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ELETROCARDIOGRAMA EM UNIDADE DE EMERGÊNCIA: UM OLHAR DA ENFERMAGEM

Graciele Oroski Paes

Marcelo Augusto Ferraz R. A. Rodrigues

Matheus Kirton dos Anjos

Natália Lindemann Carezzato

Samara Oliveira Moreira

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Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

  • orientar a equipe de enfermagem quanto à finalidade da realização do eletrocardiograma (ECG);
  • reconhecer as principais alterações eletrocardiográficas e correlacioná-las às patologias de origem cardíaca;
  • indicar os cuidados de enfermagem frente à necessidade de realização de ECG.

Esquema conceitual

Introdução

As doenças cardiovasculares, incluindo sua principal forma de apresentação, a doença arterial coronariana (DAC), representam uma das principais doenças do século 21 por seu impacto no âmbito da morbidade e da mortalidade. Estima-se que a prevalência de angina ocorra entre 12 e 14% dos homens e entre 10 e 12% das mulheres com idades de 65 a 84 anos.1

A identificação de indivíduos assintomáticos com risco de eventos cardiovasculares agudos é a principal medida para a implementação de tratamento precoce e prevenção de doenças cardiovasculares.1

Entretanto, na presença de eventos agudos, os indivíduos tornam-se sintomáticos, sendo a avaliação clínica essencial para a estratificação do caso. A dor torácica, principal sintoma de eventos coronarianos, deve ser cuidadosamente indagada no intuito de orientar a probabilidade de um evento, observando-se:1

  • qualidade (constritiva, em aperto, peso, opressão, desconforto, queimação e pontada);
  • localização (precordial, retroesternal, epigástrica, cervical, em ombro, hemitórax ou dorso);
  • irradiação (para membros superiores direito, esquerdo ou ambos, ombro, mandíbula, pescoço, dorso ou epigástrio);
  • duração (segundos, minutos, horas ou dias);
  • fatores desencadeantes (esforço físico, posição, alimentação, respiração ou componente emocional);
  • fatores de alívio (repouso, uso de nitrato sublingual, analgésico, alimentação, antiácido ou posição);
  • sintomas associados (sudorese, náusea, vômito, palidez, hemoptise, tosse, pré-síncope ou síncope).

Ao analisar a clínica verbalizada pelo paciente, o enfermeiro emergencista poderá estratificar o risco de evento cardiovascular, observando a classificação da dor torácica, a saber: angina típica (definitiva), atípica (provável) e dor torácica não cardíaca.1 O ECG é um exame essencial que deverá ser implementado em até 10 minutos da chegada do paciente na emergência.

A equipe de enfermagem torna-se responsável pela realização do ECG, e o conhecimento acerca das derivações e possibilidades de alteração perfaz o cotidiano do enfermeiro emergencista, havendo necessidade de sinalização imediata à equipe médica em casos específicos, delimitados neste capítulo.

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