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ESCOLIOSE DEGENERATIVA DO ADULTO

Autores: Cristiano Magalhães Menezes, Germano Senna Oliveira do Valle
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  • Introdução

A escoliose do adulto é definida como uma deformidade da coluna vertebral em que se observa um ângulo de Cobb maior do que 10 graus no plano coronal, em paciente esqueleticamente maduro.1,2 Denomina-se escoliose degenerativa a deformidade de novo do adulto que se deve à degeneração discal e facetária.

A escoliose em um esqueleto maduro pode ser de desenvolvimento recente, também chamada escoliose de novo, sem nenhum precedente de doença na juventude. Ou, ainda, pode ser secundária a uma escoliose idiopática, presente desde a infância ou adolescência, tornando-se sintomática na idade adulta.2,3 Essas alterações são responsáveis pelo desvio coronal e rotatório,2 especialmente entre as vértebras da coluna lombar, responsáveis pelo maior suporte de peso junto ao eixo do corpo. Geralmente, a deformidade inicia-se a partir da deterioração do disco intervertebral, com subsequente degeneração e perda da competência dos elementos posteriores, especialmente das facetas.4

Deve-se destacar que alterações de perda do contorno da coluna lombar no plano sagital (hipolordose) são não só frequentes como responsáveis por grande parte da sintomatologia apresentada por esses pacientes. Diferentemente das escolioses idiopáticas e neuromusculares, em que a curva maior geralmente se encontra na coluna torácica ou toracolombar, a curva da escoliose degenerativa é tipicamente lombar.5,6

A prevalência da escoliose na idade adulta varia na literatura entre 1,4 e 29,4% da população, e aumenta com a idade. A proporção dessa deformidade entre homens e mulheres pode ser indicada grosseiramente como 1:1 e raramente está presente antes dos 40 anos de idade, com idade média de apresentação de 70,5 anos no momento do diagnóstico.1,3,4 Um aumento global do número de casos é observado recentemente, em virtude das mudanças demográficas que apontam para o envelhecimento da população.

  • Objetivos

Ao final da leitura desse artigo, o leitor será capaz de:

 

  • reconhecer a escoliose degenerativa do adulto, clínica e radiograficamente;
  • entender as diferenças entre essa deformidade e os outros tipos de escoliose;
  • conhecer os fatores de risco para progressão;
  • conhecer e saber indicar a melhor estratégia terapêutica para cada caso.
  • Esquema conceitual

ATIVIDADE

1. Como conduzir a avaliação clínica do paciente adulto com escoliose? Compare sua resposta com o texto a seguir.

 

2. O que se deve observar no aspecto posterior do paciente adulto com escoliose? Compare sua resposta com o texto a seguir.

 

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