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ENCEFALITES VIRAIS

Autores: Tiago Chagas Dalcin, Alessandra Marques Pereira, Jefferson Pedro Piva
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Introdução

A encefalite, apesar de relativamente incomum, é uma síndrome neurológica potencialmente grave que afeta tanto crianças previamente hígidas como crianças com imunodeficiências, e a encefalite viral aguda é causa importante de morbidade e mortalidade em pediatria.

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A encefalite pode ser definida como síndrome de disfunção neurológica, com evidência clínica de disfunção cerebral, causada por processo inflamatório do parênquima cerebral.

A tríade de febre, confusão mental e crises convulsivas levanta a suspeita diagnóstica de encefalite aguda; porém, a encefalite possui diversas formas de apresentação e diagnósticos diferenciais, o que pode ser desafiador.

A etiologia da encefalite permanece indefinida na maioria dos pacientes. Naqueles pacientes com etiologia definida, os vírus são a principal causa identificada.

A importância do manejo adequado de um caso suspeito de encefalite viral aguda deve-se justamente ao fato de que algumas encefalites possuem tratamento específico, sobretudo as encefalites herpéticas, e o reconhecimento precoce, bem como o tratamento, podem melhorar o desfecho. Da mesma forma, a demora no diagnóstico e no tratamento leva a um pior prognóstico.

Na avaliação diagnóstica, para aumentar as chances de sucesso do diagnóstico etiológico, diversas pistas clínicas e epidemiológicas devem ser levadas em consideração, tais como história vacinal, exposição a picadas de insetos e história de viagem recente. Atualmente, o pediatra conta com o auxílio de ferramentas diagnósticas laboratoriais, como cultura e análise (por exemplo, o teste de detecção de antígeno ou ácido nucleico viral – reação em cadeia da polimerase – CRPproteína C-reativa, do inglês polimerase chain reaction) em fluídos corporais, sobretudo sangue e líquido cefalorraquidiano (LCRlíquido cefalorraquidiano), e de neuroimagem, sobretudo tomografia computadorizada (TCtomografia computadorizada) e ressonância nuclear magnética (RNMressonância nuclear magnética) de encéfalo.

Objetivos

Ao final do artigo, o leitor poderá:

 

  • definir encefalopatia e encefalite;
  • reconhecer a incidência e as principais causas de encefalite em pediatria (etiologias virais de encefalite aguda em pediatria e doenças que simulam encefalite viral aguda em pediatria);
  • reconhecer a abordagem sistemática de caso suspeito de encefalite viral aguda;
  • identificar as principais ferramentas diagnósticas para encefalite viral aguda;
  • indicar os principais tratamentos disponíveis para casos de encefalite viral aguda.

Esquema conceitual

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