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SUPLEMENTO – DESCRIÇÃO DOS MEDICAMENTOS INDICADOS NO PROTERAPÊUTICA VOLUME 2 CICLO 3

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SUPLEMENTO

DESCRIÇÃO DOS MEDICAMENTOS INDICADOS NO PROTERAPÊUTICA VOLUME 2 CICLO 3

Este Suplemento contém as principais informações a respeito dos medicamentos abordados no Volume 2 do Ciclo 3 do PROTERAPÊUTICA.

Para saber mais

 

O conteúdo deste Suplemento foi extraído do livro Medicamentos de A a Z, de Elvino Barros. Para maiores informações sobre os medicamentos aqui listados (como efeitos adversos, comentários, etc.) e outros, consultar a obra completa:

 

Barros E. Medicamentos de A a Z. Porto Alegre: Artmed; 2012.

 

SIGLAS UTILIZADAS NAS DESCRIÇÕES DOS MEDICAMENTOS DESTE SUPLEMENTO

ACTP

Angioplastia coronariana transluminal percutânea

amp

Ampola

AV

Atrioventricular

AVE

Acidente vascular encefálico

cpr

Comprimido(s)

cps

Cápsula(s)

DM

Diabete melito

DPOC

Doença pulmonar obstrutiva crônica

drg

Drágea(s)

fr

Frasco(s)

fr-amp

Frasco-ampola(s)

HAS

Hipertensão arterial sistêmica

IAM

Infarto agudo do miocárdio

ICC

Insuficiência cardíaca congestiva

IH

Insuficiência hepática

IM

Intramuscular

IMAO

Inibidos da monoaminaoxidase

IR

Insuficiência renal

ITU

Infecção do trato urinário

IV

Intravenoso

SF

Soro fisiológico

SG

Soro glicosado

SNC

Sistema nervoso central

TEP

Tromboembolismo pulmonar

TTPa

Tempo de tromboplastina parcial ativado

TVP

Trombose venosa profunda

VOvia oral

Via oral

 

Acetazolamida

Grupo farmacológico. Diurético; inibidor da enzima anidrase carbônica.

Apresentação. Cpr de 250mg.

Usos. Tratamento do glaucoma (redução da pressão intraocular); alguns casos de HAS intracraniana e convulsões refratárias; alcalose metabólica crônica.

Contraindicações. Hepatopatia grave, insuficiência adrenal, IR.

Posologia.

  • Adultos: Glaucoma crônico: 250mg, VOvia oral, 14x/dia (até 1.000mg/dia). Edema: 250-375mg, 1x/dia. Em urgência: 250-500mg, IV, repetida por 2-4 h. Máximo: 1g/dia.

Modo de administração.

  • Via oral: os cpr de ação rápida podem ser esmagados e misturados com alimentos, devido ao gosto amargo; não misturar com sucos de fruta.
  • Via sonda: para administração via sonda, pode-se solicitar à farmácia o preparo de susp oral a partir dos cpr. No momento da administração: pausar a dieta enteral, irrigar a sonda com 10-30mL de água, administrar o medicamento e, ao término, irrigar novamente a sonda com água. Se o paciente receber mais de um medicamento, administrar um de cada vez, sempre irrigando a sonda com água (5-10mL) entre as administrações.
  • Via intravenosa: para administração por essa via (não disponível no Brasil), recomendam-se 100-500mg/min para um push (direto lento) e 4-8 h para a infusão.
  • Via intramuscular: essa via não é recomendada devido à dor secundária ao pH alcalino da solução.

Interações medicamentosas.

  • Salicilatos, fenobarbital e lítio: pode ocorrer aumento na excreção dessas drogas, podendo ser necessário ajuste de dosagem.

Lactação. Não é recomendado.

 

Ácido acetilsalicílico

Grupo farmacológico. Antiplaquetário; anti-inflamatório não esteroide; inibidor da COX-1 e COX-2.

Apresentações. Cpr revestidos de 100, 162, 200, 300 e 500mg; cpr de 85, 100, 165, 300, 325 e 500mg.

Usos. Dor de intensidade leve a moderada, febre, inflamação; profilaxia de IAM e AVE; artrite reumatoide, osteoartrite, gota e febre reumática, procedimento de revascularização (p.ex., bypass, coronário e angioplastia) e as apresentações de cardiopatia isquêmica; trombose vascular periférica, fibrilação atrial (alternativa para os pacientes que não podem usar anticoagulante oral); próteses valvulares cardíacas.

Contraindicações. Discrasias sanguíneas; úlcera péptica ativa; suspeita de dengue; crianças com asma, rinite e pólipos nasais; gestação no terceiro trimestre (categoria D de risco).

Posologia.

  • Adultos: Analgésico e antipirético: 500mg, a cada 4-6 h (máx. de 4 g/dia). Fase aguda do IAM: 160-325mg, mastigados. Angioplastia: 80-325mg/dia, iniciando 2h antes do procedimento. AVE isquêmico: 30-325mg/dia.

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrado com alimentos, água ou leite para reduzir o desconforto gastrintestinal, preferencialmente com 250mL de líquido.
  • Via sonda: o cpr normal pode ser administrado via sonda (uso imediato). As formas farmacêuticas tamponadas e gastrorresistentes (Bufferin®/ Prevent®) não podem ser administradas via sonda. No momento da administração: pausar a dieta enteral, irrigar a sonda com 10-30mL de água, administrar o medicamento e, ao término, irrigar novamente a sonda com água. Se o paciente receber mais de um medicamento, administrar um de cada vez, sempre irrigando a sonda com água (5-10mL) entre as administrações.

Interações medicamentosas.

  • IECAS, diuréticos tiazídicos, betabloqueadores e ácido ursodesoxicólico: o ácido acetilsalicílico pode reduzir a eficácia destes medicamentos.
  • Corticosteroides, trombolíticos, inibidores da recaptação de serotonina, antiplaquetários, inibidores dos canais de cálcio: esses medicamentos podem potencializar os efeitos do ácido acetilsalicílico.
  • Probenecida: pode ter seus efeitos antagonizados pelo ácido acetilsalicílico.

Lactação. Usar com precaução.

 

Ácido fólico (vitamina B9)

Grupo farmacológico. Micronutriente.

Apresentações. Cpr de 2 e 5mg; gt 5mg/mL com 10mL e 0,2mg/mL com 30mL; susp de 0,4mg/mL com 100mL.

Usos. Tratamento da anemia megaloblástica por deficiência de folato; suplemento nutricional para prevenir defeitos de fechamento do tubo neural; deficiências enzimáticas específicas.

Contraindicação. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

n Adultos: Deficiência de ácido fólico: dose inicial: 1mg/dia; manutenção: 0,5mg/dia. Profilaxia de defeitos do tubo neural do feto: no mínimo 0,4-0,8mg/dia, idealmente 3 meses antes da concepção até a 12a semana de gestação. Suplementação na amamentação: no mínimo 0,4-0,8mg/dia. Homocistinúria: 10mg/dia. Acidemia metilmalônica: 1mg/dia. Deficiência de folato redutase: 5mg/dia.

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser usado com alimentos.
  • Via sonda: pode-se preparar sol oral a partir dos cpr para administração via sonda. No momento da administração: pausar a dieta enteral, irrigar a sonda com 10-30mL de água, administrar o medicamento e, ao término, irrigar novamente a sonda com água. Se o paciente receber mais de um medicamento, administrar um de cada vez, sempre irrigando a sonda com água (5-10mL) entre as administrações.

Interações medicamentosas.

  • Fenitoína, fenobarbital, primidona, raltitrexato: o ácido fólico pode reduzir os efeitos desses medicamentos.
  • Sulfassalazina: pode reduzir a absorção do ácido fólico.
  • Fenitoína, primidona, nitrofurantoína: esses medicamentos podem reduzir as concentrações plasmáticas do ácido fólico.
  • Raltitrexato: evitar o uso concomitante.

Lactação. Compatível.

 

Ácido micofenólico (ver Micofenolato)

Grupo farmacológico. Imunossupressor. Inibe a proliferação dos linfócitos B e T devido à inibição da desidrogenase iosina monofosfato, a qual inibe a síntese de novo nucleotídeo guanosina que é primordial para proliferação dessas células.

Apresentações. Cpr de 180, 360 e 500mg.

Usos. Profilaxia da rejeição no transplante renal, cardíaco ou hepático. Ainda com pouca evidência clínica de uso em glomerulopatias primárias e doenças autoimunes. Na nefropatia por lesões mínimas, pode ser usado com redução do uso de corticoide. Tem sido usado em glomerulopatias refratárias ao tratamento convencional.

Contraindicação. Gestação (categoria de risco D).

Posologia.

  • Adultos: Transplante renal: 1 g, 2x/dia, ou 720mg, 2x/dia, iniciando assim que possível após o transplante. Transplante cardíaco ou hepático: 1,5 g, 2x/dia.

Modo de administração.

  • Via oral: os cpr devem ser ingeridos com o estômago vazio para evitar variações na absorção do medicamento. No entanto, em pacientes com transplante renal estável, pode ser administrado com alimentos.
  • Via sonda: pacientes com dificuldade de deglutição ou em uso de sondas podem fazer uso da susp oral preparada a partir dos cpr de micofenolato mofetil em xarope. O micofenolato não pode ser triturado, pois é revestido e, se for triturado, pode obstruir a sonda. No momento da administração: preferencialmente, pausar a dieta enteral, irrigar a sonda com 10-30mL de água, administrar o medicamento e, ao término, irrigar novamente a sonda com água. Se o paciente receber mais de um medicamento, administrar um de cada vez, sempre irrigando a sonda com água (5- 10mL) entre as administrações. Também pode ser administrado via SNG.

Interações medicamentosas.

  • Aciclovir, ganciclovir, valaciclovir: pode ocorrer aumento da concentração sérica desses medicamentos.
  • Probenecida: pode ocorrer aumento das concentrações plasmáticas do micofenolato pela inibição da secreção tubular.
  • Antiácidos: pode resultar em redução nas concentrações plasmáticas do micofenolato, por isso não devem ser administrados juntos.
  • Colestiramina: pode resultar em redução de até 40% da biodisponibilidade e das concentrações plasmáticas do micofenolato.
  • Vacinas: pode ocorrer redução na eficácia.

Lactação. Não recomendado.

 

Adalimumabe

Grupo farmacológico. Imunossupressor; anticorpo monoclonal recombinante da imunoglobulina humana IgG1.

Apresentação. Seringas pré-preparadas com 40mg de 0,8mL.

Usos. Artrite reumatoide com danos estruturais progressivos e refratários a outros tratamentos, artrite psoriática ativa (moderada a grave), psoríase em placa, espondilite anquilosante, doença de Crohn que não responde ao tratamento convencional.

Contraindicação. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Adultos: Artrite reumatoide: 40mg, a cada 2 semanas. Espondilite anquilosante, artrite psoriática: 40mg/semana. Doença de Crohn: inicialmente, 160mg, divididos em 4 doses, em 1 ou 2 dias; depois, 80mg, a cada 2 semanas; manutenção: 40mg, a cada 2 semanas.

Modo de administração.

  • Via subcutânea: alternar os sítios de aplicação; preferir o abdome e a face anterior da coxa.

Interações medicamentosas.

  • Natalizumabe, vacinas (vírus vivo): podem ter seus níveis plasmáticos aumentados.
  • Vacinas (inativadas): podem ter seus níveis reduzidos.
  • Metotrexato: pode reduzir o clearance do adalimumabe.

Lactação. Não recomendado.

 

Aminofilina

Grupo farmacológico. Broncodilatador.

Apresentações. Cpr 100 e 200mg, fr-amp 10mL (24mg/mL).

Usos. Asma, doença pulmonar obstrutiva crônica.

Contraindicações. Hipersensibilidade a aminofilina ou a outro componente, arritmias não controladas.

Posologia.

  • Adultos: dose de ataque de 6mg/kg. Manutenção, em adultos jovens fumantes, 0,9mg/kg/h, e em adultos não fumantes, 0,7mg/kg/h. Pacientes mais idosos, ou com cor pulmonale, ICC, falência hepática – 0,25mg/kg/h.

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrado com ou sem alimentos;
  • Via sonda: o comprimido pode ser macerado e dissolvido em volume adequado de água para a administração (uso imediato). Administrar separadamente da dieta enteral;
  • Via endovenosa: diluir a dose do medicamento na concentração de 1mg/mL em SF 0,9% ou SG 5% e infundir em 20-30 minutos (0,36mg/kg/minuto) ou infusão contínua. Restrição hídrica e em bolo: 25mg/mL (não exceder 25mg/minuto);
  • Via intramuscular: não.

Interações medicamentosas.

  • Benzodiazepínicos: poderá ocorrer redução nos efeitos dos benzodiazepínicos. Monitorar o paciente quanto aos efeitos;
  • Albendazol, alopurinol, amiodarona, cimetidina, ciprofloxacino, claritromicina: podem desencadear aumento nos efeitos da aminofilina (náuseas, vômitos, palpitações, convulsões);
  • Carbamazepina, primidona, fenitoína, fenobarbital: poderá ocorrer diminuição nos efeitos da aminofilina.

Lactação. Compatível.

 

Amitriptilina

Grupo farmacológico. Antidepressivo tricíclico; age bloqueando os transportadores de noradrenalina, mais pronunciadamente, e de serotonina, em menor intensidade, aumentando a concentração desses neurotransmissores na fenda sináptica.

Apresentações. Cpr de 25 e 75mg; cpr revestidos de 25 e 75mg. Limbitrol®: cps gelatinosa dura de clordiazepóxido 5mg + amitriptilina 12,5mg.

Usos. Depressão, enurese noturna, fibromialgia, dor na neuropatia herpética e diabética, profilaxia de cefaleia.

Contraindicações. IAM recente, distúrbios da condução cardíaca, prostatismo ou retenção urinária, íleo paralítico, glaucoma de ângulo fechado, uso de IMAO nos últimos 14 dias.

Posologia.

  • Adultos: iniciar com 25mg/dia, VOvia oral, e aumentar 25mg a cada 2 ou 3 dias. As doses variam entre 75-300mg/dia no tratamento da depressão, sendo usada, em média, a dose de 150mg/dia. Pode ser administrada em dose única ao deitar. A retirada deve ser gradual, 25mg/mês. Para dor crônica, usar em doses baixas (em média, inicia-se com 25mg/dia, com dose usual de 100mg/dia).

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrada com ou sem alimentos.
  • Via sonda: pode-se preparar a susp oral a partir dos cpr para administração via sonda. No momento da administração: pausar a dieta enteral, irrigar a sonda com 10-30mL de água, administrar o medicamento e, ao término, irrigar novamente a sonda com água. Se o paciente receber mais de um medicamento, administrar um de cada vez, sempre irrigando a sonda com água (5-10mL) entre as administrações.

Interações medicamentosas.

  • Álcool: deve ser evitado, pois aumenta sintomas de depressão do SNC.
  • Colestiramina: reduz a absorção da amitriptilina.
  • Clonidina: pode ter seus efeitos reduzidos.
  • IMAOs e linezolida: podem desencadear síndrome serotoninérgica (hipertermia, mioclônus, alteração do estado mental).
  • Cimetidina, amprenavir, atazanavir, fluoxetina, fosamprenavir: podem aumentar os níveis séricos da amitriptilina, levando à toxicidade (visão borrada, retenção urinária, boca seca). Monitorar doses.
  • Cisaprida, amiodarona, astemizol, hidrato de cloral, cloroquina, eritromi- cina, claritromicina, fluconazol e fluoxetina: podem desencadear arritmias cardíacas e prolongamento do intervalo QT.
  • Baclofeno: pode desencadear perda de memória e de tônus muscular.

Lactação. Não recomendado.

 

Anlodipino

Grupo farmacológico. Antagonista dos canais de cálcio; hipotensor arterial; diidropiridínico (DHP).

Apresentações. Cpr de 2,5, 5 e 10mg.

Usos. HAS sistólica do idoso e como alternativa na HAS, isoladamente ou em associação com betabloqueadores e/ou diuréticos; angina estável.

Contraindicação. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Adultos: HAS: 2,5-10mg, 1x/dia. Angina: 510mg, VOvia oral, diariamente. Em idosos, iniciar com 2,5mg/dia. Dose máxima: 10mg/dia.

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrado com ou sem alimentos.
  • Via sonda: para pacientes com problemas de deglutição ou administração via sonda, pode-se preparar a susp oral (1mg/mL) a partir dos cpr ou diluir o cpr em água fria para uso imediato. No momento da administração: pausar a dieta enteral, irrigar a sonda com 10-30mL de água, administrar o medicamento e, ao término, irrigar novamente a sonda com água. Se o paciente receber mais de um medicamento, administrar um de cada vez, sempre irrigando a sonda com água (5-10mL) entre as administrações.

Interações medicamentosas.

  • Amifostina, nitroprussiato, fenitoína, rituximabe, tacrolimus: pode ocorrer aumento nos níveis séricos desses medicamentos.
  • Ciclosporina, dasatinibe, diazóxido, ritonavir, fluconazol: esses medicamentos podem elevar os níveis plasmáticos do anlodipino, podendo desencadear toxicidade.
  • Clopidogrel: o anlodipino pode reduzir os efeitos desse medicamento.
  • Carbamazepina, metilfenidato: esses medicamentos podem reduzir os efeitos esperados do anlodipino.

Lactação. Não recomendado.

 

Azatioprina

Grupo farmacológico. Agente citostático; antagoniza o metabolismo das purinas e pode inibir a síntese de DNA, RNA e proteínas; imunossupressor.

Apresentação. Cpr de 50mg.

Usos. Profilaxia da rejeição do transplante renal, artrite reumatoide ativa, nefrite lúpica e em várias glomerulopatias.

Contraindicação. Gestação.

Posologia.

  • Adultos: Transplante: iniciar com 3-5mg/kg, 1x/dia; manutenção: 1-3mg/kg, 1x/dia, em dose única diária. Artrite reumatoide: iniciar com 1mg/kg, 1x/dia, ou a mesma dose, em 2 tomadas, por 6-8 semanas; aumentar 0,5mg/kg a cada 4 semanas até obter resposta clínica ou até 2,5mg/kg/dia. Nefrites: 2mg/kg/dia para dose de ataque.

Modo de administração.

  • Via oral: os cpr devem ser ingeridos após as refeições.
  • Via sonda: os cpr podem ser dissolvidos em água fria e administrados imediatamente via sonda. Pode-se preparar uma susp oral a partir dos cpr para facilitar a administração por essa via. No momento da administração: pausar a dieta enteral, irrigar a sonda com 10-30mL de água, administrar o medicamento e, ao término, irrigar novamente a sonda com água. Se o paciente receber mais de um medicamento, administrar um de cada vez, sempre irrigando a sonda com água (5-10mL) entre as administrações.

Interações medicamentosas.

  • Enalapril, captopril: podem desencadear asma grave ou mielossupressão.
  • Bloqueadores neuromusculares: os efeitos desses medicamentos podem ser reduzidos.
  • Alopurinol, trastuzumabe, sulfametoxazol/trimetoprima: podem aumentar os níveis séricos da azatioprina, favorecendo o aparecimento de náusea, vômito, anemia ou leucopenia.
  • Mercaptopurina, natalizumabe, metotrexato e vacinas (vírus vivo): a azatioprina pode aumentar os níveis séricos desses medicamentos.
  • Ciclosporina, varfarina, femprocumona: podem ter seus efeitos reduzidos pela presença da azatioprina.

Lactação. Não recomendado.

 

Cálcio

Grupo farmacológico. Eletrólito.

Contraindicações. Hipercalcemia, hiperparatireoidismo primário, hipercalciúria grave, hipofosfatemia, sarcoidose, nefrocalcinose, nefrolitíase. Na DRC, os compostos de cálcio associados a outros fármacos, como vitamina D, bifosfonados ou outras vitaminas, não devem ser administrados. As for- mulações recomendadas são o carbonato de cálcio como suplemento ou como quelante do fósforo.

Modo de administração.

  • Via oral: verificar na Tabela 3 no livro Medicamentos de A a Z. Quando usados para correção de hipocalcemia, o medicamento deve ser ingerido preferencialmente fora das refeições. Como quelante de fósforo, deve ser administrado junto às refeições, com o objetivo de ligar-se ao fosfato dos alimentos, evitando sua absorção no intestino.
  • Via sonda: preferencialmente, administrar as forma líquidas via sonda, pois os comprimidos apresentam risco de obstrução.
  • Via endovenosa: Gluconato de cálcio: administrar lentamente a uma velo- cidade entre 0,7 a 1,8 mEq/minuto (cada ampola de 10% tem 0,465 mEg/mL). Pode ser via periférica direta, de 3-5 minutos ou 50-100mg/minuto e nas infusões, acima de 1 hora. Em parada cardíaca, de 10-20 segundos. Não administrar soluções que não estejam claras ou que contenham precipitados. Avalie a aparência do local a aplicação, pois o extravasamento pode causar celulite, necrose e escara.
  • Via intramuscular/subcutânea: Não.

Interações medicamentosas.

  • Verapamil, captopril, ciprofloxacino, dasatinibe, nilotinibe, itraconazol, propranolol: poderão ter seus efeitos antagonizados ou diminuídos pelo cálcio, prejudicando os efeitos esperados.
  • Digoxina: o cálcio poderá potencializar o efeito.
  • Inibidores da bomba de prótons: ocorre redução no efeito do cálcio, pela redução na absorção.

Lactação. Usar com precaução.

 

Ciclofosfamida

Grupo farmacológico. Imunossupressor. Agente citostático alquilante que previne a divisão celular por ligação ao DNA e inibição da sua síntese.

Apresentações. Frasco-ampola de 200 ou 1.000mg; drágeas de 50mg.

Usos. Profilaxia da rejeição de transplantes renais, cardíacos, hepáticos e de medula óssea; granulomatose de Wegener, síndrome nefrótica, desordens reumatológicas graves, LES, nefrite lúpica, anemia hemolítica autoimune, púrpura trombocitopênica trombótica, macroglobulinemia hemossidero- se pulmonar idiopática; leucemias agudas e crônicas, carcinomas, linfomas, micose fúngica avançada, sarcoma de Ewing, osteossarcoma e sarcoma de tecidos moles, tumores de células germinativas de ovário.

Contraindicações. Gestação (categoria de risco D), lactação, depressão medular.

Posologia.

  • Adultos: o esquema de administração varia de acordo com diferentes protocolos. Oral: 50-100mg/m2 como terapia contínua ou 400-1.000mg/ m2 em doses divididas durante 4-5 dias como terapia intermitente. IV dose única: 400-1.800mg/m2 (30-50mg/kg) por curso de tratamento (1-5 dias) que pode ser repetido em intervalos de 2-4 semanas. IV doses diárias contínuas: 60-120mg/m2 (1-2,5mg/kg) por dia.

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrado com ou sem alimentos. A administração com alimentos diminui os efeitos gastrintestinais.
  • Via sonda: considerar cuidados na manipulação de antineoplásicos. Os comprimidos podem ser dispersos em água para uso imediato ou pode-se preparar a suspensão oral a partir do injetável. Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via endovenosa: Bolo/push: a dose pode ser administrada sem diluição extra em soro. IV/intermitente: diluir a dose em 100-500mL de SF 0,9% ou SG 5% e administrar em 1 hora.
  • Via intramuscular: sim.
  • Via intraperitoneal/intrapleural: sim.

Interações medicamentosas.

  • Alopurinol: poderá ocorrer aumento da mielotoxicidade.
  • Clorpromazina, imipramina: ocorre aumento da concentração plasmática da cilcofosfamida, podendo levar a níveis tóxicos.
  • Succinilcolina: poderá ocorrer prolongamento do efeito de bloqueio.

Lactação. Contraindicado.

 

Clopidogrel

Grupo farmacológico. Antiplaquetário; age inibindo a ligação do difosfato de adenosina ao seu receptor glicoproteína IIb-IIIa nas plaquetas em sua forma ativa.

Apresentação. Comprimidos simples e comprimidos revestidos 75mg.

Usos. Redução de eventos aterotrombóticos em pacientes com história recente de IAM e AVE isquêmico; doença arterial periférica estabelecida; prevenção de complicações trombóticas em pacientes pós-ACTP com stent.

Contraindicações. Sangramento patológico ativo, como úlcera péptica ou hemorragia intracraniana; distúrbios da coagulação.

Posologia.

  • Adultos: Dose de ataque: 300-600mg, VOvia oral. Dose de manutenção: 75mg, VOvia oral, 1x/dia.

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrado com ou sem a presença de alimentos.
  • Via sonda: os comprimidos devem ser triturados e dispersados em água para administração (uso imediato) ou fazer uso da suspensão oral preparada a partir dos comprimidos. Administrar separadamente da dieta enteral.

Interações medicamentosas.

  • Varfarina, salicilatos, abciximabe, alteplase, citalopram: poderão ter seus efeitos aumentados (risco de sangramento e lesão gastrintestinal).
  • Dasatinibe, fitoterápicos (arnica, boldo), rifampicina, anti-inflamatórios não esteroides: os níveis séricos do clopidogrel poderão se elevar, aumentando risco de efeitos adversos.
  • Eritromicina, azitromicina, omeprazol, lansoprazol, anti-inflamatórios não esteroides, anlodipino, cloranfenicol, cimetidina: poderão diminuir os efeitos do clopidogrel.

Lactação. Não recomendado.

 

Dinitrato de isossorbida

Grupo farmacológico. Nitrato; vasodilatador venoso e coronariano, reduzindo a pré-carga e o consumo miocárdico de oxigênio.

Apresentações. Comprimidos de 5, 10mg; cápsulas de liberação prolongada de 40mg; comprimido sublingual de 2,5 e 5mg.

Usos. Tratamento e profilaxia da angina pectoris; ICC.

Contraindicações. Estenose aórtica, cardiomiopatia hipertrófica, hipotensão arterial.

Posologia.

  • Adultos: Sublingual – tratamento-padrão da dor anginosa: 2,5-10mg, a cada 5 min. Oral – profilaxia da crise anginosa: 5-40mg, 4x/dia. Cápsulas de liberação contínua: dose inicial de 40mg; geralmente, 40-80mg, 2-3x/dia, com intervalo livre de medicação de 12 h para evitar a indução de tolerância.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar em jejum, 1 hora antes ou 2 horas após os alimentos.
  • Via sonda: o comprimido de liberação imediata pode ser triturado e o seu conteúdo dissolvido em volume adequado de água para a administração via sonda. Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via sublingual: o comprimido sublingual deverá ser colocado sob a língua e mantido até completa dissolução do mesmo, sem engolir. Não partir e não triturar o comprimido sublingual.

Interações medicamentosas.

  • Sildenafil: risco aumentado de potencializar efeitos de hipotensão.

Lactação. Usar com precaução.

 

Donepezila

Grupo farmacológico. Inibidor da acetilcolinesterase.

Apresentações. Cpr revestidos de 5 e 10mg.

Uso. Demência leve a moderada na doença de Alzheimer.

Contraindicação. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Adultos: iniciar com 5mg/dia. A dose pode ser aumentada para 10mg/dia, após 46 semanas.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar o medicamento com ou sem alimentos, ao deitar.

Interações medicamentosas.

  • Cetoconazol: pode ocorrer aumento dos efeitos da donepezila, pelo aumento da sua biodisponibilidade.
  • Oxibutinina: o uso concomitante pode diminuir os efeitos da donepezila.
  • Succinilcolina: pode ocorrer prolongamento do bloqueio neuromuscular.

Lactação. Não recomendado.

 

Enalapril

Grupo farmacológico. Anti-hipertensivo. Inibidor da enzima conversora da angiotensina I.

Apresentações. Cpr de 2,5, 5, 10 e 20mg; cps de 5, 10 e 20mg. Maleato de enalapril + hidroclorotiazida (cpr 10 + 25mg; 20 + 12,5mg).

Usos. HAS, ICC, disfunção de ventrículo esquerdo pós-IAM.

Contraindicações. Estenose bilateral da artéria renal e angioedema, gestação no 2º e 3º trimestres (categoria de risco D).

Posologia.

  • Adultos: em HAS, a dose diária usual varia de 2,5-40mg/dia, VOvia oral, 1 ou 2x/dia. Em hipertensão renovascular, iniciar com 2,5-5mg. Em ICC, a dose inicial é 2,5-5mg, 1 ou 2x/dia (utilizar a menor dose inicialmente em pacientes com IR, hiponatremia ou ICC grave). Dose máxima: 40mg/dia.

Modo de administração.

  • Via oral: o medicamento pode ser administrado com ou sem a presença de alimentos.
  • Via sonda: preferencialmente, administrar a suspensão oral a partir dos cpr via sonda. Os cpr podem ser triturados e dispersos em volume adequado de água para a administração, sem perda de efeito (uso imediato). Administrar separadamente da dieta enteral.

Interações medicamentosas.

  • Azatioprina, ciclosporina, gluconato férrico, carbonato de lítio, rituximabe: o uso concomitante com enalapril poderá elevar os níveis séricos desses medicamentos, aumentando seus efeitos.
  • Diazóxido, furosemida, moclobemida, sais de potássio, espironolactona, sirolimus, hidroclorotiazida, clortalidona, trimetoprima: os efeitos do enalapril poderão se potencializar na presença desses medicamentos.
  • Hidróxido de alumínio, hidróxido de magnésio, metilfenidato, AINEs, salicilatos: os efeitos do enalapril poderão diminuir na presença desses medicamentos; monitorar efeitos.

Lactação. Não recomendado.

 

Fentanila

Grupo farmacológico. Analgésico opioide; atividade agonista sobre os receptores mü (mi).

Apresentações. Amp com 50μg/mL em 2, 5 ou 10mL; amp com 78,5mg em 2, 5 ou 10mL; adesivo transdérmico com 12, 25, 50, 75 e 100μg.

Usos. Analgesia para dor aguda e intensa, adjuvante na anestesia geral e regional, uso na dor crônica estabilizada (transdérmico).

Contraindicações. Aumento da pressão intracraniana, severa depressão respiratória, íleo paralítico, IR e IH grave, gestação com uso prolongado ou altas doses a termo (categoria de risco D).

Posologia.

  • Adultos: sedação/analgesia para pequenos procedimentos: 1 a 2μg/kg/ dose; a dose pode ser repetida em 30-60 minutos se necessário. Sedação contínua/analgesia: em bolo, 1 a 2μg/kg, seguida de infusão contínua de 0,5-1μg/kg/hora; titular manutenção de 1-3μg/kg/hora. Anestesia: 5-40μg/kg, IV.

Modo de administração.

  • Via endovenosa: pode ser usada em bolo (não é necessário diluir), em 3 a 5 minutos; doses acima de 5mcg/kg devem ser administradas em 5-10 minutos. Ou administrar em infusão contínua, conforme critério médico.
  • Via intramuscular: sim.
  • Via subcutânea: sim, como infusão contínua subcutânea (1mcg/kg/hora), diluída na concentração de 25-30mcg/mL.
  • Via transdérmica: aplicar o adesivo na pele íntegra e limpa (peito, costas, braço), evitar contato com calor. Pressionar o adesivo por 30 segundos. Trocar o adesivo a cada 72 horas.

Interações medicamentosas.

  • Nifedipino, nilodipino, desmopressina, selegina, moclobemida, fluoxetina, paroxetina: poderão ter seus níveis plasmáticos aumentados, podendo levar à toxicidade.
  • Clorpromazina, dasatinibe, nelfinavir, ritonavir, succinilcolina: os níveis plasmáticos da fentanila poderão aumentar na presença desses medicamentos.
  • Rifampicina: poderá diminuir os efeitos da fentanila.

Lactação. Não recomendada.

 

Fluoxetina

Grupo farmacológico. Antidepressivo; inibidor seletivo da recaptação da serotonina; bloqueio da bomba de recaptação da serotonina (5-HT1A, 5-HT2C e 5-HT3C) no terminal nervoso pré-sináptico, aumentando a disponibilidade desse neurotransmissor na fenda sináptica.

Apresentações. Cps, cpr simples ou revestidos de 10 e 20mg (28 cpr); solução oral (gotas) com 20mg/mL em frasco de 20mL; cps com microgrânulos gastrorresistentes de 90mg (Prozac Durapac®, Verotina S®).

Usos. Depressão e transtorno obsessivo-compulsivo. Transtorno de pânico, bulimia nervosa, transtorno disfórico pré-menstrual, transtorno de estresse pós-traumático, transtorno dismórfico corporal em adultos.

Contraindicações. Uso de IMAO nas duas últimas semanas (deve ser obedecido um intervalo de 5 semanas entre os fármacos se a fluoxetina está sendo usada e irá ser iniciado o IMAO).

Posologia.

  • Adultos: iniciar com dose de 20mg/dia, VOvia oral, pela manhã, e ir aumentando conforme a resposta ao tratamento. Nos idosos, pode ser necessário iniciar o tratamento com 10mg/dia. Na depressão, as doses necessárias são geralmente de 20-40mg/dia; na distimia, de 40mg/dia; no transtorno obsessivo-compulsivo, de 40-80mg/dia; na bulimia, 60mg/dia; no transtorno do pânico, 20mg/dia (iniciar com 5mg/dia para prevenir aumento da ansiedade e inquietude comuns no início do tratamento). As formulações com revestimento para absorção entérica lenta podem ser administradas 1x/semana (cps de 90mg).

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrado durante ou logo após as refeições para evitar efeitos gastrintestinais, ou pela manhã em dose única diária. O pó das cps e os cpr podem ser dispersos em água ou sucos para facilitar a administração oral.
  • Via sonda: preferencialmente, administrar a solução oral via sonda. Administrar separadamente da dieta enteral.

Interações medicamentosas.

  • Abciximab, celecoxib, clopidogrel, diclofenaco, dipiridamol, dipirona, varfarina, enoxaparina, heparina, indometacina, ácido mefenâmico, meloxicam, tenoxicam, naproxeno: o uso concomitante poderá aumentar os riscos de sangramento.
  • Metoprolol, propanolol: hipotensão, bradicardia, dificuldade respiratória.
  • Alprazolam, clozapina, diazepam, fenitoína: poderá aumentar os efeitos desses medicamentos, levando à toxicidade (sonolência, descoordenação motora, hipotensão, ataxia).
  • Carbamazepina: poderá aumentar os efeitos da carbamazepina, levando à toxicidade (sonolência, cefaleia, nistagmo, diplopia, vômitos, apneia, ataxia).
  • Aripiprazol: o uso concomitante poderá aumentar os efeitos do aripiprazol.
  • Amiodarona, amitriptilina, hidrato de cloral, clorpromazina, cloroquina, desipramina, eritromicina, fluconazol, haloperidol, octreotida, pimozida, quetiapina, tioridazina, sulfametoxazol/trimetoprima, ziprazidona: poderá resultar em efeitos de cardiotoxicidade (arritmias cardíacas, prolongamento do intervalo QT, torsades de pointes).
  • Gliburida, insulinas: hipoglicemia.
  • Claritromicina, zolpidem: o uso concomitante poderá resultar em delírio, alucinações.
  • Ciproeptadina: poderá reduzir a eficácia da fluoxetina.
  • Desipramina, nortriptilina, paroxetina: o uso concomitante poderá causar sensação de boca seca, retenção urinária, sedação.
  • Desvenlafaxina, venlafaxina, linezolida, carbonato de lítio, petidina, moclobemida, selegina, sibutramina: poderá desencadear síndrome serotoninérgica (hipertemia, hipertensão, mioclonus, confusão mental).
  • Valeriana, kava-kava, hypericum: pode ocorrer aumento da depressão do SNC.

Lactação. Não recomendado.

 

Furosemida

Grupo farmacológico. Diurético de alça; inibe o cotransportador Na+-K+-2Cl– na membrana luminal da porção espessa da alça de Henle.

Apresentações. Cpr de 40mg; amp com 10 ou 20mg/mL em 2mL.

Usos. Usado em pacientes com edema associado à ICC. Edema e ascite relacionados a hepatopatias. Edema/hipervolemia associada à síndrome nefrótica e IRC. O benefício na prevenção ou no tratamento da IR é duvidoso.

Contraindicações. Depleção grave de sódio e volume, anúria não responsiva a diurético.

Posologia.

  • Adultos: 40-320mg/dia, VOvia oral, 1-3x/dia. Dose injetável (IM ou EV): 20-40mg/dose.

Modo de administração.

  • Via oral: o medicamento pode ser administrado com alimentos ou leite para reduzir sintomas gastrintestinais.
  • Via sonda: os cpr podem ser triturados e dispersos em água ou pode-se preparar a suspensão oral a partir do cpr para administração via sonda. Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via endovenosa: Em bolo: direto sem diluir, em 1 a 2 minutos. IV/intermitente: diluir o medicamento em SF 0,9% ou SG 5% na concentração máxima de 10mg/mL. Administrar numa velocidade de 4mg/minuto (doses > 120mg) ou 0,5mg/kg/minuto (doses < 120mg) ou infusão contínua.
  • Via intramuscular: sim.

Interações medicamentosas.

  • Captopril, lisinopril, alopurinol, amifostina, amicacina, gentamicina, lítio, pancurônio, rituximab, salicilatos: a furosemida poderá aumentar os níveis plasmáticos desses medicamentos, podendo desencadear efeitos adversos.
  • Dexametasona, metilprednisolona, diazóxido, moclobemida, selegelina: os efeitos da furosemida poderão ficar potencializados na presença desses medicamentos.
  • Alisquireno, metilfenidato, fenitoína, salicilatos: poderão interferir nos efeitos da furosemida, reduzindo-os.

Lactação. Usar com precaução.

 

Hidroclorotiazida

Grupo farmacológico. Diurético tiazídico; inibe o cotransportador Na+-Cl- na membrana apical do túbulo distal.

Apresentações. Hidroclorotiazida (cpr de 25mg e 50mg); captopril + hidroclorotiazida (cpr de 50mg + 25mg); cloridrato de amilorida + hidroclorotiazida (cpr de 5mg + 50mg); lisinopril + hidroclorotiazida (cpr de 20mg + 12,5mg); losartana potássica + hidrclorotiazida (cpr de 50mg + 12,5mg; 100mg + 25mg); maleato de enalapril + hidroclorotiazida (cpr de 10mg + 25mg; 20mg + 12,5mg).

Usos. Manejo da HAS leve e moderada; tratamento do edema na ICC e na síndrome nefrótica.

Contraindicações. IR grave, pois pode precipitar azotemia; gestação (categoria de risco D).

Posologia.

  • Adultos: 12,5-50mg/dia, VOvia oral, a cada 24 h. Dose máxima de 200mg/dia.

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrado com a presença de alimentos, leite.
  • Via sonda: pode-se preparar a suspensão oral a partir dos cpr ou diluir o cpr em volume adequado de água para administração via sonda (uso imediato). Administrar separadamente da dieta enteral.

Interações medicamentosas.

  • Carbonato de cálcio: poderá resultar na síndrome do leite-álcali.
  • Captopril, enalapril, lisinopril: hipotensão postural na primeira dose.
  • Carbamazepina: poderá resultar em hiponatremia.
  • Ácido mefenâmico, celecoxibe, diclofenaco, dipirona, ibuprofeno, indometacina, meloxican, naproxeno, nimesulida, tenoxicam: poderá ocorrer decréscimo da eficácia diurética e anti-hipertensiva.
  • Colestiramina, metilfenidato, AINEs: o uso concomitante resulta em diminuição da eficácia de hidroclorotiazida.
  • Corticotropina, prednisolona: poderá resultar em hipocalemia.
  • Ciclofosfamida, fluoruracil, metotrexato: aumento nos riscos de mielossupressão.
  • Deslanosídeo, digoxina: risco de toxicidade digitálica.
  • Diazóxido, propranolol: poderá resultar em hiperglicemia.
  • Droperidol, sotalol: aumento do risco de cardiotoxicidade.
  • Ergocalciferol: decréscimo da disponibilidade de vitamina D sistêmica.
  • Fludocortisona, hidrocortisona, metilprednisolona, prednisona, refecoxibe, triancinolona: risco aumentado de hipocalemia e consequente arritmia cardíaca.
  • Glibenclamida: poderá ocorrer decréscimo da eficácia de glibenclamida, monitorar glicose.
  • Carbonato de lítio: aumento das concentrações de lítio e de seus efeitos tóxicos, monitorar.
  • Topiramato: aumento dos níveis de topiramato, risco de efeitos tóxicos.

Lactação. Usar com precaução.

 

Infliximabe

Grupo farmacológico. Anticorpo monoclonal quimérico inibidor de fator de necrose tumoral alfa que interfere na atividade endógena do FNT-alfa.

Apresentação. Frasco-ampola com 10mg/mL em 10mL.

Usos. Espondilite anquilosante (melhora dos sintomas e sinais); doença de Crohn (indução e manutenção da remissão com doença moderada a severa refratária a outros tratamentos; redução do número de fístulas e manutenção da sua cicatrização); artrite psoriática (melhora dos sintomas e sinais); artrite reumatoide (inibição da progressão da destruição estrutural; usado com metotrexato).

Contraindicações. Insuficiência cardíaca congestiva (NYHA classe III-IV), infecções graves (como tuberculose, sepse e infecções oportunistas).

Posologia.

  • Adultos: Espondilite anquilosante, doença de Crohn, colite ulcerativa e artrite psoriática: 5mg/kg nas semanas 0, 2 e 6 e, a partir de então, a cada 8 semanas. Na doença de Crohn, a dose pode ser aumentada até 10mg/kg em pacientes que responderam inicialmente e depois pararam de responder; se não ocorrer resposta clínica entre as semanas 0 e 6, considerar a descontinuação do tratamento. Artrite reumatoide: 3mg/kg nas semanas 0, 2 e 6 e, a partir de então, a cada 8 semanas (uso combinado com metotrexate). Espondilite anquilosante: 5mg/kg nas semanas 0, 2 e 6, seguido por 5mg/kg a cada 6 semanas posteriormente.

Modo de administração.

  • Via endovenosa: Bolo: não administrar. IV/intermitente: diluir a dose em 250mL de SF 0,9% ou na concentração máxima de 4mg/mL e administrar em 2-3 horas (lento, não mais que 2mL/min). Fazer uso de filtros de 1,2 micron, com baixa ligação às proteínas.
  • Via intramuscular: não.

Interações medicamentosas.

  • Trastuzumabe, abciximabe: a concentração plasmática do infliximabe poderá aumentar na presença desses medicamentos.
  • Tocilizumabe, abatacepte: o uso concomitante poderá aumentar risco de infecções; monitorar o paciente.
  • Vacinas: a resposta imunobiológica das vacinas poderá ser diminuída com o uso de infliximabe.

Lactação. Não recomendado.

 

Insulina Aspart

Grupo farmacológico. Hormônio pancreático.

Apresentações. Suspensão injetável com 100 U/mL em 10mL; refil para caneta aplicadora com 3mL.

Usos. DM tipos 1 e 2.

Contraindicações. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Adultos: DM 1: 3 aplicações por dia, imediatamente antes das refeições. Geralmente a dose total é utilizada 50-60% insulina lenta e 40-50% insulina rápida. DM 2: dose inicial: 0,1 U/kg em aplicação imediatamente antes das refeições.

Modo de administração.

  • Via endovenosa: pode ser administrada por via endovenosa para controle de hiperglicemia, diluindo-se a dose em 0,05-1 UI/mL em SF 0,9%, SG 5% ou SG 10%. Saturar o equipo com insulina por 30 minutos, antes da infusão, para evitar adsorção.
  • Via intramuscular: não.
  • Via subcutânea: sim, em sítios alternados. Também pode ser administrada em infusão subcutânea por bomba de infusão (não misturar com outras insulinas).

Interações medicamentosas.

  • Atenolol, clonidina, carvedilol, esmolol, fluoxetina, gatifloxacino, lítio, norfloxacino: poderá resultar em hipoglicemia, hiperglicemia ou hipertensão.
  • Glucomann, ginkgo biloba, hypericum, ginseng, levotiroxina, moclobemida, octreotida, selegilina: hipoglicemia.

Lactação. Compatível.

 

Insulina Detemir

Grupo farmacológico. Hormônio pancreático.

Apresentações. Frascos com 100 U/mL em 10mL; refil para caneta aplicadora 3mL.

Usos. DM tipos 1 e 2.

Contraindicações. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Adultos: DM 1: 1 ou 2 aplicações diárias. 50 a 75% da dose total diária deve ser insulina lenta. DM 2: dose inicial de 0,2 U/kg em 1 ou 2 aplicações diárias.

Modo de administração.

  • Via endovenosa: não.
  • Via intramuscular: não.
  • Via subcutânea: sim, em sítios alternados.

Interações medicamentosas.

  • Clonidina, carbonato de lítio, pentamidina, somatropina: o uso concomitante poderá resultar em hipoglicemia ou hiperglicemia.
  • Fluoxetina, octreotida, edeteato de cálcio: poderá ocorrer hipoglicemia.
  • Levotiroxina: poderá diminuir o efeito da insulina.

Lactação. Compatível.

 

Insulina Glargina

Grupo farmacológico. Hormônio pancreático.

Apresentações. Frascos com 100 U/mL em 10mL; refil para caneta aplicadora 3mL.

Usos. DM tipos 1 e 2.

Contraindicações. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Adultos: DM 1: dose única diária. 50 a 75% da dose total diária deve ser insulina lenta. DM 2: dose inicial de 0,2 U/kg em aplicação única diária.

Modo de administração.

  • Via endovenosa: não.
  • Via intramuscular: não.
  • Via subcutânea: sim, em sítios alternados.

Interações medicamentosas.

n Clonidina, carbonato de lítio, pentamidina, somatropina: o uso concomitante poderá resultar em hipoglicemia ou hiperglicemia.

n Fluoxetina, octreotida, edeteato de cálcio: poderá ocorrer hipoglicemia.

n Levotiroxina: poderá diminuir o efeito da insulina.

Lactação. Compatível.

 

Insulina Lispro

Grupo farmacológico. Hormônio pancreático.

Apresentação. Frascos com 100 U/mL em 10mL; refil para caneta aplicadora com 1,5 ou 3mL.

Usos. DM tipos 1 e 2.

Contraindicações. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Adultos: DM 1: 3 aplicações por dia, imediatamente antes das refeições. Geralmente a dose total é utilizada 50-60% insulina lenta e 40-50% insulina rápida. DM 2: dose inicial de 0,1 U/kg em aplicação imediatamente antes das refeições.

Modo de administração.

  • Via endovenosa: não.
  • Via intramuscular: não.
  • Via subcutânea: sim, em sítios alternados. Pode ser administrada em infusão subcutânea em bomba de infusão (não misturar com outras insulinas).

 

Interações medicamentosas.

  • Atenolol, clonidina, carvedilol, esmolol, fluoxetina, gatifloxacino, lítio, norfloxacino, ciprofloxacino, levotiroxina, pentamidina: poderão ocorrer hipoglicemia, hiperglicemia ou hipertensão.
  • Glucomann, ginkgo-biloba, hypericum, ginseng, levotiroxina, moclobemida, octreotida, selegilina, procarbazina: hipoglicemia.

Lactação. Compatível.

 

Insulina NPH

Grupo farmacológico. Hormônio pancreático.

Apresentação. Fr com 100 U/mL em 10mL e refil de caneta aplicadora com 1,5 ou 3mL.

Usos. DM tipos 1 e 2.

Contraindicações. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Adultos: DM 1: 2–3 aplicações por dia, antes do café da manhã, antes do almoço e às 22 horas. DM 2: dose inicial de 0,2U/kg aplicada às 22 horas. A dose pode ser aumentada conforme glicemias de jejum e pré-prandiais.

Modo de administração.

  • Via endovenosa: não.
  • Via intramuscular: não.
  • Via subcutânea: sim, em sítios alternados.

Interações medicamentosas.

  • Atenolol, clonidina, carvedilol, esmolol, fluoxetina, gatifloxacino, lítio, norfloxacino, ciprofloxacino, levotiroxina, pentamidina: o uso concomitante poderá resultar em hipoglicemia, hiperglicemia ou hipertensão.
  • Ginkgo-biloba, hypericum, ginseng, levotiroxina, moclobemida, octreotida, selegilina, procarbazina: hipoglicemia.

Lactação. Compatível.

 

Insulina regular

Grupo farmacológico. Hormônio pancreático.

Apresentação. Frasco com 100U/mL em 10mL e refil para caneta aplicadora com 3mL.

Usos. DM tipo 1, DM tipo 2, UTI, cetoacidose e síndrome hiperosmolar hiperglicêmica, hipercalemia.

Contraindicações. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Adultos: DM 1: 3 aplicações por dia, 40 minutos antes das refeições. Geralmente a dose total é utilizada 50-60% insulina lenta e 40-50% insulina rápida. DM 2: dose inicial de 0,1U/kg em aplicação 40 minutos antes das refeições. Em UTI, cetoacidose, síndrome hiperosmolar: uso endovenoso, em bomba de infusão, com dose inicial de 0,1U/kg/hora e com ajuste conforme glicemia capilar. Pode ser utilizado bolo de insulina regular de 0,15U/kg.

Modo de administração.

  • Via endovenosa: pode ser administrada por via endovenosa, em infusão contínua, diluindo-se a dose em 0,05-1UI/mL em SF 0,9%, SG 5% ou SG 10%. Saturar o equipo com insulina por 30 minutos antes da infusão para evitar adsorção.
  • Via intramuscular: sim.
  • Via subcutânea: sim (preferencial), em sítios alternados. Pode ser administrada em infusão subcutânea em bomba de infusão (não misturar com outras insulinas).

Interações medicamentosas.

  • Atenolol, clonidina, carvedilol, esmolol, fluoxetina, gatifloxacino, lítio, norfloxacino, ciprofloxacino, levotiroxina, pentamidina: poderão ocorrer hipoglicemia, hiperglicemia ou hipertensão.
  • Glucomann, ginkgo-biloba, hypericum, ginseng, levotiroxina, moclobemida, octreotida, selegilina, procarbazina: hipoglicemia.

Lactação. Compatível.

 

Ivermectina

Grupo farmacológico. Anti-helmíntico; imobiliza os organismos afetados, induzindo uma paralisia tônica da musculatura, por meio da ação nos canais de cloro.

Apresentação. Comprimido com 6mg.

Usos. Tratamento individual e em massa nas áreas endêmicas. Provável eficácia em quadros determinados pela migração tecidual de larvas de nematódeos, como na larva migrans visceral e na hiperinfecção e disseminação da estrongiloidose. Pediculose e escabiose não responsivas a tratamento tópico.

Contraindicações. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Adultos: 51 a 65kg – 2 comprimidos; 66 a 79kg – 2 e ½ comprimidos; acima de 80kg – 200µg/kg, dose única.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar o comprimido em jejum, com água.

Interações medicamentosas.

  • Varfarina: os valores do INR poderão se elevar na presença de ivermectina.

Lactação. Não recomendado.

 

Leflunomida

Grupo farmacológico. Anti-inflamatório; inibidor da síntese de pirimidina, pelo antagonismo diidrooratato desidrogenase.

Apresentações. Comprimidos revestidos de 10, 20 ou 100mg.

Usos. Artrite reumatoide ativa (ameniza os sintomas e retardada o dano estrutural).

Contraindicações. Gestação (categoria de risco X) e amamentação.

Posologia.

  • Adultos: Dose de ataque: 100mg, 1x/dia, por três dias consecutivos. Dose de manutenção: 20mg, 1x/dia.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar com ou sem a presença de alimentos.

Interações medicamentosas.

  • Carvão ativado, colestiramina: o uso concomitante reduz a resposta e eficácia da leflunomida.
  • Rifampicina: poderá aumentar a resposta e o efeito da leflunomida, monitorar efeitos.
  • Vacinas (todas): a leflunomida interfere na resposta imunológica da vacina.
  • Varfarina: poderá ocorrer aumento nos riscos de sangramento.
  • Metotrexato: ocorre aumento na hepatotoxicidade, monitorar transaminases.

Lactação. Contraindicado.

 

Metformina

Grupo farmacológico. Hipoglicemiante oral; biguanida.

Apresentações. Cpr simples de 850mg; cpr revestido de 500, 850mg e 1 g; cpr de liberação prolongada de 500 ou 750mg.

Usos. DM tipo 2.

Contraindicações. Insuficiência renal (TFG < 30mL/min), ou patologias agudas que possam alterar função renal (desidratação, febre, estados infecciosos ou hipóxicos graves) insuficiência hepatocelular, alcoolismo agudo ou crônico, cetoacidose, acidose lática ou situações que aumentam o risco de acidose lática (infecções graves, insuficiência cardíaca congestiva).

Posologia.

  • Adultos: Cpr de liberação imediata: iniciar com 500mg, 2x/dia, ou 850mg, 1x/dia. O aumento da dose deve ser feito semanalmente com o aumento de 500mg/dia ou 850mg/dia. Geralmente, não há resposta clínica com doses < 1.500mg/dia. Doses de até 2.000mg podem ser dadas 2 x ao dia. Acima de 2.000mg, a dose deve ser dividida em 3 tomadas, mas em geral não acrescenta benefício. Dose máxima: 2.550mg/dia. Cpr de liberação prolongada: dose inicial: 500-1.000mg, 1x/dia. Ajustes semanais de 500mg/dia. Dose máxima: 2.000-2.500mg, 1x/dia.
  • 10-16 anos: dose inicial: 500mg, 2x/dia. Ajustes de 500mg/dia devem ser feitos em intervalos semanais, em doses divididas. Dose máxima: 2.000mg/dia.

Modo de administração.

  • Via oral: o cpr de liberação imediata pode ser administrado com alimentos. A presença de alimentos minimiza possíveis efeitos adversos; administrar durante ou logo após as refeições. O cpr de liberação prolongada deve ser administrado com a refeição da noite.
  • Via sonda: para a administração via sonda, triturar e diluir o pó do cpr de liberação imediata (não pode ser o de liberação prolongada), em 10-20mL de água (uso imediato). Administrar separadamente da dieta enteral.

Interações medicamentosas.

  • Amilorida, cefalexina, cimetidina, digoxina, morfina, nadolol, nifedipino, ranitidina, topiramato, trimetoprima, vancomicina: o uso concomitante poderá aumentar os efeitos da metformina, levando à toxicidade (náuseas, vômitos, diarreia).
  • Levotiroxina: poderá resultar em diminuição dos efeitos da metformina.
  • Atenolol, carvedilol, ciprofloxacino, esmolol, levofloxacino, metoprolol, norfloxacino, propanolol, sotalol: poderá provocar hipotensão, hipertensão ou hipoglicemia.
  • Moclobemida, pargilina: poderá resultar em excessiva hipoglicemia e alterações no SNC.

Lactação. Não recomendado.

 

Metilprednisolona

Grupo farmacológico. Corticoide sistêmico.

Apresentações. Cpr de 4 ou 16mg; fr-amp com 40mg, 125mg, 500mg e 1.000mg + diluente; fr-amp com 40mg/mL em 1, 2 ou 5mL.

Usos. Tratamento anti-inflamatório ou imunossupressor em uma variedade de condições, incluindo as hematológicas, alérgicas, inflamatórias, neoplásicas, autoimunes. Imunodepressão (pulsoterapia). Lesões medulares agudas.

Contraindicações. Lesões virais ou fúngicas, administração de vacinas de vírus vivos, infecções graves não controladas (exceto choque séptico e meningite tuberculosa).

Posologia.

  • Adultos: anti-inflamatório ou imunossupressor: as doses habituais iniciais VOvia oral são de 4-60mg/dia, divididos em 1-4 vezes/dia, com posterior redução gradual; e IV (succinato) 10-40mg, em vários minutos. Pulsoterapia: 15 a 30mg/kg, IV, uma vez ao dia (durante 3 dias). Lesões medulares agudas: IV (succinato): 30mg/kg, 15 minutos, seguidos por 45 minutos de infusão contínua de 5,4mg/kg/hora por 23 horas. Asma grave: IV, 30-60mg/dose, 4 vezes ao dia.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar os cpr com ou sem a presença de alimentos. Pode ser antes ou logo após os alimentos, leite.
  • Via sonda: para a administração via sonda, triturar e diluir o pó do comprimido em volume de água adequado para a administração (uso imediato). Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via endovenosa (forma succinato somente): em bolo: doses menores (< 250mg) podem ser administradas em até 5 minutos, sem necessidade de diluir a dose em volume de soro (concentração máxima de 125mg/mL). IV/intermitente: a administração IV de altas doses (> 250mg) deve ser feita lentamente, de 30-120 minutos; a dose deve ser diluída, na concentração máxima entre 2,5-20mg/mL (ou 50-200mL), em SF 0,9% ou SG 5% para a infusão. Pulsoterapia: administrar em tempo ≥ 30 minutos.
  • Via intramuscular (forma acetato e succinato): sim.

Interações medicamentosas.

  • Anfotericina lipossomal, hidroclorotiazida: o uso concomitante poderá desencadear hipocalemia.
  • Aprepitanto, diltiazem, itraconazol: poderá aumentar os efeitos da metilprednisolona; monitorar efeitos de toxicidade.
  • Carbamazepina, fenobarbital, fenitoína, primidona, rifampicina: poderá diminuir os efeitos da metilprednisolona.
  • Ciprofloxacino, levofloxacino, norfloxacino: risco aumentado de ruptura de tendão.
  • Ácido acetilsalicíclico: risco aumentado de hemorragia e irritação gástrica.
  • Atracúrio, pancurônio, rocurônio: poderá diminuir o efeito desses medicamentos, prolongando fraqueza muscular e miopatia.
  • Quetiapina: poderá ocorrer diminuição no efeito da quetiapina.
  • Tacrolimus: poderá ocorrer aumento nos níveis séricos do tacrolimus, que devem ser monitorados.
  • Dicumarol, femprocumona, varfarina: risco de sangramento.
  • Vacinas: poderá provocar variações na resposta do imunobiológico.

Lactação. Usar com precaução.

 

Micofenolato (ver Ácido micofenólico)

Grupo farmacológico. Imunossupressor. Inibe a proliferação dos linfócitos B e T devido à inibição da desidrogenase iosina monofosfato, a qual inibe a síntese de novo nucleotídeo guanosina que é primordial para proliferação dessas células.

Apresentações. Cpr de 180, 360 e 500mg.

Usos. Profilaxia da rejeição no transplante renal, cardíaco ou hepático. Ainda com pouca evidência clínica de uso em glomerulopatias primárias e doenças autoimunes. Na nefropatia por lesões mínimas, pode ser usado com redução do uso de corticoide. Tem sido usado em glomerulopatias refratárias ao tratamento convencional.

Contraindicação. Gestação (categoria de risco D).

Posologia.

  • Adultos: Transplante renal: 1 g, 2x/dia, ou 720mg, 2x/dia, iniciando assim que possível após o transplante. Transplante cardíaco ou hepático: 1,5 g, 2x/dia.

Modo de administração.

  • Via oral: os cpr devem ser ingeridos com o estômago vazio para evitar variações na absorção do medicamento. No entanto, em pacientes com transplante renal estável, pode ser administrado com alimentos.
  • Via sonda: pacientes com dificuldade de deglutição ou em uso de sondas podem fazer uso da susp oral preparada a partir dos cpr de micofenolato mofetil em xarope. O micofenolato não pode ser triturado, pois é revestido e, se for triturado, pode obstruir a sonda. No momento da administração: preferencialmente, pausar a dieta enteral, irrigar a sonda com 10-30mL de água, administrar o medicamento e, ao término, irrigar novamente a sonda com água. Se o paciente receber mais de um medicamento, administrar um de cada vez, sempre irrigando a sonda com água (5-10mL) entre as administrações. Também pode ser administrado via SNG.

Interações medicamentosas.

  • Aciclovir, ganciclovir, valaciclovir: pode ocorrer aumento da concentração sérica desses medicamentos.
  • Probenecida: pode ocorrer aumento das concentrações plasmáticas do micofenolato pela inibição da secreção tubular.
  • Antiácidos: pode resultar em redução nas concentrações plasmáticas do micofenolato, por isso não devem ser administrados juntos.
  • Colestiramina: pode resultar em redução de até 40% da biodisponibilidade e das concentrações plasmáticas do micofenolato.
  • Vacinas: pode ocorrer redução na eficácia.

Lactação. Não recomendado.

 

Midazolam

Grupo farmacológico. Hipnótico; benzodiazepínico; modula a atividade dos receptores GABA-A.

Apresentações. Ampola com 5mg/mL em 3mL; ampola com 1mg/mL em 5mL; ampola com 5mg/mL em 10mL; cpr simples de 15mg; cpr revestidos de 7,5 e 15mg; solução oral com 2mg/mL em 10, 20, 30 e 120mL.

Usos. Insônia, sedação pré-procedimentos cirúrgicos e diagnósticos, indução e manutenção da anestesia, sedação prolongada em CTI, status epileticus.

Contraindicações. Glaucoma de ângulo estreito, miastenia gravis, insuficiência respiratória grave, gestação (categoria de risco D).

Posologia.

  • Adultos: indução do sono: 15mg, via oral (VOvia oral), ao deitar; em casos de insônia terminal, dose no meio da noite. Sedação pré-procedimentos: 15mg, VOvia oral, 30-60 minutos antes do procedimento; 0,07-0,08mg/kg 30-60 minutos antes, IM; 0,02-0,04mg/kg repetidos a cada 5 minutos conforme necessidade IV. Status epileticus: 0,2mg/kg em bolo, IV, até 5mg; ou 0,05-0,3mg/kg/h, IV; ou 5-10mg, IM. Sedação durante ventilação mecânica: dose de ataque de 0,01-0,05mg/kg, acompanhados de infusão de 0,02mg-0,1mg/kg/h.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar com o estômago vazio.
  • Via sonda: para a administração via sonda, fazer uso da solução oral, mas o comprimido pode ser triturado e dissolvido em volume adequado de água (uso imediato). Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via endovenosa: em bolo: diluir a dose na concentração de 1-5mg/mL em SF 0,9% ou SG 5%, administrar em 2-5 minutos; IV/intermitente: administrar lentamente (preferir bomba de infusão), diluir a dose na concentração máxima de 5mg/mL em SF 0,9% ou SG 5%.
  • Via intramuscular: sim, na concentração de 1mg/mL.
  • Via subcutânea: não.
  • Via intranasal: sim, utilizar seringa de 1mL e administrar em cada narina por 15 segundos.
  • Via intra-arterial: não.

Interações medicamentosas.

  • Amprenavir, aprepitanto, atazanavir, atorvastatina, cimetidina, claritromicina, darunavir, verapamil, efavirenz, eritromicina, fluconazol, fosamprenavir, itraconazol, nelfinavir, nilotinib, omeprazol, posaconazol, verapamil, voriconazol: o uso concomitante poderá resultar em aumento nos efeitos do midazolam (sedação excessiva, confusão mental, ataxia).
  • Carbamazepina, deferasirox, fenitoína, rifampicina, teofilina: os efeitos do midazolam poderão diminuir.
  • Carisoprodol, hidrato de cloral, codeína, dantroleno, fentanila, petidina, morfina, fenobarbital, primidona, tiopental: poderá ocorrer depressão respiratória.
  • Sevoflurano: poderá ocorrer potencialização dos efeitos anestésicos.
  • Talidomida: poderá ocorrer aumento na metabolização e no clearance do midazolam.

Lactação. Não recomendado.

 

Morfina

Grupo farmacológico. Analgésico opioide; atividade agonista sobre os receptores mü.

Apresentações. Comprimidos de 10 e 30mg; cápsulas de liberação prolongada de 30, 60 e 100mg; solução oral (gotas) com 10mg/mL em 60mL; ampola com 10mg/mL em 1mL (para uso parenteral); ampola com 0,2mg/mL em 1mL sem conservante; ampola com 1mg/mL em 2mL.

Usos. Dor de intensidade severa, aguda ou crônica, alívio da dor no IAM e da dispneia no edema agudo de pulmão; medicação pré-anestésica; tratamento da dor pós-operatória via IV, SC, raquidiana ou peridural.

Contraindicações. Pressão intracraniana elevada, depressão respiratória grave (na ausência de equipamentos para ressuscitação e suporte ventilatório), crise asmática, hipercarbia, obstrução aérea alta, doença renal e hepática severa, íleo paralítico diagnosticado ou suspeito, gestação com uso prolongado ou em altas doses a termo (categoria de risco D).

Posologia.

  • Adultos: Dor aguda: 10-30mg, VOvia oral, a cada 4 horas ou a cada 12 horas (para as formulações de liberação controlada); 2,5mg-20mg/dose, IV, SC e IM a cada 2-6 horas ou 10mg/dose a cada 4 horas (pacientes em uso prévio de opioides podem necessitar de doses maiores). Epidural: 1-4mg a cada 12-24 h via cateter peridural. Espinhal: 0,1 a 0,5mg.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar com ou sem a presença de alimentos. As cápsulas (não as de liberação controlada) podem ser abertas e seu conteúdo misturado em papas de frutas e pudins (uso imediato).
  • Via sonda: para a administração via sonda, administrar a solução oral. As cápsulas (não as de liberação prolongada) podem ser abertas e seu conteúdo dissolvido em 10mL de água para administração (uso imediato). Recomendado que seja administrado via sonda nasogástrica e gastrostomias. Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via endovenosa: Bolo: diluir a dose em SF 0,9% ou SG 5%, na concentração máxima de 0,5-5mg/mL, e administrar em 5 minutos ou mais; IV/ intermitente: diluir a dose em SF 0,9% ou SG 5%, na concentração máxima de 5mg/mL, e administrar em 15-30 minutos; IV/contínuo: diluir a dose em SF 0,9%, SG 5% ou SG 10%, na concentração máxima de 1mg/mL.
  • Via intramuscular: sim.
  • Via subcutânea: sim.
  • Via intratecal/epidural: utilizar somente morfina sem conservantes (preservativo); pode ser administrada sem diluir ou diluída em 5mL de SF 0,9%.

Interações medicamentosas.

  • Alprazolam, bromazepam, carisoprodol, hidrato de cloral, clordiazepóxido, clobazam, clonazepam, codeína, dantroleno, diazepam, fentanil, flunitrazepam, linezolida, lorazepam, petidina, midazolam, fenobarbital: o uso concomitante poderá resultar em depressão respiratória.
  • Moclobemida, selegilina, rasagilina: excessiva depressão do SNC e respiratória, hipotensão.
  • Clorpromazina, ciclosporina, linezolida: aumento na depressão do SNC.
  • Cimetidina: o uso concomitante poderá potencializar os efeitos da morfina.
  • Gabapentina, metformina: o uso com morfina poderá elevar os níveis séricos desses medicamentos.
  • Esmolol: poderá resultar em bradicardia e hipotensão.
  • Rifampicina: poderá diminuir os efeitos esperados da morfina, com perda de eficácia.

Lactação. Usar com precaução.

 

Prednisona

Grupo farmacológico. Corticoide sistêmico.

Apresentações. Cpr de 5 e 20mg.

Usos. Tratamento anti-inflamatório ou imunossupressor em uma variedade de condições, incluindo as hematológicas, alérgicas, inflamatórias, neoplásicas e autoimunes.

Contraindicações. Infecções fúngicas sistêmicas, varicela, infecção grave (exceto choque séptico e meningite tuberculosa).

Posologia.

  • Adultos: as doses são de 2,5 a 60mg/dia. A dose de reposição fisiológica para crianças e adultos é de 4-5mg/m2/dia e depende da condição a ser tratada e da resposta do paciente. A descontinuação do uso prolongado requer uma retirada gradual. Altas doses diárias são necessárias para controle de doenças severas. Em geral, usa-se 4-10 dias para algumas enfermidades alérgicas ou colagenoses. Doses habituais: asma: 1-2mg/kg/dia, divididos em 1-2x/dia, por 3-5 dias. Imunossupressão em transplante renal: 0,5-1mg/kg/dia, nas primeiras semanas, com redução gradual até a dose de manutenção de 5mg/dia. Pneumonia por Pneumocystis carinii: 40mg, 2x/dia, por 5 dias, seguidos por 40mg, 1x/dia, por 5 dias, seguidos por 20mg/dia, por 11 dias, ou até completar a antibioticoterapia. Tireotoxicose: 60mg/dia; quimioterapia: 20mg/dia a 100mg/m2/dia; artrite reumatoide: uso da menor dose possível (7,5mg/dia). Púrpura trombocitopênica idiopática: 60mg/dia, por 4-6 semanas. LES agudo: 1-2mg/kg/dia, divididos em 2-3 doses, na manutenção, passar para a menor dose possível, geralmente < 1mg/kg/dia, em dose única matinal. Síndrome nefrótica: 1-2mg/kg/dia, em adultos; em crianças, 2mg/kg/dia ou 60mg/m2/dia (máx. 80mg/dia) até negativar proteinúria por 3 dias consecutivos (máx. 28 dias); seguidos por 1-1,5mg/kg/dose ou 40mg/m2/dose por 4 semanas.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar o medicamento com ou sem a presença de alimentos.
  • Via sonda: para a administração via sonda, o comprimido pode ser triturado e seu conteúdo dissolvido em volume adequado de água (uso imediato) ou fazer uso da suspensão oral a partir dos cpr. Administrar separadamente da dieta enteral.

Interações medicamentosas:

  • Anfotericina B, hidroclorotiazida: o uso concomitante poderá resultar em risco de hipocalemia.
  • Ácido acetilsalicílico: o uso concomitante poderá resultar em aumento nos riscos de irritação gástrica.
  • Atracúrio, pancurônio, rocurônio: poderá resultar na diminuição da eficácia dos bloqueadores neuromusculares.
  • Vacinas: poderá resultar na variação das respostas imunobiológicas.
  • Carbamazepina, fenobarbital, fenitoína, primidona, rifampicina, somatropina: poderá resultar na diminuição dos efeitos da prednisona.
  • Fluconazol, isoniazida, itraconazol, ritonavir: poderá resultar no aumento dos efeitos da prednisona.
  • Ciprofloxacino, levofloxacino, norfloxacino: poderá potencializar risco de ruptura de tendão.
  • Ciclosporina, dicumarol, femprocumona, varfarina: poderá resultar no aumento dos efeitos desses medicamentos.
  • Quetiapina, nesostigmina, piridostigmina, tretinoína: poderá resultar na diminuição dos níveis plasmáticos desses medicamentos, diminuindo o efeito esperado.
  • Montelucaste: poderá resultar em edema periférico severo.

Lactação. Compatível.

 

Rituximabe

Grupo farmacológico. Imunossupressor; anticorpo monoclonal direcionado contra o antígeno CD20 dos linfócitos B.

Apresentações. Frasco-ampola com 100mg em 10mL; frasco-ampola com 500mg em 50mL.

Usos. Linfoma não Hodgkin (LNH) de células B, CD20-positivo de baixo grau ou folicular; LNH de células B CD20-positivo difuso; artrite reumatoide moderada ou severamente ativa, em combinação com metotrexato.

Contraindicações. Hipersensibilidade ao rituximabe ou a algum produto murino.

Posologia.

  • Adultos: LNH de células B, CD20-positivo de baixo grau ou folicular, recidivante ou refratário: 375mg/m2, semanal, por 4 a 8 semanas. Retratamento seguindo progressão da doença: 375mg/m2, semanal, por 4 semanas. LNH de células B CD20-positivo difuso e LNH de células B, CD20-positivo folicular, previamente não tratado: 375mg/m2 no 1º dia do ciclo quimioterápico, por até 8 doses. Artrite reumatoide: 1.000mg no 1º e no 15º dias, em combinação com metotrexato.

Modo de administração.

  • Via endovenosa: Bolo: não administrar. EV/intermitente: infusão inicial de 50mg/h; se não houver reação, pode-se aumentar a infusão 50mg/h a cada 30 min, chegando ao máximo de 400mg/h. Nas infusões subsequentes, se bem tolerado, iniciar com 100mg/h, aumentando a cada 30 min e podendo chegar até 400mg/h.
  • Via intramuscular: não.
  • Via subcutânea: não.

Interações medicamentosas.

  • Natalizumabe: os níveis plasmáticos e os efeitos do natalizumabe poderão aumentar na presença do rituximabe.
  • Abciximabe, anti-hipertensivos, trastuzumabe: os níveis plasmáticos e os efeitos do rituximabe poderão aumentar na presença desses medicamentos.
  • Atorvastatina: poderá diminuir os efeitos do rituximabe.
  • Cisplatina: poderá potencializar efeitos renais.
  • Vacinas: poderá ocorrer alteração na resposta do imunobiológico.

Lactação. Não recomendado.

 

Teofilina

Grupo farmacológico. Broncodilatador com propriedades anti-inflamatórias.

Apresentações. Cps de 100, 200 e 300mg; solução oral com 100mg/15mL em 200mL.

Usos. Tratamento de 2ª linha na asma e na DPOC. A teofilina deve ser usada apenas em pacientes asmáticos não adequadamente controlados com o uso da associação corticosteroide inalatório + beta-2-agonista de ação prolongada.

Contraindicações. Hipersensibilidade à teofilina ou a qualquer componente da fórmula.

Posologia.

  • Adultos: 100-200mg/dose, 4 x/dia ou 300mg/dose, 2x/dia, com liberação lenta.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar o medicamento com ou sem a presença de alimentos, com água ou suco de frutas. Cps de liberação lenta podem ser abertas e seu conteúdo misturado em pudins, gelatinas ou outros alimentos. Para evitar variação de nível sérico, administrar sempre da mesma forma em relação às refeições.
  • Via sonda: administrar a solução oral; pode-se diluir a dose em volume adequado de água fria para facilitar a administração (preferencialmente sonda nasogástrica). Cps de liberação lenta não podem ser administradas via sonda. Administrar separadamente da dieta enteral.

Interações medicamentosas.

  • Adenosina, alprazolam, bromazepam, clobazam, clonazepam, diazepam, carbonato de lítio, lorazepam, midazolam, nitrazepam, pancurônio: poderá ocorrer diminuição nos efeitos desses medicamentos.
  • Albendazol, alopurinol, amiodarona, azitromicina, cimetidina, ciprofloxacino, claritromicina, diltiazem, dissulfiram, efedrina, eritromicina, anticoncepcionais, imipenem/cilastatina, interferon, isoniazida, levofloxacino, metotrexato, norfloxacino, paroxetina, ranitidina, ticlopidina, verapamil: o uso concomitante poderá potencializar os efeitos de toxicidade da teofilina (náuseas, vômitos, palpitações, convulsões).
  • Carbamazepina, felodipino, isoproterenol, lansoprazol, fenobarbital, fenitoína, primidona, propanolol, rifampicina: poderá ocorrer diminuição nos efeitos da teofilina.
  • Tacrolimus: a administração concomitante com teofilina poderá aumentar os níveis plasmáticos do tacrolimus.

Lactação. Compatível.

 

Ticagrelor

Grupo farmacológico. Inibidor da indução de agregação plaquetária, antiplaquetário.

Apresentação. Comprimidos revestidos de 90mg.

Usos. Síndrome coronariana aguda na profilaxia de trombose, intervenção percutânea coronariana na profilaxia de trombose.

Contraindicações. História ou risco de hemorragia intracraniana, sangramentos patológicos, insuficiência hepática severa.

Posologia.

Adultos:

  • Síndrome coronariana aguda, profilaxia de trombose: 180mg de ticagrelor em associação com 325mg de ácido acetilsalicílico, dose de manutenção de 90mg de ticagrelor, duas vezes ao dia, em associação com 75 a 100mg de ácido acetilsalicílico.
  • Intervenção percutânea coronariana, profilaxia de trombose: 180mg de ticagrelor em associação com 325mg de ácido acetilsalicílico, dose de manutenção de 90mg de ticagrelor, duas vezes ao dia, em associação com 75 a 100mg de ácido acetilsalicílico.
  • Pacientes que receberam dose de clopidogrel: iniciar na dose de manutenção de 90mg de ticagrelor, duas vezes ao dia, em associação com 75 a 100mg de ácido acetilsalicílico.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar com um copo de água, sem considerar alimentos.

Interações medicamentosas.

  • Atazanavir, cetoconazol, claritromicina, indinavir, itraconazol, nelfinavir, ritonavir, saquinavir, voriconazol: uso concomitante pode causar aumento das concentrações plasmáticas de ticagrelor.
  • Carbamazepina, fenobarbital, fenitoína, rifampicina: uso concomitante pode diminuir as concentrações plasmáticas de ticagrelor.
  • Digoxina, lovastatina, sinvastatina: pode ocorrer aumento dos níveis plasmáticos desses medicamentos.

Lactação. Risco não determinado.

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