Objetivos
Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de
- identificar a gravidade e reconhecer o processo diagnóstico da criança com estridor;
- distinguir laringomalácia de outras causas de estridor;
- discutir diagnósticos e/ou complicações que necessitem de manejo imediato;
- orientar os pais e encaminhar o paciente a outros especialistas, segundo a indicação;
- identificar medidas de apoio sempre que necessário.
Esquema conceitual
Introdução
Estridor é o som gerado pela turbulência do ar durante passagem por local parcialmente obstruído das vias aéreas (VA). Pode ser inspiratório, expiratório ou bifásico. Tal característica depende da localização e do tipo de alteração na árvore respiratória.
O estridor inspiratório é geralmente causado por obstrução alta (supraglótica e glótica); o expiratório, por obstrução mais baixa (traqueia cervical e brônquios). Causas fixas e/ou envolvendo a região subglótica provocam comumente estridor bifásico. É importante diferenciá-lo de outros ruídos respiratórios, como o sibilo e o ronco.
A sibilância é um som similar a um assovio audível durante a expiração e geralmente se deve à doença pulmonar. O ronco (estertor) é principalmente inspiratório, mas com timbre mais grave, e em crianças é tipicamente causado por hiperplasia adenotonsilar.