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ESTRESSE OXIDATIVO NA GESTAÇÃO: IMPLICAÇÕES NA SAÚDE MATERNO-FETAL E INFLUÊNCIA DO CONSUMO ALIMENTAR DE ANTIOXIDANTES

Autores: Alanna Lira Ataide Vanderlei, Marilene Brandão Tenório Fragoso, Micaely Cristina dos Santos Tenório, Alexandra Rodrigues Bezerra, Alane Cabral Menezes de Oliveira
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Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

 

  • reconhecer o processo de estresse oxidativo na gestação;
  • identificar as implicações do estresse oxidativo na saúde materno-fetal;
  • correlacionar os principais compostos antioxidantes advindos da dieta e suas respectivas fontes alimentares;
  • descrever a influência do consumo de antioxidantes sobre o estresse oxidativo da gestação.

Esquema conceitual

Introdução

No período da gestação, ocorrem diversas alterações fisiológicas no organismo materno que objetivam atender às necessidades do complexo materno-fetal e promover o adequado desenvolvimento infantil.1 Entre as mudanças do ciclo gravídico, há o aumento do estresse oxidativo, induzido por uma resposta inflamatória sistêmica e fisiológica dessa fase, que culmina em grandes quantidades circulantes de espécies reativas de oxigênio e nitrogênio (ERONs).2

O mecanismo tem por objetivo a adequada perfusão sanguínea nos tecidos, incluindo o feto e a placenta, que é rica em mitocôndrias e altamente vascularizada, por ser o órgão responsável pelas trocas de oxigênio e nutrientes entre os sistemas circulatórios da mãe e do bebê.3

Apesar do importante papel das ERONs como mensageiros celulares, um possível desequilíbrio entre seu sistema gerador e o sistema de defesa antioxidante, que vai além do estresse fisiológico do ciclo gravídico, caracteriza o estresse oxidativo ou desbalanço redox, que, por sua vez, está associado a desfechos perinatais adversos à saúde materno-fetal, como, entre outros, os seguintes:2,4

 

  • parto prematuro;
  • pré-eclâmpsia (PE);
  • restrição do crescimento intrauterino (RCIU);
  • abortos espontâneos;
  • diabetes melito gestacional (DMG).

O sistema de defesa antioxidante é classificado em enzimático e não enzimático. O último engloba os antioxidantes dietéticos, que seriam aqueles fornecidos pela alimentação, entre os quais é possível destacar os carotenoides, as vitaminas C e E, além dos oligoelementos zinco (Zn), selênio (Se) e cobre (Cu), e os fitoquímicos, a exemplo dos flavonoides e do licopeno.5

A adequada ingestão de antioxidantes é capaz de auxiliar na prevenção de agravos gestacionais relacionados ao estresse oxidativo exacerbado, enfatizando a importância de uma alimentação equilibrada e que atenda às necessidades nutricionais maternas e fetais nesse ciclo da vida.

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