- Introdução
A síndrome do choque tóxico (SCTsíndrome do choque tóxico) foi descrita inicialmente em 1978, por Todd e colaboradores, sendo associada a infecções causadas por cepas específicas de Staphylococcus aureus, produtoras de exotoxinas bacterianas que, no organismo humano, agem como superantígenos.1–6
Na década de 1980, o número de diagnósticos da SCTsíndrome do choque tóxico vinculados ao uso de absorventes internos por mulheres em idade fértil era de aproximadamente 3,7 casos a cada 100 mil mulheres menstruadas com idades entre 15 e 24 anos. O aumento significativo está relacionado a condições favoráveis à produção da toxina 1 pelo estafilococo (TSST-1toxina 1 pelo estafilococo), presente no canal vaginal durante o período menstrual.1,3,4
Com o decorrer dos anos, estudos epidemiológicos apontaram outros possíveis sítios como foco da infecção pelo Staphylococcus aureus e, consequentemente, da SCTsíndrome do choque tóxico.1,4 Já em 1983, foram observadas toxinas similares no estreptococo β-hemolítico do grupo A (em inglês, Streptococcus β-hemolyticcus group A [SBHGAestreptococo β-hemolítico do grupo A]) e, então, foi aventada a hipótese de uma síndrome semelhante nas infecções por esse grupo de bactérias. Em 1987, houve relato da SCTsíndrome do choque tóxico estreptocócica em dois pacientes com diagnóstico de celulite, confirmando, então, essa suspeita.1,2,5
- Objetivos
Ao final da leitura deste artigo, o leitor será capaz de
- identificar precocemente a ocorrência de SCTsíndrome do choque tóxico;
- diferenciar SCTsíndrome do choque tóxico estafilocócica de SCTsíndrome do choque tóxico estreptocócica por meio das formas de apresentação e dos critérios diagnósticos;
- identificar os sinais de gravidade da SCTsíndrome do choque tóxico;
- reconhecer o manejo inicial e o seguimento do paciente com diagnóstico de SCTsíndrome do choque tóxico.
- Esquema conceitual