■ Introdução
Nos últimos anos, a ventilação mecânica não invasiva (VMNIventilação mecânica não invasiva) vem ganhando espaço no manejo de diversos tipos de insuficiência respiratória aguda e crônica. O objetivo primário é manter a barreira fisiológica da glote e reduzir os riscos inerentes à intubação traqueal, necessários para a ventilação mecânica invasiva (VMIventilação mecânica invasiva).1 Sua aplicação em crianças começou no início dos anos 1990 nos EUA, e, desde então, sua utilização vem se tornando rotineira.2
A introdução do uso da VMNIventilação mecânica não invasiva na rotina da unidade de terapia intensiva pediátrica (UTIPunidade de terapia intensiva pediátrica) vem contribuindo para a redução do número de traqueostomias, diminuindo a necessidade de intubação endotraqueal e possibilitando um desmame e uma extubação mais precoces. Essa prática pode proporcionar um impacto positivo na qualidade de vida, evitando possíveis danos na traqueia e nas cordas vocais.3
Existe uma variedade de dispositivos e materiais para o uso na VMNIventilação mecânica não invasiva. Um dos elementos-chave para a VMNIventilação mecânica não invasiva é a interface com o paciente. Uma interface confortável pode determinar o sucesso do sistema de VMNIventilação mecânica não invasiva, especialmente na criança cuja cooperação é limitada. Tão fundamentais quanto a escolha dos equipamentos a serem utilizados, a estratégia ventilatória e a decisão do momento de início da terapia podem ser decisivos no desfecho.
■ Objetivos
Ao final do artigo, o leitor poderá:
- ■ identificar os diferentes equipamentos de VMNIventilação mecânica não invasiva, com suas indicações e limitações;
- ■ caracterizar as diferentes interfaces para a VMNIventilação mecânica não invasiva em pediatria;
- ■ discutir as principais indicações para VMNIventilação mecânica não invasiva;
- ■ definir as principais estratégias de VMNIventilação mecânica não invasiva ajustadas às necessidades de cada indicação.
■ Esquema conceitual