autonomia e a independência dos idosos.2 A manutenção da independência e da autonomia deve ser valorizada e promovida, por meio de intervenções direcionadas aos fatores de risco para o comprometimento funcional.
Para tanto, na prática clínica, os profissionais de enfermagem precisam reconhecer e gerenciar os fatores de risco à saúde dos idosos que resultam em desfechos negativos, como tornar-se dependente para as atividades instrumentais e avançadas da vida diária. Entre esses fatores, destaca-se a síndrome da fragilidade física como importante preditor de agravos à saúde de idosos.3
- Objetivos
Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de
- inferir o conceito e a fisiopatologia da síndrome da fragilidade física;
- identificar as implicações da condição frágil e pré-frágil na saúde do idoso;
- distinguir o método de avaliação dos marcadores de fragilidade física e de classificação da condição frágil, pré-frágil e não frágil;
- descrever a implementação de cuidados gerontológicos de enfermagem para os idosos, de acordo com a condição de fragilidade física.
- Esquema conceitual