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EXERCÍCIOS TERAPÊUTICOS, CINESIOTERAPIA E TERAPIA MANUAL ORTOPÉDICA

Autor: Fernando Eduardo Zikan
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  • Introdução

A fisioterapia é uma profissão e uma área de conhecimento em constante evolução no âmbito nacional e internacional. As legislações brasileiras, datadas a partir da década de 1960, mostram o quanto o entendimento da práxis do fisioterapeuta vem se modificando e o quanto a fisioterapia deve ser contextualizada a cada momento, principalmente levando em consideração seus pontos de influência e confluência com outras profissões.

O fazer terapêutico do fisioterapeuta, que, no início, estava pautado em técnicas e métodos, como assinala a legislação da época e os marcos curriculares, se mostra obsoleto para atender um sistema complexo de causalidade, no qual as morbidades não conseguem mais ser abordadas a partir de um ponto focal de causa e efeito, em que, para isso, uma técnica ou um conjunto delas são satisfatórias. A realização de técnicas, ou talvez de forma ainda pior, a denominação de que realiza ou limita seu fazer terapêutico a uma técnica, demonstra o perfil terapêutico, que talvez esteja apresentando mais falhas e insucessos.

É preciso passar para a compreensão de que o processo de reabilitação física, objeto do fisioterapeuta, se defronta com a necessidade de se olhar para uma lógica ampla, sistêmica, multifatorial e rica de possibilidades, na qual técnicas ou conjuntos de exercícios não sustentam mais a melhor efetividade terapêutica. É necessário se preocupar menos com técnicas e métodos e mais com tratamentos eficazes, que consigam abordar o ser humano a partir de todas as suas ricas faces e complexidades, e para tal, tanto o meio jurídico como o acadêmico devem avançar para olhar o sistema de ensino-pesquisa de forma ampla, e não pautado em técnicas, exercícios ou métodos isolados.

Neste capítulo, tem-se o objetivo de avaliar os termos recursos terapêuticos manuais, cinesioterapia e terapia manual ortopédica a partir de três marcos conceituais: técnica, exercício e tratamento —, para que o leitor seja capaz de identificar em sua conduta clínica de que forma está abordando seu paciente: realizando técnicas apenas? Orientando exercícios, apenas, que talvez outros profissionais poderiam fazer? Ou realizando um tratamento?

  • Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

 

  • refletir historicamente sobre os termos recursos terapêuticos manuais, cinesioterapia e terapia manual ortopédica;
  • perceber a relação entre os termos recursos terapêuticos manuais, cinesioterapia e terapia manual ortopédica e seus significados e sua abrangência;
  • definir técnicas, exercícios terapêuticos e tratamento a partir da terapia manual ortopédica.
  • Esquema conceitual

 

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