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ESTRATÉGIAS DE CUIDADOS MÍNIMOS NO RECÉM-NASCIDO PRÉ-TERMO

Autores: Saskia Maria Wiegerinck Fekete, Maria Regina Bentlin, Simone Manso de Carvalho Pelicia
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  • Introdução

Os avanços tecnológicos, evidenciados nas últimas décadas, propiciaram o aumento da sobrevida de recém-nascidos pré-termo (RNPTrecém-nascido pré-termos) com idade gestacional (IGidade gestacional) e peso de nascimento (PNpeso de nascimento) cada vez menor. Entretanto, a incidência de problemas relacionados ao neurodesenvolvimento e às desabilidades entre os sobreviventes continua sendo um desafio não só para neonatologistas como para todos os profissionais envolvidos no cuidado ao RNPTrecém-nascido pré-termo extremo.

Vários fatores contribuem para o prognóstico desfavorável desses RNPTrecém-nascido pré-termos, além da IGidade gestacional e do PNpeso de nascimento. Entre eles, destaca-se a gravidade de algumas doenças, como:1

 

  • sepse;
  • enterocolite necrosante (ECNenterocolite necrosante);
  • presença de displasia broncopulmonar (DBPdisplasia broncopulmonar);
  • retinopatia da prematuridade (ROPretinopatia da prematuridade);
  • presença de lesão cerebral, especialmente leucomalácia periventricular (LPVleucomalácia periventricular);
  • hemorragia peri-intraventricular (HPIVhemorragia peri-intraventricular).

Os RNPTrecém-nascido pré-termos, especialmente os muito pré-termo (nascidos entre 28 e 32 semanas de IGidade gestacional) e os RNPTrecém-nascido pré-termos extremos (menores de 28 semanas)2 apresentam, ao nascer, uma interrupção no desenvolvimento de seus órgãos e sistemas, particularmente das estruturas cerebrais que podem afetar o desenvolvimento dos sistemas sensoriais.

Este artigo tem como objetivo abordar as principais estratégias de cuidados mínimos ao RNPTrecém-nascido pré-termo extremo que visam à redução da HPIVhemorragia peri-intraventricular e, consequentemente, à melhoria do prognóstico neurológico no contexto do atendimento humanizado.

  • Objetivos

Ao final da leitura deste artigo, o leitor será capaz de:

 

  • compreender a importância do atendimento ao RNPTrecém-nascido pré-termo de forma individualizada, integrada e humanizada;
  • identificar o RNPTrecém-nascido pré-termo de maior risco para alterações de neurodesenvolvimento e comportamento;
  • identificar as morbidades maiores que se relacionam com alterações de neurodesenvolvimento;
  • identificar as práticas assistenciais que melhoram o prognóstico neurológico de RNPTrecém-nascido pré-termos;
  • reconhecer os fatores associados à HPIVhemorragia peri-intraventricular;
  • identificar os efeitos nocivos do ambiente da unidade de tratamento intensivo neonatal (UTINunidade de tratamento intensivo neonatal) e propor melhorias;
  • reconhecer as vantagens do Neonatal Individualised Developmental Care and Assessment Programme (NIDCAPNeonatal Individualised Developmental Care and Assessment Programme) e do Método Canguru;
  • propor estratégias de cuidados mínimos ou manipulação mínima.
  • Esquema conceitual
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