- Introdução
A lesão renal aguda e suas complicações são frequentes na prática clínica, principalmente nos pacientes hospitalizados e naqueles que precisam de terapia intensiva. Até dois terços dos pacientes críticos apresenta pelo menos um episódio de lesão renal aguda durante sua internação e até 5% dos pacientes em Unidades de Terapia Intensiva (UTIUnidade de Terapia Intensivas) necessitam de terapia de substituição renal, mais conhecida como diálise.
A lesão renal aguda também constitui um marcador prognóstico durante a internação hospitalar e sua ocorrência aumenta a mortalidade, a qual pode alcançar taxas maiores que 50%, o que demonstra a importância do seu diagnóstico precoce e do manejo correto.1
Existem diversos tipos de emergências nefrológicas, desde distúrbios hidreletrolíticos e de ácido-base agudos, uremia, hipervolemia, até emergências hipertensivas como a hipertensão acelerada maligna. Todas essas emergências decorrem de algum grau de lesão renal, levando muitas vezes à necessidade de diálise de urgência.1-7
Nota da Editora: os medicamentos que estiverem com um asterisco (*) ao lado estão detalhados no Suplemento constante no final deste volume.
- Objetivos
Ao final da leitura deste artigo, espera-se que o leitor seja capaz de:
- identificar as principais causas de emergências nefrológicas;
- propor métodos clínicos para início do manejo desses pacientes;
- reconhecer a falência ou a não resposta à terapia clínica e identificar a necessidade do início da terapia de substituição renal;
- reconhecer os parâmetros clínico-laboratoriais de recuperação da função renal.
- Esquema conceitual