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OSTEOMIELITE E ARTRITE SÉPTICA

Autores: Gilberto Pascolat, Inaê Deprá Savoldi, Débora Dal Pozzo, Ana Paula Cauduro Couto, Gisele Cristine Schelle
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  • Introdução

O termo osteomielite foi apresentado pela primeira vez em 1844, por Auguste Nelaton; porém, as infecções musculoesqueléticas já eram descritas entre as primeiras doenças da história da Medicina desde Hipócrates.1

As infecções osteomusculares podem se apresentar, entre outros cenários, de diversas maneiras, como:

 

  • complicações de uma fratura exposta;
  • forma aguda hematogênica ou crônica;
  • acometimento vertebral;
  • consequência de pé diabético;
  • consequência de hemodiálise;
  • anemia falciforme;
  • doença de Gaucher;
  • complicações causadas por fungos.

Em países desenvolvidos, a frequência de infecções osteomusculares é de 8 a cada 100 mil crianças ao ano; contudo, é ainda mais comum em países subdesenvolvidos, onde pode chegar a 200 casos a cada 100 mil crianças.2–4 Na maioria dos artigos publicados, não existe distinção entre gêneros, embora alguns relatem que a doença é mais comum entre o sexo masculino.

A idade média de diagnóstico da osteomielite varia em torno dos 6 anos de idade, mas pode ocorrer em qualquer idade, ainda que seja menos comum em adolescentes — quando presente nessa faixa etária, geralmente tem relação com microtraumas e atividades físicas. A doença pode ser fatal ou apresentar diversos níveis de sequelas, principalmente quando o diagnóstico é tardio.

No Hospital Universitário Evangélico de Curitiba (HuecHospital Universitário Evangélico de Curitiba), em revisão dos casos internados nos últimos anos, observou-se prevalência do sexo masculino, com 69,6% dos casos. A idade dos pacientes variou de 0,03 (13 dias de vida) a 14 anos, com média de 4,8 anos de idade. O paciente de 13 dias de vida nasceu no HuecHospital Universitário Evangélico de Curitiba, recebeu alta e retornou em decorrência de quadro de febre, evoluindo com osteomielite de quadril, condição configurada como infecção neonatal precoce por Staphylococcus aureus multissensível.

Neste artigo, serão discutidos o diagnóstico e a conduta dos quadros de osteomielite e artrite séptica no atendimento de emergência no pronto-socorro. As doenças não devem ser subestimadas, pois podem levar a quadro de sepse, sequelas por destruição óssea ou articular, alterações de crescimento e até mesmo óbito em casos malconduzidos.

  • Objetivos

Ao final da leitura deste artigo, o leitor será capaz de

 

  • discorrer sobre as definições de osteomielite e artrite séptica;
  • identificar a fisiopatologia da osteomielite e da artrite séptica;
  • reconhecer os agentes causadores de osteomielite e artrite séptica no atendimento de emergência;
  • discutir o diagnóstico e a conduta nos quadros de osteomielite e artrite séptica;
  • identificar o tratamento para os casos de osteomielite e artrite séptica.

 

  • Esquema conceitual
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