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FATORES PREDITIVOS NO MANEJO DA SEPSE E DO CHOQUE SÉPTICO

Autores: Cristian Tedesco Tonial, Ian Sousa
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Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

  • descrever o que são fatores preditivos no contexto da sepse e do choque séptico em pediatria;
  • resumir os principais fatores prognósticos já estudados e validados na sepse pediátrica;
  • identificar o contexto em que os fatores prognósticos podem ser utilizados, respeitando as características de cada um;
  • aprofundar o estudo dos principais biomarcadores utilizados como fatores prognósticos.

Esquema conceitual

Introdução

A sepse continua sendo uma das maiores causas de morte em crianças no mundo, principalmente em países de baixa e média renda.1,2 Apenas um estudo randomizado avaliou a prevalência de sepse no Brasil. Nas 144 unidades de terapia intensiva pediátrica (UTIP) participantes, a prevalência de sepse foi de 25% e a mortalidade, em 60 dias, de 19,8%.3

A boa prática no tratamento da sepse recomenda o seu rápido reconhecimento, sobretudo por meio de protocolos, estabilização de via aérea, ressuscitação volêmica com cristaloides, administração de antibióticos na primeira hora de tratamento e do uso de fármacos vasoativos nos casos refratários a fluidos.4 Em especial nesse último grupo de pacientes, apenas o exame clínico é insuficiente para prever qual paciente está em risco de óbito dentro dos vários fenótipos de sepse grave já descritos.5

De forma geral, fatores preditivos são aqueles que distinguem os pacientes que responderão a determinado tipo de tratamento. Recentemente, a Society of Critical Care Medicine (SCCM) em associação com o grupo Pediatric Sepsis Definition Taskforce publicaram uma revisão sistemática e uma metanálise sobre esse tema, as quais servirão como base para este capítulo.2 Nesse trabalho, foram revisadas mais de 50 variáveis e escores em 150 mil pacientes pediátricos.

Sendo atualmente um campo de pesquisa bastante amplo, objetiva-se aqui revisar os principais fatores preditivos no manejo da sepse e do choque séptico em pediatria, dando ênfase àqueles mais comumente utilizados na prática clínica dos intensivistas pediátricos.

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