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EMERGÊNCIAS ONCOLÓGICAS

Autor: Adriana Pasmanik Eisencraft
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  • Introdução

A doença neoplásica na infância e na adolescência tem ganhado relevância e, em países industrializados, assim como no Brasil, já responde pela segunda causa de morte em crianças com idade superior a 1 ano.1 Dados nacionais indicam predomínio de leucemias (30,6%) e tumores de sistema nervoso central ([SNCsistema nervoso central] 16%), seguidos por linfomas (14%), neuroblastomas, retinoblastomas, tumores renais e germinativos, osteossarcomas e sarcomas de partes moles.1

Estima-se que 80% das crianças diagnosticadas com câncer sobrevivam. Quanto mais precoce o diagnóstico, melhor o prognóstico, ao passo que seu atraso implica maior morbidade e mortalidade.1–4 Nessa faixa etária, a doença tende a ter menor período de latência, crescimento rápido e invasivo, mas melhor resposta à terapia, com maior sobrevida, quando comparado à doença neoplásica em adultos.1,3,4

O tratamento da maioria das doenças malignas pediátricas baseia-se em quimioterapia (QTquimioterapia) e radioterapia (RTradioterapia), que resultam em destruição celular maciça, supressão da medula óssea, distúrbios hidreletrolíticos, entre outras complicações. Várias síndromes clínicas antecedem a condição crítica e levam o paciente a buscar assistência no pronto-socorro. Trazem sinais e sintomas inespecíficos, de curso lento, insidioso ou rápido, como astenia, febre, dor, inapetência, palidez, taquicardia, cefaleia, náuseas e vômitos, irritabilidade, disfunções sensório-motoras, sangramentos e choque, entre outros, e cabe ao médico da emergência, antes mesmo do oncologista, identificar e tratar tais condições rapidamente, evitando sequelas ou, até mesmo, o óbito.

  • Objetivos

Ao final da leitura deste artigo, o leitor será capaz de

 

  • reconhecer os principais distúrbios metabólicos envolvidos na síndrome de lise tumoral (SLTsíndrome de lise tumoral);
  • identificar medidas preventivas e as complicações da SLTsíndrome de lise tumoral;
  • identificar, prevenir e tratar a síndrome da hiperviscosidade sanguínea decorrente da hiperleucocitose;
  • reconhecer aspectos referentes à avaliação e ao tratamento da anemia e do sangramento;
  • identificar a neutropenia febril e instituir o tratamento precoce;
  • identificar, prevenir e tratar a síndrome do mediastino superior (SMSsíndrome do mediastino superior), a compressão de cordão espinal (CCEcompressão de cordão espinal) e a hipertensão intracraniana (HIChipertensão intracraniana) secundária ao câncer de SNCsistema nervoso central ou às complicações do tratamento;
  • identificar as emergências gastrintestinais (GIgastrintestinals) e discorrer sobre as medidas terapêuticas apropriadas.

 

  • Esquema conceitual
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