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PRINCÍPIOS DA VENTILAÇÃO PULMONAR MECÂNICA INVASIVA E NÃO INVASIVA

Autor: Francisco Bruno
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Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

 

  • identificar os sinais de insuficiência respiratória;
  • definir o método ventilatório mais adequado (invasivo ou não invasivo) a depender da circunstância;
  • reconhecer os parâmetros iniciais de ventilação pulmonar mecânica (VPM);
  • discutir os parâmetros ventilatórios conforme a situação apresentada.

Esquema conceitual

Introdução

A ventilação pulmonar se refere a um procedimento invasivo temporário que salva vidas, observado especialmente em unidade de terapia intensiva (UTI) ou bloco cirúrgico. Sua utilização tem aumentado na área da emergência, pela complexidade dos pacientes, por necessidade imediata e/ou por falta de leito em UTI.1

Esse aumento não diz respeito à observação de uma realidade local, brasileira, e sim mundial. A aglomeração nas emergências, que muitas vezes provoca atraso no diagnóstico e no manejo, é a rotina do dia a dia do emergencista. Aglomeração é habitual nas emergências de adulto, porém ocorre ocasionalmente, especialmente nos períodos de inverno (frio), nas emergências pediátricas.1

A VPM é um procedimento atípico na emergência pediátrica e, como resultado, a equipe muitas vezes enfrenta desafios em razão da falta de treinamento e familiaridade com o cuidado específico exigido por crianças submetidas a esse procedimento, o que pode gerar considerável estresse na equipe.

Em contraste, em pacientes adultos submetidos à VPM, há relatos de que os parâmetros do ventilador muitas vezes não são ajustados após a configuração inicial. Nessas circunstâncias, é comum utilizar oxigênio em concentrações elevadas (100%), mas os pacientes não recebem ventilação protetora, incluindo ajustes como pressão expiratória positiva final (PEEP), limitação de volume corrente e pressão inspiratória.1,2

A manutenção da via aérea artificial em crianças nem sempre é realizada com o equipamento mais adequado. O cuidado oferecido nas UTIs pediátricas (UTIPs), que inclui o uso de ventiladores modernos, monitoração específica e circuitos e materiais adaptados para cada faixa etária pediátrica (de 0 a 14 anos), não é equiparado ao disponível na emergência.1,2

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