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DESCRIÇÃO DOS MEDICAMENTOS INDICADOS NO PROTERAPÊUTICA VOLUME 2 — CICLO 8

Autor: Elvino José Guardão Barros
epub-BR-PROTERAPEUTICA-C8V2_Suplemento

SUPLEMENTO

SUPLEMENTO: DESCRIÇÃO DOS MEDICAMENTOS INDICADOS NO PROTERAPÊUTICA VOLUME 2 — CICLO 8

Este Suplemento contém as principais informações a respeito dos medicamentos abordados no Volume 2 do Ciclo 8 do PROTERAPÊUTICA.

Para saber mais

 

O conteúdo deste Suplemento foi extraído do livro Medicamentos de A a Z — 2016/2018, de Elvino Barros. Para maiores informações sobre os medicamentos aqui listados (como efeitos adversos, comentários, etc.) e outros, consultar a obra completa:

 

Barros E. Medicamentos de A a Z — 2016-2018. Porto Alegre: Artmed; 2016.

 

SIGLAS UTILIZADAS NAS DESCRIÇÕES DOS MEDICAMENTOS DESTE SUPLEMENTO

ACTP

Angioplastia coronariana transluminal percutânea

amp

Ampola

AV

Atrioventricular

AVE

Acidente vascular encefálico

cpr

Comprimido(s)

cps

Cápsula(s)

DM

Diabete melito

DPOC

Doença pulmonar obstrutiva crônica

drg

Drágea(s)

fr

Frasco(s)

fr-amp

Frasco-ampola(s)

HAS

Hipertensão arterial sistêmica

IAM

Infarto agudo do miocárdio

ICC

Insuficiência cardíaca congestiva

IH

Insuficiência hepática

IM

Intramuscular

IMAO

Inibidor da monoaminaoxidase

IR

Insuficiência renal

ITU

Infecção do trato urinário

IV

Intravenoso

SF

Soro fisiológico

SG

Soro glicosado

SNC

Sistema nervoso central

TEP

Tromboembolismo pulmonar

TTPa

Tempo de tromboplastina parcial ativado

TVP

Trombose venosa profunda

VO

Via oral

 

 

Alprazolam

Grupo farmacológico. Benzodiazepínico; modula a atividade dos receptores GABA-A; ansiolítico.

Apresentações. Cpr de 0,25, 0,5, 1 e 2mg; cpr de liberação lenta de 0,5, 1 e 2mg.

Usos. Transtorno de ansiedade generalizada, transtorno de pânico com ou sem agorafobia, ansiedade aguda situacional como no pré-operatório.

Contraindicações. Glaucoma de ângulo fechado, gestação (categoria de risco D).

Posologia.

  • Adultos: iniciar com 0,25-0,5mg/dia. Aumentar, a cada 3 dias, 0,5mg, conforme a necessidade. A dose usual no transtorno de pânico é de 4-6mg/dia; na ansiedade, 0,75-1,5mg/dia. Em idosos ou pacientes com outras condições debilitantes, iniciar com 0,25mg/dia. Administrar a dose diária em 3 tomadas. A descontinuação do tratamento deve ser gradual (até 0,5mg, a cada 3 dias). Os cpr de liberação lenta podem ser administrados 1x/dia. Ansiedade no pré-operatório: 0,5mg 60-90 min antes da cirurgia.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar com ou sem alimentos. Os cpr de liberação lenta devem ser ingeridos pela manhã, sem ser mastigados ou partidos.
  • Via sonda: pode-se preparar uma susp oral a partir dos cpr de alprazolam para administração via sonda ou dispersar os cpr de liberação imediata em água (descartar porção não utilizada). No momento da administração: pausar a dieta enteral, irrigar a sonda com 10-30mL de água, administrar o medicamento e, ao término, irrigar novamente a sonda com água. Se o paciente receber mais de um medicamento, administrar um de cada vez, sempre irrigando a sonda com água (5-10mL) entre as administrações.

Interações medicamentosas.

  • Álcool: aumenta o efeito sedativo.
  • Cafeína: diminui os efeitos sedativos e ansiolíticos do alprazolam.
  • Fluconazol, aprepitanto, cimetidina, claritromicina, nifedipina, dasatinibe, isoniazida, anticoncepcionais orais, omeprazol, itraconazol, ritonavir, fluoxetina, sertralina: aumentam as concentrações séricas do alprazolam.
  • Carbamazepina e teofilina: reduzem as concentrações séricas do alprazolam.
  • Imipramina, desipramina: ocorre aumento nos efeitos desses medicamentos.

Lactação. Não recomendado.

 

Amoxicilina

Grupo farmacológico. Penicilina. Antimicrobiano.

Apresentações. Susp oral com 200 ou 400mg/5mL de 100mL, com 250mg/5mL de 60 ou 150mL, com 500mg/5mL de 150mL e com 125mg/5mL de 45, 80 ou 150mL; cpr de 500, 875 e 1.000mg; cps de 500mg; cpr revestidos de 875mg; pó para susp oral com 250mg/5mL (fr de 150mL) e com 50mg/mL (fr de 60 ou 150mL).

Usos. Rinossinusite, otite média aguda, infecção urinária, infecções respiratórias, faringite bacteriana, febre tifoide e profilaxia da endocardite bacteriana.

Contraindicação. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Adultos: 250-500mg, a cada 8 h, ou 500-875mg, a cada 12 h (máx.: 3.0 mg/dia).

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrada com ou sem alimentos. A susp oral pode ser misturada em leite, sucos, pudins e água para uso imediato.
  • Via sonda: os cpr podem ser dispersos em água para uso imediato. Recomenda-se que, via sonda, a susp oral seja administrada, rediluindo-se em volume adequado de água. No momento da administração: pausar a dieta enteral, irrigar a sonda com 10-30mL de água, administrar o medicamento e, ao término, irrigar novamente a sonda com água. Se o paciente receber mais de um medicamento, administrar um de cada vez, sempre irrigando a sonda com água (5-10mL) entre as administrações.

Interações medicamentosas.

  • Alopurinol: pode desencadear rash cutâneo.
  • Aminoglicosídeos: podem apresentar perda de eficácia se forem administrados concomitantemente à amoxicilina.
  • Probenecida: pode aumentar as concentrações plasmáticas da amoxicilina.
  • Venlafaxina: pode desencadear síndrome serotoninérgica (p. ex., tremores, rigidez muscular, taquicardia).
  • Varfarina: pode resultar em aumento do efeito anticoagulante.

Lactação. Compatível.

 

Amoxicilina + Ácido clavulânico

Grupo farmacológico. Penicilina + inibidor de β-lactamase. Antimicrobiano.

Apresentações. Amoxicilina + ácido clavulânico: susp oral com 125mg + 31,25mg de/5mL (fr de 75 e 100mL), com 200mg + 28,5mg/5mL (fr de 70mL), com 250mg + 62,5mg/5mL (fr de 75 e 100mL), com 400mg + 57mg/5mL (fr de 70 e 100mL), com 600mg + 42,9mg/5mL (fr de 50 e 100mL [uso para peumococos resistentes à penicilina espectro estendido [ES]); cpr de 500mg + 125mg, cpr de 875mg + 125mg; amp de 500mg + A 100mg ou 1g + 200mg.

Usos. Infecções respiratórias, otite, amigdalite e celulite. Opção para o tratamento de infecção de tecidos moles com envolvimento de flora mista e infecções intra-abdominais (associadas a aminoglicosídeos).

Contraindicações. História de icterícia colestática ou disfunção hepatocelular com o medicamento.

Posologia.

  • Adultos: Oral: 250-500mg, de 8/8 h, ou 875mg, a cada 12 h. Injetável: em infecções graves, usar 1g, de 8/8 ou de 6/6 h. No caso de suspeita de pneumococos resistentes à penicilina, utilizar a formulação ES na dose de 90mg/kg/dia da amoxicilina, a cada 12 h.

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrado com ou sem alimentos, mas a presença de alimentos favorece a absorção do fármaco.
  • Via sonda: a susp oral é a forma farmacêutica recomendada para a administração via sonda. Recomenda-se rediluir o medicamento em volume adequado de água para diminuir a viscosidade da solução. No momento da administração: pausar a dieta enteral, irrigar a sonda com 10-30mL de água, administrar o medicamento e, ao término, irrigar novamente a sonda com água. Se o paciente receber mais de um medicamento, administrar um de cada vez, sempre irrigando a sonda com água (5-10mL) entre as administrações.
  • Via intravenosa: pode-se administrar em bolo direto, sem diluição prévia em soro, lento (3-4min). Para infusão, deve-se diluir o medicamento em SF 0,9%, na concentração de 10mg/mL, e administrar em 30min.
  • Via intramuscular: não.

Interações medicamentosas.

  • Varfarina: pode aumentar os efeitos anticoagulantes.
  • Alopurinol: pode desencadear rash cutâneo.
  • Aminoglicosídeos: podem apresentar perda de eficácia se forem administrados concomitantemente com amoxicilina/ácido clavulânico.
  • Metotrexato: pode desencadear quadros de toxicidade do metotrexato.
  • Probenecida: pode aumentar as concentrações plasmáticas da amoxicilina.
  • Venlafaxina: pode desencadear síndrome serotoninérgica.
  • Anticoncepcionais orais: pode ocorrer redução no efeito contraceptivo.

Lactação. Usar com precaução.

 

Budesonida

Grupo farmacológico. Corticoide.

Apresentação. Cápsulas de liberação prolongada de 3mg (para ingestão). Corticoide inalatório: formoterol + budesonida 6/100, 6/200 e 12/400µg; formoterol + budesonida 12/200 e 12/400µg; formoterol + budesonida 6/100, 6/200 e 12/400µg; cápsulas de 100, 200 e 400µg; suspensão nasal com 50µg/dose (120 doses), suspensão nasal com 32, 50, 64 e 100µg/dose; cápsulas de 100, 200 e 400µg. Corticoide nasal: frasco de spray com 32 ou 64µg/dose (120 doses), frasco-spray com 50 ou 100µg/dose (200 doses).

Usos. Doença de Crohn leve a moderada envolvendo o íleo ou o colo ascendente. Tratamento de manutenção da asma e da DPOC; rinite.

Contraindicações. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Adultos: Doença de Crohn ativa: 9mg, 1x/dia até 8 semanas; tratar recorrência com novo curso de 8 semanas. Após tratamento da fase ativa, manter com 6mg/dia, 1x/dia por até 3 meses. Asma: Dose baixa: 200-400µg; dose média: 400-800µg; dose elevada: > 800µg. Rinite: iniciar com 2 jatos de 64µg em cada narina, 1x/dia ou 4 jatos de 32µg em cada narina, 1x/dia.

Modo de administração.

  • Via inalatória: o spray oral deve ser agitado antes do uso e deve-se dar pausa inspiratória entre os jatos; aplicar o spray nasal direto na narina. As cápsulas para inalação devem ser utilizadas com o inalador (não devem ser deglutidas).
  • Via oral: somente para tratamento da doença de Crohn: a administração das cápsulas com alimentos muito gordurosos altera a velocidade de absorção, mas não altera a extensão total. As cápsulas, com grânulos de liberação entérica, não devem ser mastigadas, devem ser ingeridas inteiras, com água.
  • Via sonda: não é recomendada a utilização via sonda.

Interações medicamentosas.

  • Anfotericina B, diuréticos: podem ter seus efeitos potencializados.
  • Fluconazol, dasatinibe, ritonavir, cetoconazol, itraconazol, cimetidina, claritromicina, eritromicina, ritonavir, indinavir, saquinavir: poderão aumentar os níveis séricos da budesonida.
  • Hidróxido de alumínio, hidróxido de magnésio: poderão reduzir os efeitos da budesonida.

Lactação. Usar com precaução.

 

Carbamazepina

Grupo farmacológico. Antiepiléptico; inativação dos canais de Na+ voltagem-dependentes.

Apresentações. Comprimidos de 200 e 400mg. Comprimidos revestidos de liberação controlada de 200 e 400mg. Suspensão oral 20mg/mL em 100mL; cps de 200 e 400mg.

Usos. Crises parciais (simples e complexas e secundariamente generalizadas), crises generalizadas primárias tônico-clônicas, mania aguda, neuralgia do trigêmio e do glossofaríngeo. Carbamazepina não é eficaz em crises de ausências, crises mioclônicas e crise convulsiva febril.

Contraindicações. Supressão de medula óssea, bloqueio átrio-ventricular, porfiria aguda intermitente, doença hepática significativa, gestação (categoria de risco D). A carbamazepina não deve ser utilizada com inibidores da MAO.

Posologia.

  • Adultos: iniciar com 100mg a 200mg, 1 ou 2x/dia; aumentar 200mg/dia em intervalos semanais até os níveis terapêuticos serem atingidos; a dose usual é de 400-1.200mg/dia, dividida em 2-4 doses. Em alguns pacientes, dependendo da tolerabilidade, doses de até 2.400mg/dia podem ser adequadas. Idosos: iniciar com 100mg/1-2x/dia; aumentar 100mg/dia em intervalos semanais até os níveis terapêuticos serem atingidos.

Modo de administração.

  • Via oral: ingerir o comprimido sem mastigar ou a solução oral, durante ou logo após as refeições, com muito líquido. A presença de alimentos ajuda a diminuir os sintomas gastrintestinais.
  • Via sonda: os comprimidos de liberação imediata dispersam-se facilmente em água (uso imediato). Preferencialmente, administrar a suspensão oral por essa via. Recomenda-se diluir a suspensão oral em volume adequado de água para diminuir a viscosidade e a aderência ao material da sonda; também deve-se promover adequada irrigação do tubo antes e após a administração do medicamento a fim de evitar perdas do fármaco. Administrar separadamente da dieta enteral.

Interações medicamentosas.

  • Darunavir, nilotinibe, voriconazol: deve-se evitar o uso concomitante.
  • Clomipramina, antidepressivos, desmopressina, lítio, fenitoína: poderão ter seus níveis séricos aumentados, podendo desencadear quadro de toxicidade.
  • Alopurinol, fluconazol, cimetidina, dasatinibe, isoniazida, lamotrigina, sertralina: poderão aumentar os níveis séricos da carbamzepina, devendo-se monitorar esses valores.
  • Ácido valproico: pode interferir nos níveis séricos da carbamazepina, reduzindo-os.
  • Paracetamol, caspofungina, clozapina, ciclosporina, darunavir, doxorrubicina, haloperidol, lamotrigina, mebendazol, metadona, nilotinibe, anticoncepcionais orais, fenitoína, risperidona, sertralina, fluoxetina, topiramato, nortriptilina, ziprazidona, ácido valproico: a carbamazepina reduz os níveis séricos desses medicamentos.

Lactação. Não recomendado.

 

Ceftriaxona

Grupo farmacológico. Antimicrobiano, cefalosporina de 3ª geração.

Apresentações. Frasco-ampola para uso IM (250, 500 ou 1.000mg) ou IV (0,5 ou 1g).

Usos. Meningites, infecções intra-abdominais e ginecológicas (deve ser usada em associação a anaerobicidas), bacteremias, gonorreia e sífilis. Usada preferencialmente em meningite e na profilaxia da doença meningocócica em gestantes. Altamente indutora de resistência, por isso o seu uso em infecções respiratórias e infecções urinárias deve ser evitado.

Contraindicações. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Adultos:1-2g, IV ou IM, a cada 12-24 h; dose máxima de 4g/dia.

Modo de administração.

  • Via endovenosa: Bolo: dilui-se a dose na concentração máxima de 40mg/mL e administra-se em 2 a 4 min. Infusão: a dose diluída em 50 a 100mL de SG 5% ou SF 0,9% deve ser administrada de 15 a 30 min (concentração máxima entre 10 a 40mg/mL).
  • Via intramuscular: Sim, administrar profundamente no glúteo. Deve ser diluído na concentração máxima de 250mg/mL, podendo ser utilizado lidocaína 1% como diluente.

Interações medicamentosas.

  • Ringer lactato, gluconato de cálcio e outras soluções contendo cálcio: pode ocorrer formação de precipitados na solução.
  • Ciclosporina: poderá ocorrer aumento da toxicidade da ciclosporina (parestesia, disfunção renal).

Lactação. Usar com precaução. Medicamento considerado seguro pela Academia Americana de Pediatria.

 

Dexametasona

Grupo farmacológico. Corticoide sistêmico.

Apresentações. Comprimidos de 0,5; 0,75 e 4mg; elixir com 0,1mg/mL em 100 e 120mL; creme com 0,1% em bisnaga de 10g; ampola com 2mg em 1mL; ampola com 10mg em 2,5mL. Associado com timina, piridoxina e/ou cianocobalamina: 1 ampola de 2mL + 1 ampola de 1mL.

Usos. Doenças inflamatórias crônicas, alérgicas, hematológicas, dermatológicas, autoimunes, neoplasia, edema cerebral, choque séptico, antiemético na quimioterapia, teste diagnóstico (overnight) para síndrome de Cushing, reposição na insuficiência adrenal (requer associação com mineralocorticoide).

Contraindicações. Infecções fúngicas sistêmicas, malária cerebral.

Posologia.

  • Adultos: para administração oral, utiliza-se, usualmente, 0,5 a 10mg/dia, divididos em 2-4 administrações. Para uso IV (fosfato), a dose varia de 0,5 a 24mg/dia. A dose da forma acetato é de 8-16mg a cada 1-3 semanas. Para o choque séptico, é recomendada a administração IV lenta de fosfato de dexametasona, 2 a 6mg; pode ser repetida a dose após 2-6 h, se necessário. No edema cerebral associado com tumor cerebral, fosfato de dexametasona, IV, 10mg, seguidos de 4mg, IV, a cada 6 h. Antiemético, 10-20mg, IV ou VO, 30min antes da quimioterapia e 4-8mg a cada 12 h por 2 dias. Reposição fisiológica: 0,03-0,15mg/kg/dia ou 0,6-0,75mg/m2/ dia para adultos e crianças.

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrado com ou sem a presença de alimentos ou leite. A presença de alimentos minimiza os efeitos gastrintestinais.
  • Via sonda: administrar o elixir via sonda. O comprimido pode ser triturado e misturado em volume adequado de água para administração (uso imediato). Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via endovenosa: bolo: direto sem diluir em soro (dose menor que 10mg) e administrar lentamente (5-10min). IV/intermitente: diluir a dose em 50-100mL de SG 5% ou SF 0,9% e administrar em 15-30min.
  • Via intramuscular: sim.
  • Via subcutânea: não recomendado.
  • Via tópica: aplicar fina camada na região afetada.

Interações medicamentosas.

  • Anfotericina B, ciclosporina, natalizumab, talidomida, diuréticos, varfarina, ibuprofeno, tenoxicam: poderá ocorrer aumento nos níveis séricos desses medicamentos, aumentando seus efeitos.
  • Fluconazol, voriconazol, nifedipino, dasatinibe, eritromicina, ciprofloxacino, trastuzumab, ácido salicílico: poderá ocorrer aumento nos níveis séricos da dexametasona, aumentando seus efeitos.
  • Calcitriol, glibenclamida, insulina, caspofungina, isoniazida, nilotinibe, ácido salicílico, vacinas: o uso concomitante com dexametasona poderá diminuir os efeitos desses medicamentos.
  • Hidróxido de alumínio, hidróxido de magnésio, deferasirox, primidona, rifampicina: o uso concomitante com esses medicamentos poderá diminuir os efeitos da dexametasona.

Lactação. Usar com precaução.

 

Dipirona (Metamizol)

Grupo farmacológico. Analgésico, antipirético, antiespasmódico; pouca atividade anti-inflamatória. Derivado da pirazolona (metamizol). Mecanismo de ação pouco conhecido, parece haver ação periférica e central.

Apresentações. Solução oral (gotas) com 500mg/mL em 10 e 20mL; ampola com 500mg/mL em 2 ou 5mL; ampola com 100mg/mL em 5mL; comprimido de 500mg; solução oral com 50mg/mL em 100mL; supositório infantil com 300mg; supositório adulto com 1.000mg.

Usos. Tratamento da dor aguda e crônica (de intensidade leve a moderada) e da febre.

Contraindicações. Deficiência de G6PD, porfiria, discrasias sanguíneas.

Posologia.

  • Adultos: VO: 500-1.000mg, a cada 6 horas. Doses menores que 1g tem efeito antipirético; doses entre 1,5-2g tem efeito analgésico associado. Deve ser administrada em intervalos regulares e não se necessário; porém, deve-se evitar o uso crônico.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar com ou sem a presença de alimentos.
  • Via sonda: administrar a solução oral via sonda; pode-se diluir a dose em volume adequado de água (uso imediato). Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via endovenosa: Bolo: recomenda-se diluir a dose em volume adequado de diluente conforme a restrição hídrica do paciente (10-20mL de SF 0,9% ou SG 5% para adultos) para diminuir irritação venosa; administrar na velocidade de 1mL/minuto.
  • Via intramuscular: sim.
  • Via subcutânea: sim.

Interações medicamentosas.

  • Anlodipino, diltiazem: poderá causar aumento no risco de hemorragia gastrintestinal e/ou antagonismo do efeito hipotensivo.
  • Esmolol, propanolol, atenolol, captopril, carvedilol, clortalidona, enalapril, furosemida, hidroclorotiazida: poderá ocorrer diminuição no efeito anti-hipertensivo.
  • Citalopram, fluoxetina, clopidogrel, venlafaxina, duloxetina, escitalopram, enoxaparina: risco aumentado de desencadear sangramentos.
  • Tacrolimus: poderá resultar em insuficiência renal aguda. Evitar uso em pacientes com insuficiência renal.
  • Clorpropamida, glibenclamida, tolbutamida: risco aumentado de hipoglicemia.

Lactação. Usar com precaução. Deve ser evitada nos primeiros 3 meses.

 

Doxiciclina

Grupo farmacológico. Tetraciclina, antibiótico.

Apresentação. Drágea ou comprimido de 100mg; xarope com 50mg/5mL em 60mL.

Usos. Tratamento de doenças sexualmente transmissíveis, como uretrites, endocervicites, doença inflamatória pélvica e infecções por Chlamydia sp., como linfogranuloma venéreo, psitacose, tracoma, conjuntivite de inclusão e pneumonite. As tetraciclinas e os macrolídeos são as drogas de escolha no tratamento de infecções pelo Mycoplasma pneumoniae. Em combinação com um aminoglicosídeo, é o tratamento mais efetivo contra a brucelose. As tetraciclinas também são as drogas de escolha para o tratamento das riquetsioses. Pode ser alternada com a ampicilina ou com outro antibiótico de amplo espectro para tratamento supressivo intermitente em pacientes com infecções broncopulmonares crônicas. Usada no tratamento da doença de Lyme, sem envolvimento do sistema nervoso central. Actinomicose e infecções por Vibrio sp., Yersinia sp., Campylobacter sp. e Pasteurella multocida respondem bem. Utilizada na profilaxia da infecção por Escherichia coli enterotoxigênica e da malária por P. falciparum. Não deve ser empregada primariamente nas infecções por anaeróbios, assim como não deve ser usada para tratar infecções por Streptococcus beta-hemolítico do grupo A, devido à existência de cepas resistentes.

Contraindicações. IH grave, gestação (categoria de risco D).

Posologia.

  • Adultos: 200mg, como dose inicial; após, 100mg divididos de 12/12 h ou em dose única diária.

Modo de administração.

  • Via oral: preferencialmente, administrar em jejum, 1 h antes ou 2 h após os alimentos, com água. Se houver sintomas gastrintestinais, administrar com alimentos. A presença de líquidos diminui a irritação esofágica.
  • Via sonda: o comprimido pode ser triturado e disperso em 10mL de água para administração via sonda (uso imediato). Há risco de obstrução da sonda. No momento da administração: pausar a dieta enteral 1 h antes da administração do medicamento e reiniciá-la após 2 h. Preferencialmente, administrar via sonda nasogástrica.

Interações medicamentosas.

  • Acitretina, isotretinoína: maior risco de aumentar pressão intracraniana.
  • Hidróxido de alumínio, hidróxido de magnésio, carbonato de magnésio, carbonato de cálcio, carbamazepina, anticoncepcionais, sais de ferro, fenobarbital, fenitoína, rifampicina: diminuição na eficácia do antibiótico; administrar a doxiciclina 1-2 h antes ou após os produtos contendo cálcio, alumínio, ferro e magnésio.
  • Digoxina, metotrexato: poderá ocorrer aumento nos efeitos desses medicamentos; monitorar efeitos tóxicos.
  • Varfarina: risco aumentado de sangramento.

Lactação. Não recomendado.

 

Fenitoína

Grupo farmacológico. Antiepiléptico e antiarrítmico classe IB; inativação dos canais de Na+ voltagem-dependentes.

Apresentações. Comprimido de 100mg; ampola com 50mg/mL em 5mL; suspensão oral com 25mg em frasco de 120mL.

Usos. Crises tônico-clônicas, crises parciais simples e complexas, prevenção de convulsões após trauma ou neurocirurgia. Arritmias causadas por toxicidade por digitálicos, epidermólise bolhosa.

Contraindicações. Bloqueio AV de 2º ou 3º graus, doença do nó sinusal, gestação (categoria de risco D).

Posologia.

  • Adultos: Epilepsia: iniciar com ataque IV de 10-15mg/kg, pode ser fracionada; dose máxima de 1g; dose de manutenção de 300mg/dia, IV, em três doses. Na manutenção do tratamento anticonvulsivante: 300mg/ dia, VO, distribuídos normalmente em 3 tomadas. Nas arritmias: ataque de 1g, VO, em 24 h; ou 100mg, de 5/5 min, IV, até 1g; manutenção: 200-600mg/dia, VO.

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrado com ou sem a presença de alimentos. A presença de alimentos minimiza potenciais efeitos gastrintestinais; recomenda-se administrar sempre da mesma forma em relação à presença de alimentos (com ou sem).
  • Via sonda: os comprimidos podem ser macerados e misturados em água (uso imediato). Preferencialmente, administrar a solução oral via sonda, diluindo-se a dose em 20mL de água a fim de diminuir a viscosidade da solução. No momento da administração: a dieta enteral (SNG) deve ser pausada 1-2 h antes e deve ser reiniciada 1-2 h após a administração do medicamento, pois os níveis plasmáticos da fenitoína poderão reduzir-se em cerca de 70-80% quando administrado com dietas enterais contínuas.
  • Via endovenosa: bolo: direto, sem diluir a dose (irrigar o trajeto de infusão no final com SF 0,9% para evitar irritação venosa), a velocidade de infusão recomendada em adultos é de 20-50mg/min. IV/intermitente: administrar as soluções diluídas em 15 a 30 min, diluir a dose em 50-100mL de SF 0,9%.
  • Via intramuscular: não recomendada; evitar pelo risco de dor, dano ao tecido e absorção errática.
  • Via subcutânea: não recomendada; evitar pelo risco de dano ao tecido causado pelo alto pH da solução.

Interações medicamentosas.

  • Paracetamol: o uso concomitante poderá diminuir a efetividade do paracetamol e aumentar o risco de hepatotoxicidade.
  • Acetazolamida: poderá aumentar o risco de osteomalacia.
  • Aciclovir, ácido acetilsalicílico, cisplatina, bleomicina, carboplastina, carmustina, clorpromazina, ciprofloxacino, darunavir: o uso concomitante poderá diminuir as concentrações plasmáticas da fenitoína, diminuindo o efeito anticonvulsivante.
  • Amiodarona amitriptilina, cloranfenicol, cimetidina, claritromicina, clobazam, clomipramina, clopidogrel, azitromicina, capecitabina, carbamazepina: poderá aumentar os níveis plasmáticos da fenitoína, levando a toxicidade (ataxia, hiperreflexia, nistagmo, tremor).
  • Amprenavir, atorvastatina, betametasona, bussulfano, clozapina: o uso concomitante com fenitoína poderá reduzir a eficácia do outro medicamento.

Lactação. Não recomendado.

 

Furosemida

Grupo farmacológico. Diurético de alça; inibe o cotransportador Na+-K+-2Cl na membrana luminal da porção espessa da alça de Henle.

Apresentações. Comprimidos de 40mg; ampola com 10 ou 20mg/mL em 2mL.

Usos. Usado em pacientes com edema associado à ICC. Edema e ascite relacionados a hepatopatias. Edema/hipervolemia associada à síndrome nefrótica e IRC. O benefício na prevenção ou no tratamento da IR é duvidoso.

Contraindicações. Depleção grave de sódio e volume, anúria não responsiva a diurético.

Posologia.

  • Adultos: 40-320mg/dia, VO, 1-3x/dia. Dose injetável (IM ou EV): 20-40mg/dose.

Modo de administração.

  • Via oral: o medicamento pode ser administrado com alimentos ou leite para reduzir sintomas gastrintestinais.
  • Via sonda: os comprimidos podem ser triturados e dispersos em água ou pode-se preparar a suspensão oral a partir do comprimido para administração via sonda. Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via endovenosa: bolo: direto sem diluir, em 1 a 2 min. IV/intermitente: diluir o medicamento em SF 0,9% ou SG 5% na concentração máxima de 10mg/mL. Administrar numa velocidade de 4mg/min (doses > 120mg) ou 0,5mg/kg/min (doses < 120mg) ou infusão contínua.
  • Via intramuscular: sim.

Interações medicamentosas.

  • Captopril, lisinopril, alopurinol, amifostina, amicacina, gentamicina, lítio, pancurônio, rituximab, salicilatos: a furosemida poderá aumentar os níveis plasmáticos desses medicamentos, podendo desencadear efeitos adversos.
  • Dexametasona, metilprednisolona, diazóxido, moclobemida, selegelina: os efeitos da furosemida poderão ficar potencializados na presença desses medicamentos.
  • Alisquireno, metilfenidato, fenitoína, salicilatos: poderão interferir nos efeitos da furosemida, reduzindo-os.

Interações com alimentos.

  • A presença de alimentos pode diminuir a absorção do medicamento (dados controversos).

Lactação. Usar com precaução.

 

Gemifloxacina

Grupo farmacológico. Antibiótico; quinolona.

Apresentação. Comprimidos revestidos com 320mg.

Usos. Exacerbação da bronquite crônica, pneumonia adquirida na comunidade.

Contraindicações. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Adultos: Bronquite crônica aguda: 320mg/1x/dia por 5 dias. Pneumonia adquirida na comunidade: 320mg/1x/dia por 7 dias.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar com ou sem a presença de alimentos, com um copo de água. Se houver sintomas gastrintestinais, administrar com alimentos.
  • Via sonda: o revestimento poderá obstruir a sonda. Não recomendado.

Interações medicamentosas.

  • Antiácidos, suplementos a base de ferro, zinco e didanosina: diminuem a biodisponibilidade da gemifloxacina; administrar 3 h antes ou 2 h após.
  • Sucralfato: poderá ocorrer diminuição na biodisponibilidade da gemifloxacina, administrar 2 h antes da gemifloxacina.
  • Varfarina: os efeitos anticoagulantes poderão aumentar.
  • Antidiabéticos (insulinas, metformina, glibenclamida): o uso concomitante poderá provocar alterações na glicemia (hiperglicemia ou hipoglicemia).
  • Procainamida, nortriptilina, amiodarona, sotalol, haloperidol, clorpromazina, cisaprida, eritromicina, amitriptilina, clomipramina, nilotinibe, lidocaína, metadona, hidrato de cloral, octreotida, pimozida, quetiapina, risperidona, ziprazidona, vasopressina: o uso concomitante poderá desencadear efeitos de cardiotoxicidade, incluindo torsade de pointes.
  • Probenecida: poderá diminuir o clearance renal da gatifloxacina, aumentando a meia-vida e os níveis plasmáticos da gemifloxacina.

Lactação. Não recomendado.

 

Hidroclorotiazida

Grupo farmacológico. Diurético tiazídico; inibe o cotransportador Na+--Cl- na membrana apical do túbulo distal.

Apresentações. Hidroclorotiazida (comprimidos de 25mg e 50mg); captopril + hidroclorotiazida (comprimidos de 50mg + 25mg); cloridrato de amilorida + hidroclorotiazida (comprimidos de 5mg + 50mg); lisinopril + hidroclorotiazida (comprimidos de 20mg + 12,5mg); losartana potássica + hidrclorotiazida (comprimidos de 50mg + 12,5mg; 100mg + 25mg); maleato de enalapril + hidroclorotiazida (comprimidos de 10mg + 25mg; 20mg + 12,5mg).

Usos. Manejo da HAS leve e moderada; tratamento do edema na ICC e na síndrome nefrótica.

Contraindicações. IR grave, pois pode precipitar azotemia; gestação (categoria de risco D).

Posologia.

  • Adultos: 12,5-50mg/dia, VO, a cada 24 h. Dose máxima de 200mg/dia.

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrado com a presença de alimentos, leite.
  • Via sonda: pode-se preparar a suspensão oral a partir dos comprimidos ou diluir o comprimido em volume adequado de água para administração via sonda (uso imediato). Administrar separadamente da dieta enteral.

Interações medicamentosas.

  • Carbonato de cálcio: poderá resultar na síndrome do leite-álcali.
  • Captopril, enalapril, lisinopril: hipotensão postural na primeira dose.
  • Carbamazepina: poderá resultar em hiponatremia.
  • Ácido mefenâmico, celecoxibe, diclofenaco, dipirona, ibuprofeno, indometacina, meloxican, naproxeno, nimesulida, tenoxicam: poderá ocorrer decréscimo da eficácia diurética e anti-hipertensiva.
  • Colestiramina, metilfenidato, AINEs: o uso concomitante resulta em diminuição da eficácia de hidroclorotiazida.
  • Corticotropina, prednisolona: poderá resultar em hipocalemia.
  • Ciclofosfamida, fluoruracil, metotrexato: aumento nos riscos de mielossupressão.
  • Deslanosídeo, digoxina: risco de toxicidade digitálica.
  • Diazóxido, propranolol: poderá resultar em hiperglicemia.
  • Droperidol, sotalol: aumento do risco de cardiotoxicidade.
  • Ergocalciferol: decréscimo da disponibilidade de vitamina D sistêmica.
  • Fludocortisona, hidrocortisona, metilprednisolona, prednisona, refecoxibe, triancinolona: risco aumentado de hipocalemia e consequente arritmia cardíaca.
  • Glibenclamida: poderá ocorrer decréscimo da eficácia de glibenclamida, monitorar glicose.
  • Carbonato de lítio: aumento das concentrações de lítio e de seus efeitos tóxicos, monitorar.
  • Topiramato: aumento dos níveis de topiramato, risco de efeitos tóxicos.

Lactação. Usar com precaução.

 

Levofloxacina

Grupo farmacológico. Antimicrobiano. Quinolona.

Apresentações. Comprimidos revestidos de 250 ou 500mg; bolsas com 100mL da solução diluída em glicose a 5% com 5mg/mL; bolsa solução injetável com 5mg/mL em 100 ou 150mL (sistema fechado); bolsa com 5mg/mL em 50mL; frasco-ampola com 25mg/mL em 20mL.

Usos. Pneumonia comunitária e hospitalar, exacerbação de bronquite crônica, sinusite, infecção complicada do trato urinário, pielonefrite, prostatite crônica, infecção complicada de pele e tecidos moles, diarreia. Profilaxia pós-exposição contra Antrax. Tratamento de tuberculose resistente.

Contraindicações. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Adultos: Pneumonia comunitária ou sinusite: 500mg a cada 24 h por 7-14 dias, ou pneumonia comunitária 750mg a cada 24 h, por 5 dias. Infecção complicada de peles e suas estruturas: 750mg a cada 24 h, por 7-14 dias. Pneumonia nosocomial: 750mg a cada 24 h, por 7-14 dias. ITU (não complicada): 250mg a cada 24 h, por 3 dias. ITU (complicada): 250mg a cada 24 h, por 10 dias. Prostatite crônica: 500mg a cada 24 h, por 28 dias. Antrax (inalação): 500mg a cada 24 h, por 60 dias, iniciar logo que possível após inalação. Pacientes obesos: 750mg a cada 24 h (usar com cuidado em infecções graves devido a variabilidade de farmacocinética).

Modo de administração.

  • Via oral: Comprimidos: o medicamento pode ser administrado com ou sem a presença de alimentos.
  • Via sonda: preparar a suspensão oral para administração via sonda. Pode-se diluir o comprimido em 5mL de água destilada (uso imediato). Administrar separadamente da dieta enteral; se possível, pausar a dieta 1 h antes da administração do medicamento.
  • Via endovenosa: Bolo: evitar administração (risco de hipotensão). IV/intermitente: administrar em 60-90 min. A solução já vem pronta para uso em bolsa.
  • Via intramuscular: não.
  • Via subcutânea: não.
  • Via intratecal: não.
  • Via intraperitoneal: não.

Interações medicamentosas.

  • Hidróxido de alumínio, hidróxido de magnésio, carbonato de cálcio, didanosina: poderá ocorrer diminuição nos efeitos do levofloxacino; fazer intervalo de 2 h entre os medicamentos citados e a levofloxacina.
  • Amiodarona, clorpromazina, droperidol, fluconazol, haloperidol, sotalol, ziprazidona: risco de efeitos de cardiotoxicidade (prolongamento QT, torsade de pointes, arritmia).
  • Corticotropina, dexametasona, hidrocortisona, metilprednisolona, prednisona: risco de ruptura de tendão.
  • Diclofenaco, dipirona, indometacina, ibuprofeno, tenoxicam: risco de convulsões.
  • Glibenclamida, insulinas: poderão ocorrer variações na glicemia.
  • Varfarina: risco de sangramentos.

Lactação. Não recomendado.

 

Metformina

Grupo farmacológico. Hipoglicemiante oral; biguanida.

Apresentações. Comprimidos simples de 850mg; comprimido revestido de 500, 850mg e 1 g; comprimido de liberação prolongada de 500 ou 750mg.

Usos. DM tipo 2.

Contraindicações. Insuficiência renal (TFG < 30mL/min), ou patologias agudas que possam alterar função renal (desidratação, febre, estados infecciosos ou hipóxicos graves) insuficiência hepatocelular, alcoolismo agudo ou crônico, cetoacidose, acidose lática ou situações que aumentam o risco de acidose lática (infecções graves, insuficiência cardíaca congestiva).

Posologia.

  • Adultos: Comprimidos de liberação imediata: iniciar com 500mg, 2x/dia, ou 850mg, 1x/dia. O aumento da dose deve ser feito semanalmente com o aumento de 500mg/dia ou 850mg/dia. Geralmente, não há resposta clínica com doses < 1.500mg/dia. Doses de até 2.000mg podem ser dadas 2 x/dia. Acima de 2.000mg, a dose deve ser dividida em 3 tomadas, mas em geral não acrescenta benefício. Dose máxima: 2.550mg/dia. Comprimidos de liberação prolongada: dose inicial: 500-1.000mg, 1x/dia. Ajustes semanais de 500mg/dia. Dose máxima: 2.000-2.500mg, 1x/dia.
  • 10-16 anos: dose inicial: 500mg, 2x/dia. Ajustes de 500mg/dia devem ser feitos em intervalos semanais, em doses divididas. Dose máxima: 2.000mg/dia.

Modo de administração.

  • Via oral: o comprimido de liberação imediata pode ser administrado com alimentos. A presença de alimentos minimiza possíveis efeitos adversos; administrar durante ou logo após as refeições. O comprimido de liberação prolongada deve ser administrado com a refeição da noite.
  • Via sonda: para a administração via sonda, triturar e diluir o pó do comprimido de liberação imediata (não pode ser o de liberação prolongada), em 10-20mL de água (uso imediato). Administrar separadamente da dieta enteral.

Interações medicamentosas.

  • Amilorida, cefalexina, cimetidina, digoxina, morfina, nadolol, nifedipino, ranitidina, topiramato, trimetoprima, vancomicina: o uso concomitante poderá aumentar os efeitos da metformina, levando à toxicidade (náuseas, vômitos, diarreia).
  • Levotiroxina: poderá resultar em diminuição dos efeitos da metformina.
  • Atenolol, carvedilol, ciprofloxacino, esmolol, levofloxacino, metoprolol, norfloxacino, propanolol, sotalol: poderá provocar hipotensão, hipertensão ou hipoglicemia.
  • Moclobemida, pargilina: poderá resultar em excessiva hipoglicemia e alterações no SNC.

Lactação. Não recomendado.

 

Metronidazol

Grupo farmacológico. Antimicrobiano. Nitroimidazólico.

Apresentações. Comprimidos revestidos de 250mg ou 400mg; comprimido revestido de 500mg; gel vaginal 100mg/g em 50 g + aplicador; sus- pensão oral com 40mg/mL em 80 ou 100mL; solução injetável (bolsa plástica) com 500mg em 100mL; solução injetável com 5mg/mL em 250mL.

Usos. Infecções por germes anaeróbios, amebíase, giardíase, tricomoníase e infecções por H. pylori e Gardnerella vaginalis.

Contraindicações. Gestação no 1º trimestre.

Posologia.

  • Adultos: Amebíase: 500 a 750mg, a cada 8 h. Infecções por anaeróbios (oral, IV): 30mg/kg/dia, a cada 6 h (dose máxima 4 g/dia). Colite pseudomembranosa (oral): 250 a 500mg a cada 6-8 h por 10-14 dias. Helicobacter pylori: 250 a 500mg, 3x/dia. Gardnerella: 500 a cada 12 h por 7 dias. Trichomonas: 500mg a cada 12 h por 7 dias ou 2 g em dose única. Profilaxia cirúrgica (coloretal): IV, 15mg/kg 1 h antes do procedimento, seguido por 7,5mg/kg, 6-12 h após a dose inicial. Uso tópico: aplicar uma fina camada a cada 12 h. Uso vaginal: 1 aplicador (5 g) intravaginal, 1-2x/dia, por 5 dias.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar com o estômago vazio. Se efeitos gastrintestinais ocorrerem, administrar com alimentos.
  • Via sonda: para a administração via sonda, fazer uso da suspensão oral. Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via endovenosa: Bolo: não administrar. IV/intermitente: administrar em 30-60min, a solução em bolsa já vem pronta para uso, não sendo necessária diluição extra em soro.
  • Via intramuscular: não.
  • Via subcutânea: não.
  • Via intravaginal: para uso intravaginal somente (gel).

Interações medicamentosas.

  • Bussulfano, carbamazepina, ciclosporina, di-hiidroergotamina, fluorouracil, carbonato de lítio, fenitoína, tacrolimus: poderá ocorrer aumento dos níveis plasmáticos desses medicamentos, podendo levar a efeitos de toxicidade.
  • Colestiramina, fenobarbital: os efeitos do metronidazol poderão ser diminuídos.
  • Femprocumona, dicumarol, varfarina: risco de sangramento aumentado.
  • Micofenolato mofetil: os efeitos do micofenolato poderão diminuir na presença do metronidazol.

Lactação. Não recomendado.

 

Moxifloxacino

Grupo farmacológico. Antibacteriano.Quinolona.

Apresentações. Cpr revestidos de 400mg; bolsa plástica para infusão de 250mL com 400mg; sol oftálmica de 5mg/mL em fr de 3, 5 ou 10mL.

Usos. Infecções das vias aéreas superiores e inferiores (rinossinusite aguda, exacerbações de bronquite crônica, pneumonia adquirida na comunidade), infecções cutâneas e de tecidos moles.

Contraindicação. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Adultos: Sinusite bacteriana aguda: 400mg/dia, por 10 dias. Exacerbação de bronquite crônica: 400mg/dia, por 5 dias. Pneumonia adquirida na comunidade: 400mg/dia, por 7-10 dias. Infecções cutâneas e de tecidos moles não complicadas: 400mg/dia, por 7 dias; complicadas: 400mg/dia, por 7-21 dias. Conjuntivite: 1g em cada olho, 3x/dia, por 7 dias.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar com ou sem alimentos. Os cpr não podem repartidos ou triturados, devem ser deglutidos inteiros e com água.
  • Via sonda: para administração via sonda, utilizar a susp oral a partir dos cpr. No momento da administração: pausar a dieta enteral antes, irrigar a sonda com 10-30mL de água, administrar o medicamento e, ao término, irrigar novamente a sonda com água. Se o paciente receber mais de um medicamento, administrar um de cada vez, sempre irrigando a sonda com água (5-10mL) entre as administrações.
  • Via intravenosa: Bolo: não.
  • IV/intermitente: o medicamento vem pronto para uso na bolsa; administrar em 1 h.
  • Via oftálmica: administrar no olho afetado, cuidando para não encostar o aplicador na região afetada.

Interações medicamentosas.

  • Carbonato de cálcio, hidróxido de alumínio, hidróxido de magnésio, medicamentos com ferro ou zinco: o uso concomitante pode diminuir os efeitos do moxifloxacino; administrar o antibiótico 4 h antes ou 8 h após os antiácidos. Amiodarona, amitriptilina, clorpromazina, clomipramina, droperidol, eritromicina, imipramina, lidocaína, metadona, nilotinibe, nortriptilina, pimozida, sotalol, tioridazina, ziprasidona: podem ocorrer efeitos decardiotoxicidade (arritmias, prolongamento do intervalo QT, torsade de pointes).
  • Corticotrofina, dexametasona, hidrocortisona, prednisona: há risco de ruptura de tendão.
  • Glibenclamida, insulina, metformina: podem ocorrer variações na glicose.
  • Varfarina: há aumento dos riscos de sangramentos.

Lactação. Usar com precaução.

 

Prednisona

Grupo farmacológico. Corticoide sistêmico.

Apresentações. Comprimidos de 5 e 20mg.

Usos. Tratamento anti-inflamatório ou imunossupressor em uma variedade de condições, incluindo as hematológicas, alérgicas, inflamatórias, neoplásicas e autoimunes.

Contraindicações. Infecções fúngicas sistêmicas, varicela, infecção grave (exceto choque séptico e meningite tuberculosa).

Posologia.

  • Adultos: as doses são de 2,5 a 60mg/dia. A dose de reposição fisiológica para crianças e adultos é de 4-5mg/m2/dia e depende da condição a ser tratada e da resposta do paciente. A descontinuação do uso prolongado requer uma retirada gradual. Altas doses diárias são necessárias para controle de doenças graves. Em geral, usa-se 4-10 dias para algumas enfermidades alérgicas ou colagenoses. Doses habituais: asma: 1-2mg/kg/dia, divididos em 1-2x/dia, por 3-5 dias; imunossupressão em transplante renal: 0,5-1mg/kg/dia, nas primeiras semanas, com redução gradual até a dose de manutenção de 5mg/dia. Pneumonia por Pneumocystis carinii: 40mg, 2x/dia, por 5 dias, seguidos por 40mg, 1x/dia, por 5 dias, seguidos por 20mg/dia, por 11 dias, ou até completar a antibioticoterapia; tireotoxicose: 60mg/dia; quimioterapia: 20mg/dia a 100mg/m2/dia; artrite reumatoide: uso da menor dose possível (7,5mg/dia); púrpura trombocitopênica idiopática: 60mg/dia, por 4-6 semanas; LES agudo: 1-2mg/kg/dia, divididos em 2-3 doses, na manutenção, passar para a menor dose possível, geralmente < 1mg/kg/dia, em dose única matinal; síndrome nefrótica: 1-2mg/kg/dia, em adultos; em crianças, 2mg/kg/dia ou 60mg/m2/dia (máx. 80mg/dia) até negativar proteinúria por 3 dias consecutivos (máx. 28 dias); seguidos por 1-1,5mg/kg/dose ou 40mg/m2/dose por 4 semanas.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar o medicamento com ou sem a presença de alimentos.
  • Via sonda: para a administração via sonda, o comprimido pode ser triturado e seu conteúdo dissolvido em volume adequado de água (uso imediato) ou fazer uso da suspensão oral a partir dos comprimidos. Administrar separadamente da dieta enteral.

Interações medicamentosas.

  • Anfotericina B, hidroclorotiazida: o uso concomitante poderá resultar em risco de hipocalemia.
  • Ácido acetilsalicílico: o uso concomitante poderá resultar em aumento nos riscos de irritação gástrica.
  • Atracúrio, pancurônio, rocurônio: poderá resultar na diminuição da eficácia dos bloqueadores neuromusculares.
  • Vacinas: poderá resultar na variação das respostas imunobiológicas.
  • Carbamazepina, fenobarbital, fenitoína, primidona, rifampicina, somatropina: poderá resultar na diminuição dos efeitos da prednisona.
  • Fluconazol, isoniazida, itraconazol, ritonavir: poderá resultar no aumento dos efeitos da prednisona.
  • Ciprofloxacino, levofloxacino, norfloxacino: poderá potencializar risco de ruptura de tendão.
  • Ciclosporina, dicumarol, femprocumona, varfarina: poderá resultar no aumento dos efeitos desses medicamentos.
  • Quetiapina, nesostigmina, piridostigmina, tretinoína: poderá resultar na diminuição dos níveis plasmáticos desses medicamentos, diminuindo o efeito esperado.
  • Montelucaste: poderá resultar em edema periférico grave.

Lactação. Compatível.

 

Sertralina

Grupo farmacológico. Antidepressivo; inibidor seletivo da recaptação da serotonina.

Apresentações. Comprimidos revestidos de 25, 50, 75 e 100mg.

Usos. Depressão, transtorno obsessivo-compulsivo, transtorno de pânico, estresse pós-traumático, fobia social, episódio depressivo de transtorno bipolar, transtorno disfórico pré-menstrual, transtorno de ansiedade generalizada.

Contraindicações. Uso de IMAO nas 2 últimas semanas (deve ser obedecido um intervalo de 14 dias ou mais entre os dois fármacos) e uso concomitante com pimozida.

Posologia.

  • Adultos: na depressão e na tensão pré-menstrual, iniciar com 50mg/dia, em dose única diária, pela manhã ou à noite (se ocorrer sonolência). No pânico e no estresse pós-traumático, iniciar com 25mg/dia; aumentar para 50mg/dia na 2ª semana. Em idosos, iniciar com 25mg/dia. As alterações na dose devem ser realizadas com um intervalo mínimo de 7 dias, até a dose máxima de 200mg/dia. A suspensão deve ser gradual para evitar os sintomas de abstinência, reduzindo 50mg a cada 5-7 dias.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar com ou sem a presença de alimentos, em dose única pela manhã ou à noite.
  • Via sonda: não recomendado pelo risco de obstrução da sonda de alimentação.

Interações medicamentosas.

  • Abciximabe, ácido salicílico, clopidogrel, dalteparina, diclofenaco, dicumarol, dipirona, enoxaparina, heparina, nadroparina, ibuprofeno, indometacina, ácido mefenâmico, naproxeno, nimesulida, femprocumona, varfarina, tenoxicam, ticlopidina: risco aumentado de ocorrerem sangramentos.
  • Alprazolam: poderá resultar em sedação excessiva.
  • Amitriptilina, clomipramina, clorgilina, desipramina, desvenlafaxina, duloxetina, eritromicina, imipramina, linezolida, moclobemida, nortriptilina, pargilina, rasagilina, sibutramina, selegilina, sumatriptano, tramadol: poderá ocorrer síndrome serotoninérgica.
  • Bupropiona, cimetidina: poderá ocorrer aumento nos níveis plasmáticos da sertralina.
  • Carbamazepina, clozapina, lamotrigina, carbonato de lítio, metadona, fenitoína, pimozida, triazolam: poderá ocorrer aumento nos efeitos desses medicamentos; monitorar reações adversas.
  • Droperidol: risco aumentado de efeitos de cardiotoxicidade.
  • Efavirenz, rifampicina, rifamicina: poderá resultar em diminuição nos efeitos da sertralina.
  • Metoclopramida: risco de efeitos extrapiramidais.
  • Propanolol: poderá desencadear dor no peito.
  • Zolpidem: poderá aumentar os efeitos de alucinação.

Lactação. Usar com precaução.

 

Sulfametoxazol + Trimetoprima

Grupo farmacológico. Antibacteriano; sulfonamida.

Apresentações. Comprimidos com sulfametoxazol + trimetoprima: 400mg + 80mg ou 800mg + 160mg; suspensão oral com sulfametoxazol + trimetoprima: 200mg + 40mg ou 400mg + 80mg em 5mL em frascos de 50, 60, 90 ou 100mL.

Usos. Infecções respiratórias, gastrintestinais e urinárias, sinusite, otite média, prostatite, orquite e epididimite. Infecções por N. asteroides, uretrite ou cervicite por Neisseria gonorrhoeae, linfogranuloma venéreo e cancroide. Tratamento e profilaxia das infecções por P. jirovecii. Profilaxia da “diarreia do viajante”, de infecções urinárias e de exacerbações de infecções agudas em pacientes com bronquite crônica. Brucelose, infecções do trato biliar, osteomielite aguda e crônica, infecções por P. brasiliensis.

Contraindicações. Porfiria, anemia megaloblástica devido à deficiência de ácido fólico, IR grave, disfunção hepática, gestação a termo (categoria de risco D).

Posologia.

  • Adultos: 800mg de sulfametoxazol + 160mg de trimetoprima, de 12/12 h, por 10-14 dias, para a maioria das infecções.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar com ou sem a presença de alimentos, com um copo de água.
  • Via sonda: recomenda-se que a suspensão oral seja administrada via sonda. Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via endovenosa: Bolo: não administrar. EV/intermitente: diluir cada ampola (5mL) em 125mL de SG 5% ou SF 0,9% e administrar em 60-90 min. Em acesso central, o medicamento pode ser menos diluído (75mL). Em pacientes com restrição hídrica, pode-se diluir uma ampola em 50mL de soro e administrar em 30-60 min (concentração máxima 1,6mg/mL).
  • Via intramuscular: não.

Interações medicamentosas.

  • Ácido aminobenzoico: poderá antagonizar o efeito do sulfametoxazol.
  • Dapsona, digoxina, lamivudina, metotrexato, femprocumona, fenitoína, repaglinida, varfarina: o uso concomitante poderá aumentar o nível sérico desses medicamentos, aumentando seus efeitos adversos.
  • Enalapril: poderá resultar em hipercalemia.
  • Amiodarona, amitriptilina, hidrato de cloral, cloroquina, clorpromazina, claritromicina, desipramina, droperidol, eritromicina, fluconazol, fluoxetina, foscarnet, haloperidol, imipramina, isoflurano, nortriptilina, octreotida, pentamidina, pimozida, quetiapina, risperidona, sotalol, espiramicina, tioridazina, vasopressina: poderá resultar em efeitos de cardiotoxicidade (prolongamento do intervalo QT, torsade de pointes, arritmias).
  • Didanosina: poderá ocorrer diminuição nos efeitos do sulfametoxazol.
  • Glimepirida, glibenclamida, metformina: poderá resultar em hipoglicemia excessiva.
  • Ciclosporina: poderá resultar em nefrotoxicidade e/ou diminuir o efeito da ciclosporina.
  • Pirimetamina: poderá desencadear anemia megaloblástica ou pancitopenia.

Lactação. Contraindicado.

 

Tinidazol

Grupo farmacológico. Antiprotozoário.

Apresentação. Comprimidos revestidos de 500mg.

Usos. Infecções por microorganismos anaeróbios, amebíase, giardíase, tricomoníase.

Contraindicações. Gestação ou risco de gestação.

Posologia.

  • Adultos: Amebíase: 50-60mg/kg/dia, de 24/24 h, por 3-5 dias. Giardíase: dose única de 30-50mg/kg (máx.: 2 g).

Modo de administração.

  • Via oral: administrar o fármaco com alimentos ou logo após a refeição. Os comprimidos podem ser triturados e misturados em alimentos semissólidos frios ou xarope de framboesa.

Interações medicamentosas.

  • Colestiramina, fenobarbital, rifampicina: poderá ocorrer diminuição nos efeitos do tinidazol.
  • Cimetidina, cetoconazol: o uso concomitante poderá resultar no aumento dos níveis plasmáticos do tinidazol.
  • Ciclosporina, fluorouracil, carbonato de lítio, fenitoína, tacrolimus, varfarina, femprocumona, dicumarol: poderá ocorrer aumento nos efeitos desses medicamentos; monitorar efeitos de toxicidade.

Lactação. Contraindicado.

 

Tiroxina (Levotiroxina)

Grupo farmacológico. Hormônio tireoidiano.

Apresentações. Comprimidos de 25, 50, 75, 88, 100, 112, 125, 150, 175 e 200µg.

Usos. Hipotireoidismo de qualquer etiologia, supressão do TSH.

Contraindicações relativas. IAM recente e insuficiência suprarrenal não tratada.

Posologia.

  • ● Adultos: doses iniciais de 50µg/dia, aumentando-se 25µg a cada 3-4 semanas, até que o efeito seja alcançado; ou 1,7µg/kg nos casos sintomáticos e 1,0µg/kg nos assintomáticos. A dose de manutenção é, em geral, de 75-125µg/dia. Reposição hormonal para supressão do TSH em pacientes com carcinoma diferenciado da tireoide: 2,0-3,0µg/kg/dia durante 7-10 dias. Ajustar a dose a cada 4-6 semanas conforme TSH sérico no hipotireoidismo primário ou T4 sérico no hipotireoidismo secundário.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar o medicamento com o estômago vazio, 30-60 min antes do café da manhã, com água.
  • Via sonda: para a administração via sonda, o comprimido pode ser triturado e o seu conteúdo dissolvido em 5-10mL de água (uso imediato) ou suspensão oral pode ser usada a partir dos comprimidos. No momento da administração: pausar a dieta enteral 1 h antes da administração do medicamento e reiniciá-la após 1 h.

Interações medicamentosas.

  • Hidróxido de alumínio, hidróxido de magnésio, carbonato de cálcio, carbamazepina, colestiramina, imatinibe, orlistat, fenobarbital, fenitoína, rifampicina, sevelamer, dimeticona, sinvastatina, sucralfato: o uso concomitante poderá resultar na diminuição da eficácia da tiroxina; administrar com intervalo de 4 h.
  • Deslanosídeo, digoxina, exenatida, glibenclamida, insulina, repaglinida: poderá resultar na diminuição da eficácia desses medicamentos.
  • Dicumarol, femprocumona, varfarina: poderá potencializar risco de sangramento.

Lactação. Compatível.

 

Tramadol

Grupo farmacológico. Analgésico opioide (agonista fraco dos receptores); possui mecanismo de ação mais complexo que os opioides clássicos, modulando as vias monoaminérgicas, com efeito semelhante e a inibição da recaptação de serotonina (enantiomero +) e noradrenalina (enantiomero); estimula o receptor alfa-2-adrenérgico.

Apresentações. Cápsulas de 50 e 100mg; cápsula retardada de 100mg; ampola com 50mg/mL em 1 ou 2mL; solução oral (gotas) com 50mg/mL ou 100mg/mL em 10mL.

Uso. Dor de intensidade moderada a severa, aguda ou crônica.

Contraindicações. Intoxicação aguda por álcool, hipnóticos ou outros fármacos que atuam no SNC, como opioides ou psicotrópicos; depressão respiratória grave, asma grave, hipercapnia; disfunção hepática (Child-T Pugh C) ou renal (DCE <30mL/min); hipertensão intracraniana; obstrução do trato gastrintestinal; uso concomitante de IMAO em menos de 14 dias após a interrupção.

Posologia.

  • Adultos: Comprimido de liberação imediata: 50-100mg, 4-6x/dia, máximo 400mg/dia. Comprimido de liberação prolongada: 100mg, 1x/dia, máximo 300mg/dia. EV/SC/I M: 50-100mg, de 6/6 h.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar o medicamento com ou sem a presença de alimentos, com líquidos. As cápsulas retard devem ser deglutidas inteiras com líquido; não podem ser abertas e dissolvidas. A solução oral em gotas pode ser misturada em água pura ou água açucarada.
  • Via sonda: para a administração via sonda, preferencialmente administrar a solução oral (gotas) ou a suspensão oral preparada a partir dos comprimidos. Os comprimidos podem ser triturados e misturados em 5-10mL de água destilada (uso imediato). Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via endovenosa: Bolo: pode ser administrado direto ou diluído em SF 0,9%, administrar lentamente (2-3 minutos).
  • Via intramuscular: sim.
  • Via subcutânea: sim.
  • Via retal: administrar o supositório via retal.

Interações medicamentosas.

  • Amitriptilina, eritromicina: poderá ocorrer aumento nas concentrações plasmáticas do tramadol; monitorar dose.
  • Carbamazepina, rifampicina: o uso concomitante poderá resultar na diminuição dos efeitos da tramadol.
  • Clorpromazina, clomipramina, clozapina, desipramina, haloperidol, imipramina, nortriptilina, pimozida, risperidona, tioridazida: poderá aumentar os riscos de convulsões em pacientes predispostos ou pela diminuição nos efeitos desses medicamentos.
  • Citalopram, desvenlafaxina, duloxetina, escitalopram, fluoxetina, linezolida, olanzapina, paroxetina, sertralina, venlafaxina: poderá desencadear síndrome serotoninérgica (hipertensão, hipertermia, mioclônus, confusão mental).
  • Clorgilina, digoxina, moclobemida, rasagilina, selegilina: poderá ocorrer aumento nos efeitos desses medicamentos; monitorar sinais de toxicidade.
  • Varfarina, femprocumona: poderá aumentar risco de sangramento.

Lactação. Não recomendado.

 

Varfarina

Grupo farmacológico. Anticoagulante oral; antagonista da vitamina K (fatores II, VII, IX, X).

Apresentações. Comprimidos de 1; 2,5; 5 e 7,5mg.

Usos. Prevenção primária e secundária da TVP; prevenção do embolismo sistêmico em pacientes com prótese valvar cardíaca, fibrilação atrial crônica; prevenção de AVE, IAM recorrente e pacientes com IAM prévio e trombos intracardíacos.

Contraindicações. Pacientes com risco aumentado de hemorragias e discrasias sanguíneas (gravidez, úlcera ativa, hemorragia cerebrovascular, aneurisma cerebral, pericardite, endocardite bacteriana, aborto, eclâmpsia e pré-eclâmpsia), pacientes alcoólatras ou com psicopatias ou outro quadro de baixa cooperação, HAS maligna, gestação (categoria de risco X).

Posologia.

  • Adultos: dose inicial de 5mg/dia, por 5 dias, variando em função da idade e do peso corporal (doses mais baixas em idosos) e ajustada de acordo com os resultados do TP, até que seja obtido o nível desejado de atividade anticoagulante. A dose de manutenção pode variar de 1-20mg/dia.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar o medicamento com ou sem a presença de alimentos.
  • Via sonda: para a administração via sonda nasogástrica, os comprimidos podem ser triturados e dissolvidos em volume adequado de água (uso imediato). Sugere-se administrar o medicamento 2 h antes da dieta enteral e irrigar a sonda com água destilada antes e após a administração. Esquecimento da dose. Em caso de esquecimento da dose, orientar o paciente a ingerir o medicamento assim que lembrar e seguir tomando a dose do horário normal. Não dobrar as doses para compensar a do esquecimento.

Interações medicamentosas.

  • Abciximabe, paracetamol, alopurinol, alteplase, amiodarona, amitriptilina, amoxicilina, amprenavir, arnica, boldo, ácido acetilsalicílico, atazanvir, atenolol, azitromicina, betametasona, bicalutamida, capecitabina, capsaicina, carboplatina, celecoxibe, camomila, hidrato de cloral, cloranfenicol, condroitina, quitosana, ciprofloxacino, citalopram, claritromicina, clomipramina, clopidogrel, dalteparina, danazol, desvenlafaxina, diazóxido, diclofenaco, dicumarol, dipiridamol, dipirona, doxorrubicina, doxiciclina, drotrecogina, duloxetina, enoxaparina, erlotinibe, eritromcina, escitalopram, esomeprazol, fluconazol, fludrocortisona, fluorouracil, fluoxetina, flutamida, alho, ginkgo biloba, ginseng, glucagon, imatinibe, imipramina, indometacina, itraconazol, kava-kava, levofloxacino, tiroxina, lovastatina, metilfenidato, metronidazol, ácido nalidíxico, naproxeno, nilotinibe, norfloxacino, nortriptilina, omeprazol, orlistat, paroxetina, femprocumona, fenitoína, prednisolona, propanolol, quetiapina, ranitidina, sinvastatina, espironolactona, estreptoquinase, sulfametoxazol/trimetoprima, tenoxicam, ticlopidina, tramadol, trastuzumabe, vancomicina, venlafaxina: o uso concomitante poderá potencializar os riscos de sangramento.
  • Aprepitanto, azatioprina, chá preto, chá verde, carbamazepina, clorpromazina, colestiramina, coenzima Q10, ciclosporina, fenobarbital, primidona, rifampicina, hypericum: poderá ocorrer diminuição nos efeitos anticoagulantes da varfarina; monitorar INR.
  • Hipoglicemiantes orais: poderá resultar em hipoglicemia excessiva.

Lactação. Compatível.

 

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